giovedì 31 gennaio 2008

Convénio Internacional sobre Padre António Vieira de 7 a 9 de Fevereiro


Em Roma, entre os próximos dias 7 e 9 de Fevereiro, vai assinalar-se o quarto centenário do nascimento do Padre António Vieira (1608-1697) com um convénio inetrnacional, nascido da colaboração da Sapienza Università di Roma, Instituto Camões/Portugal, Universidade de Lisboa, Universidade Católica Portuguesa, Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Pará e Universidade de S. Paulo.


Os temas afrontados serão:



  • Religião, Filosofia e Ciência no Pensamento de António Vieira;

  • António Vieira em Roma(1669-1675);

  • António Vieira e o Novo Mundo;

  • O Cânone Vieriano e a Questão dos Inéditos.

PROGRAMA:


Giovedì 7 Febbraio


Accademia Nazionale dei Lincei
Via della Lungara, 10
ore 9.30

Saluti delle autorità e delle rappresentanze
universitarie

Introduzione al Convegno
Silvano Peloso (Sapienza, Università di Roma)
Antonio Vieira nel suo secolo e nella storia del futuro




Religione, Filosofia e Scienza

Presiedono:
Tullio De Mauro (Sapienza, Università di Roma)
Antônio Celso Alves Pereira (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)



Leonel Ribeiro dos Santos (Universidade de Lisboa)
Da verdade e do tempo: António Vieira e a controvérsia dos antigos e dos modernos


Sonia Netto Salomão (Sapienza, Università di Roma)
Antonio Vieira, Cristina di Svezia e l’accademia romana


Pedro Calafate (Universidade de Lisboa)
Ética, política e sociedade em António Vieira




ore 15.30
Presiedono:
Luisa Valmarin (Sapienza, Università di Roma)
Pedro Calafate (Universidade de Lisboa)



Adma Muhana (Universidade de São Paulo)
Antônio Vieira e a Inquisição


Giovanni Caravaggi (Università di Pavia)
La Carta apologética al padre Jácome Iquazafigo


Isabel Almeida(Universidade de Lisboa)
Vieira, contemporâneo de Descartes. Um jesuíta no século das paixões


Giuseppe Mazzocchi (Università di Pavia)
Scrittura e progettualità in Luis de Granada e Antonio Vieira


José Eduardo Franco (Universidade de Lisboa)
António Vieira e o Quinto Império





Venerdì 8 Febbraio 2008
Sapienza, Università di Roma
Facoltà di Scienze Umanistiche, Aula Odeion
P.le Aldo Moro, 5
ore 9.00

Antonio Vieira e il Nuovo Mondo

Presiedono:
Silvano Peloso (Sapienza, Università di Roma)
Adma Muhana (Universidade de São Paulo)



Manuel Cândido Pimentel (Universidade Católica Portuguesa)
Profecia e ucronia em António Vieira


Antônio Celso Alves Pereira (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
O diplomata Antônio Vieira: o Brasil e a exposição chamada Papel Forte


Alessio Zaccardo, S.J.
Antonio Vieira e l’isola di Marajó ieri e oggi


José Luís Jobim (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
Antônio Vieira e o sermão do ouro perdido


Ettore Finazzi Agrò (Sapienza, Università di Roma)
“Eu falo, mas vós não ofendeis a Deus com as palavras”. La questione indigena nel Sermone di Sant’Antonio ai pesci


Geraldo Mártires Coelho (Universidade Federal do Pará)
Profecia e história: Antônio Vieira e a Amazônia


Rafael Chambouleyron (Universidade Federal do Pará)
“Ásperas proposições”: jesuitas, moradores e a Inquisição na Amazônia seiscentista




ore 15.30
Antonio Vieira a Roma


Presiedono:
Sonia Netto Salomão (Sapienza, Università di Roma)
Leonel Ribeiro dos Santos (Universidade de Lisboa)


Luigi Marinelli (Sapienza, Università di Roma)
Cristallo scintillante: Vieira, Daniello Bartoli e il Beato Stanislao Kostka


Ugo Vignuzzi (Sapienza, Università di Roma)
Antonio Vieira predicatore in italiano


Norbert Von Prellwitz (Sapienza, Università di Roma)
La traduzione spagnola delle Cinque Pietre della Fionda di David


Mariagrazia Russo (Università della Tuscia)
Antonio Vieira a Roma e il problema dei cristãos-novos


Simone Celani (Sapienza, Università di Roma)
Antonio Vieira nelle biblioteche e negli archivi romani


Francesco Genovesi (Sapienza, Università di Roma)
Il trattato De Universali Evangelii Praedicatione
secondo il ms. 706 della Biblioteca Casanatense di Roma




Sabato 9 Febbraio 2008
Facoltà di Scienze Umanistiche, Aula I
P.le Aldo Moro, 5
9.00

Il Canone Vieriano e il problema degli inediti
Tavola rotonda

Coordina:
José Luís Jobim (Universidade do Estadodo Rio de Janeiro)
Partecipano:
A. Espírito Santo (Universidade de Lisboa),
A. Muhana (Universidade de São Paulo),
A. L. de Oliveira (Universidade Estadual do Rio de Janeiro),
S. Peloso (Sapienza, Università di Roma),
S. Netto Salomão (Sapienza, Università di Roma)


Chiusura dei lavori



http://w3.uniroma1.it/studieuropei/convegni/prog_conv.htm


Parabéns Joseph Kosuth


O grande artista americano, residente em Roma e presente em Portugal, na colecção Berardo, entre outras, faz hoje anos: os nossos parabéns!

Artista conceptual e escritor americano fortemente interessado pela filosofia e pelas ciências sociais em geral.
Estudou no Toledo Museum School of Design entre 1955 e 1962, e no Cleveland Art Institute onde completou os seus estudos como pintor.
Em 1965 começou a produzir trabalhos com base na escrita e no fim desta década tornou-se o editor americano da publicação britânica Art & Language, para onde escreveu numerosos textos teóricos sobre Arte Conceptual.
Fundou o Museum of Normal Art, um dos primeiros espaços americanos a exibirem Arte Conceptual, e onde realizou a sua primeira exposição individual.
Durante os anos 70, continuou a inserir mensagens anónimas em espaços públicos, sugerindo que a arte não depende do artista, mas sim da sociedade em que se insere.
Nos anos que se seguiram, voltou ao espaço das galerias, usando reproduções de pinturas históricas e textos, em trabalhos como Cathexis, no sentido de desenvolver as suas investigações sobre as funções da arte.
Em 1972 e 1982, participou nas documenta 5 e 7, em Kassel.
Em 1992 apresentou a instalação Documenta-Flânerie, na documenta 9.
Kosuth é um dos precursores da Arte Conceptual Analítica.

in:
http://www.berardocollection.com/?toplevelid=33&CID=100&a1=artist&v1=210&lang=pt&tab=works#


MAIS sobre a Colecção Berardo:

http://www.berardocollection.com/

"Uma colecção internacionalmente reconhecida, cobrindo praticamente todos os mais importantes movimentos artísticos modernos, até aos mais recentes desenvolvimentos da criação contemporânea. Uma grande parte da colecção estará em empréstimo permanente no novo Museu Berardo – Centro de exposições do Centro Cultural de Belém em Lisboa, com nomes como Picasso, Miró, Bacon, Moore, Mondrian, Duchamp, Warhol e muitos outros."

31 ditos para os 31 dias de Janeiro


Museu Nacional de rte Antiga - Lisboa
Livro de Horas atribuído a António de Holanda
"Janeiro"

Janeiro fora, cresce uma hora

Janeiro geoso e Fevereiro chuvoso fazem o ano formoso

Janeiro molhado, se não cria o pão, cria o gado

Janeiro quente, traz o Diabo no ventre

Água de Janeiro vale dinheiro

Em Janeiro, sete capelos e um sombreiro

Janeiro quer-se geadeiro

A pescada de Janeiro, vale um carneiro

Aproveite Fevereiro quem folgou em Janeiro

Calças brancas em Janeiro, sinal de pouco dinheiro

Cava fundo em Novembro para plantares em Janeiro

Chuva em Janeiro e não frio, dá riqueza no estio

Comer laranjas em Janeiro, é dar que fazer ao coveiro

Da flor de Janeiro, ninguém enche o celeiro

Dezembro com Junho ao desafio, traz Janeiro frio

Em Janeiro saltinho de carneiro

Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a chorar, se vires nevar, põe-te a cantar.

Em Janeiro uma hora por inteiro e, quem bem olhar, hora e meia há-de achar

Em Janeiro, cada ovelha com seu cordeiro

Em Janeiro, nem galgo lebreiro, nem açor perdigueiro

Em Janeiro, seca a ovelha no fumeiro

Em Janeiro, um porco ao sol e outro ao fumeiro

Goraz de Janeiro vale dinheiro

Luar de Janeiro não tem parceiro; mas lá vem o de Agosto que lhe dá no rosto

Não há luar como o de Janeiro nem amor como o primeiro

No minguante de Janeiro, corta o madeiro

O mês de Agosto será gaiteiro, se for bonito o 1º de Janeiro

Pintainho de Janeiro, vai com a mãe ao poleiro

Poda-me em Janeiro, empa-me em Março e verás o que te faço

Quem em Janeiro lavrar, tem sete pães para o jantar

Se o sapo canta em Janeiro, guarda a palha no sendeiro

Breve conto policial, por um aluno de Português...


Ainda a propósito da pesquisa semântica sobre "refeições", um dos alunos de Português / 1º nível do Instituto Português de Santo António, escreveu e enviou-nos este trecho policial, cheio de humor...


...



O comissário entrou imediatamente no restaurante.

Olhou à roda, na sala: confusão e desordem, pessoas em pé, olhos esbugalhados pelo medo, rostos contraídos e um menino chorava, perto da sua mãe.

O patrão, agitado e suado, foi ao encontro dele e mostrou-lhe o ponto onde jazia o cadáver.

O comissário aproximou-se e viu o corpo de um homem grande e forte que estava deitado no chão, com o guardanapo ainda apertado na mão.

“Talvez uma faca fincada nas costas...” supôs o comissário.

Olhou a mesa: sobre a toalha suja pelo vinho tinto derramado de um copo agora vazio, viu só pratos sujos, garfos e facas de peixe; impossível matar um homem com aquelas facas!

“Talvez uma espinha de peixe na garganta...” pensou então o comissário.

Mas viu o prato de sobremesa com os restos de um pastel, sinal de que na altura do doce o homem estava ainda vivo!

“Então, o que é que matou este pobre desgraçado?!” perguntou-se desconsolado o comissário.

Nesse momento, os seus olhos caíram sobre um pequeno papel esquecido entre a garrafa e o galheteiro e imediatamente compreendeu: a conta!



Danilo Vitali

lunedì 28 gennaio 2008

"Corriere della sera" hoje no "Diário de Notícias"


Hoje, o jornal lisboeta "Diário de Notícias", publica este interessante artigo sobre o jornal romano "Corriere della Sera"... Aqui o publicamos:


'Corriere della Sera' renovado e moderno



Um dos maiores jornais italianos, o Corriere della Sera, foi alvo de uma renovação gráfica sem que o leitor se apercebesse. A afirmação foi feita, sexta-feira, pelo seu director, Paolo Mieli, em Madrid, na apresentação das novidades de que o diário, que completa agora 132 anos, foi alvo."Transformámos um clássico em algo novo, apto para o caminho da modernidade, sem que o leitor tenha dado conta", disse o director do Corriere della Sera, citado pelo El Mundo, diário espanhol edetido pelo mesmo grupo do diário italiano, o RCS, que, por sua vez, detém em Portugal o Diário Económico e Semanário Económico.Referindo ter sido um "trabalho louco", Paolo Mieli confessou ter-se visto perante o repto de "mudar o formato, a cor e a grafia, sem que o leitor pensasse que já não era o seu diário". No entanto, continuou, no processo em duas etapas com posteriores ajustes, "houve um grande consenso entre o público sobre a renovação". Os jornalistas terão de "escrever menos", refere o jornalista e escritor Beppe Severgnini, convidado para a apresentação, "logo [escrever] melhor", acrescentou.Outra das novidades, a implementar mais tarde, passa pela publicação de histórias exclusivas também na Internet, reservando-se o "papel para uma leitura mais divertida e com prazer durante todo o dia", acrescentou Paolo Mieli.



IN




CORRIERE DELLA SERA

venerdì 25 gennaio 2008

O "Martinho da Arcada" visto por um italiano...

(em cima, o "Martinho da Arcada" na actualidade e,
em baixo, Fernando Pessoa no Martinho, no início do século passado)



Quase no final do primeiro semestre, os alunos do curso inicial de língua portuguesa do Instituto Português de Santo António foram convidados a fazer uma composição livre, que tivesse como denominador comum "a alimentação". Esta foi uma delas, que decidimos publicar no blog, com os nossos parabéns ao seu autor!



No restaurante do Martinho


Quando penso num restaurante ideal, embora a cozinha não seja a melhor de Lisboa, esse restaurante é o Martinho da Arcada.

É um lugar da memória, onde o tempo é imóvel e tudo tem um sabor antigo: os talheres de prata, os pratos espessos, a toalha limpa.

Os empregados são cordiais e parece que eles nos conhecem há imenso tempo (astúcia profissional!).

Habitualmente, o meu jantar “debaixo dos pórticos da Praça do Comércio” inicia com o Caldo-verde, que gosto muito de acompanhar com alguns pasteis de bacalhau... que delícia!

Depois chega o momento do prato português que eu prefiro: a carne de porco “à alentejana”... a terra e o mar juntos, como Portugal e o Oceano Atlântico!

Um jantar português não pode acabar sem um pudim flan - que no resto do mundo se chama “nata portuguesa”.

No restaurante do Martinho, há uma pequena mesa perto da janela; depois de alguns copos de vinho verde é possível ver Fernando, sentado ali, enquanto escreve uma poesia dedicada à sua, à minha Lisboa.


Roberto Manigrasso

Via dei Portoghesi: ontem e hoje


A pedido de um leitor, que lendo a nota sobre a exposição de Ettore Roesler Franz mostrou curiosidade em ver a "evolução" da via dei Portoghesi, fazemos uma breve viagem no tempo através das imagens... desde a setecentista gravura de Vasi, até às imagens do início do século XX, para terminarmos na actualidade...

Livro italiano sobre o Fado português


O jornalista Carlo Giacobbe acaba de publicar em itála o livro Il Fado de Coimbra, fruto da sua paixão por este género musical, que nasceu durante o período em que viveu em Portugal como correspondente da agência ANSA.


Trata-se de um estudo inédito em Itália, e que vem responder à grande curiosidade que os italianos têm relativamente à cultura portuguesa, e, em particular, ao Fado. O livro é ainda enriquecido por um CD musical, com importantes temas da música coimbrã, gravado propositadamente para esta edição.


Menos conhecido em Itália do que o de Lisboa - tornado mundialmente famoso na voz de Amália Rodrigues - o Fado de Coimbra tem características singulares que o Autor compreende e expressa profundamente - até porque, ele próprio, é um virtuoso fadista; é sua a voz do CD que acompanha o livro.


A publicação deve-se à casa editoria BESA (http://www.besaeditrice.it/), que o apresenta na sua página web, com estas palavras:



Il fado è una musica che prende corpo, meno di due secoli fa, nel sottoproletariato urbano di Lisbona e poi si estende a ogni altro segmento della società portoghese.


Ma il fado si identifica con Lisbona? Si può parlare di fado fuori da Lisbona o più precisamente di un fado di Coimbra?


Il testo individua il percorso e le caratteristiche specifiche di una corrente musicale che reclama il riconoscimento della propria originalità e autonomia dalla più celebre variante di Lisbona. E le ragioni sono messe in evidenza.


Se a Lisbona il fado praticato dalle donne rimane all’interno di locali pubblici, ristoranti tipici, teatri di varietà e tabarins di tipo francese, il fado di Coimbra, espressione esclusivamente maschile, si svolge all’aperto, nelle piazze, sui sagrati delle chiese, nei giardini e nei parchi che abbelliscono la città.



Para além de jornalista e cantor, Carlo Giacobbe é coordenador do grupo italiano “Fado entre Rios”, que divulga a cultura musical portuguesa em Itália. É professor convidado da Università degli Studi di Roma "La Sapienza", onde lecciona a cadeira "Tra storia e cultura: il fado portoghese".




NOTA:

Carlo Giacobbe exibiu-se em 2007, na tradicional "Noite de Fado", que anualmente se realiza no Pátio do Instituto Português de Santo António. A sua actuação foi filmada e colocada no Youtube:


martedì 22 gennaio 2008

Maria de Medeiros em "Riparo" de Puccioni

Manuela Paixão, correspondente do Diário de Notícias em Roma, publicou ontem uma entrevista à mais internacional das actrizes portuguesas: Maria de Medeiros.


Nesta entrevista, Maria de Medeiros recorda especialmente uma das suas participações no cinema italiano:

Cada filme é diferente e um caso particular. Em Itália, fico sempre surpreendida que me escolham, porque o meu italiano está longe de ser perfeito. Não vivo aqui, mas foi aqui que tive oportunidade de fazer alguns dos filmes mais bonitos da minha carreira. O primeiro foi certamente Il Resto di Niente, de Antonietta de Lillo, em 2003, também um filme de temática política sobre a revolução de Nápoles, que se deu dez anos depois da Revolução Francesa, em 1799. Interpretei o papel da portuguesa Leonor Pimentel. O livro em que o filme se baseia saiu recentemente em Portugal. Il Resto di Niente é um filme importante, mas curiosamente não foi comprado para exibição comercial no nosso país.


Como nota justamente a actriz, o papel que ora lhe coube interpretar é em tudo diferente do de Leonor da Fonseca Pimentel. Nas palavras do realizador, Marco Simon Puccioni:

Riparo significa tante cose. L'accezione che gli ho dato io era quella di dignità che vuol dire casa, lavoro, affetto, amore, tutte cose che i tre personaggi stanno cercando nella loro vita. Riparo però può anche riferirsi all'aggiustare, al riparare qualcosa di rotto, che in questo caso è il rapporto che i protagonisti hanno con la società. Ci sono diversi gradi di accettazione e di tolleranza, ma non c'è mai un'accettazione piena per queste tre persone così diverse che sembrano ritrovarsi proprio in questa distanza dalla società. Insomma, per me era un titolo affascinante perché poteva prestarsi a varie interpretazioni e mi piace l'idea che lo spettatore venga chiamato ad offrire qualcosa di proprio per completare un'opera.



Maria de Medeiros veio a Roma na sexta-feira passada para a apresentação do filme, que estreou "grazie all'iniziativa della Movimento film, una società di distribuzione di recente fondazione che ha spinto autori e produttori cinematografici ad impegnarsi attivamente per portare al pubblico film di qualità":

Coproduzione italo-francese, girato a Udine con il fondamentale sostegno della Friuli-Venezia Giulia Film Commission, 'Riparo' è già uscito in Spagna, ha distribuzione in Francia (almeno 25 copie), è stato acquisito per il Nord-America a Berlino, ma in Italia ha faticato assai a trovare distribuzione, confermando, nelle parole del produttore e neo-distributore con Movimento Film Mario Mazzarotto, "la drastica difficoltà del nostro Paese ad assicurare una distribuzione seppur minima a film estranei alle consuete logiche commerciali, come nel caso di 'Riparo'".




O filme é projectado em Roma, no cinema Greenwich:

Via Bodoni, 59 - Testaccio
Tel.: 065 745 825

Orari: 16:15 18:20 20:25 22:30



lunedì 21 gennaio 2008

Via dei Portoghesi por Roesler Franz


Assinalando o centenário da morte de Ettore Roesler Franz, o Museo di Roma in Trastevere inaugurou, em Dezembro último, a exposição "Paesaggi della Memoria", cujo núcleo fundamental consta das suas célebres aguarelas da Roma desaparecida.
Entre elas, uma imagem de uma Roma que, para nossa alegria, não despareceu (apesar de ter corrido sérios riscos, com os planos regularizadores do início do século XX, interrompidos pelas Primeira e Segunda Guerras Mundiais): trata-se da representação da Via dei Portoghesi, tendo ao centro a Torre della Scimmia e entrevendo-se o Convento de Santo Agostinho e a igreja nacional de Santo António dos Portugueses.
Vale a pena visitar esta belíssima exposição de tom nostálgico, patente no museu da Piazza Sant'Egidio até 24 de Março.




NEL CENTENARIO DELLA SUA MORTE ROESLER FRANZ AL MUSEO DI ROMA IN TRASTEVERE
Comunicato stampa
IMMAGINI A COLORI
DI UNA ROMA SCOMPARSA

Dal 19 dicembre 2007 al 24 marzo 2008 una mostra raccoglie una ricca selezione di acquerelli del famoso vedutista dell’Ottocento

Roma, 18 dicembre 2007

Memorie e immagini di un tempo passato, quartieri, vicoli e case attraversati da genti e mestieri
ormai scomparsi. Gli acquerelli di Ettore Roesler Franz (1845-1907) sono la testimonianza a
colori della Roma sparita di fine Ottocento, la città che oggi gli rende omaggio nel Centenario
della sua morte con la mostra "Paesaggi della memoria: gli acquerelli romani di Ettore
Roesler Franz dal 1876 al 1895", ospitata dal 19 dicembre 2007 al 24 marzo 2008 al Museo
di Roma in Trastevere.
(...)

Padrone assoluto della difficile tecnica dell’acquerello, artista poliglotta dalla mentalità cosmopolita
ma, allo stesso tempo, profondamente legato alla sua città, Ettore Roesler Franz con le sue opere
volle dare testimonianza, in Italia e all’estero, dei profondi cambiamenti vissuti da Roma
dopo la sua proclamazione a capitale d’Italia nel 1870 e dopo l’ultima, disastrosa
alluvione del 31 dicembre dello stesso anno. Il rapido processo di modernizzazione della città
lo spinse a dipingere e a fotografare le zone interessate dalle ristrutturazioni urbanistiche e quelle
più esposte al pericolo di demolizione. La sua attenzione si rivolse alle zone maggiormente
coinvolte in questi irreversibili mutamenti: le rive del Tevere – dove furono abbattuti gli edifici
costruiti a ridosso del fiume per poter costruire i muraglioni di contenimento al fiume - ma anche
le zone di Piazza Venezia, del Ghetto e dei rioni storici di Borgo, Trastevere e Monti, dove furono
cancellate importanti testimonianze urbanistiche, architettoniche e artistiche della Roma del
passato.

Nella mostra "Paesaggi della memoria" si possono ammirare 79 dei 120 acquerelli a cui
l’artista lavorò dal 1876 al 1895, in un percorso che abbraccia le due sponde del Tevere, la
riva destra e la riva sinistra, raccontando la vita che scorreva nei vari rioni in una realtà incontaminata.
Presentati anche alcuni ritratti di Ettore Roesler Franz e della sua famiglia e 15
acquerelli in cui l’artista raffigurò gli acquedotti della campagna romana. Questi "giganti
dell’acqua", con i loro grandiosi ponti, furono una delle mete preferite dal vedutista romano che
sembra invitare idealmente l’osservatore a ripercorrere quegli itinerari così suggestivi e poco noti.
Tutte le opere descrivono con sensibilità antropologica le molteplici attività della vita quotidiana di
una città che ancora aveva la dimensione umana e sociale di un paese. Negli acquerelli dedicati a
Roma sparita troviamo raffigurati, con dovizia di particolari, vecchi saperi e abilità popolari e le
attività, ormai scomparse, legate all’economia fluviale. L’edificazione dei muraglioni di
contenimento al Tevere, infatti, se da un lato eliminò il problema delle piene alluvionali, dall’altro
cancellò tutti i mestieri basati sulla vicinanza dell’acqua, come gli acquaioli, i vaccinari, i vascellari, i
tintori, i traghettatori, i mugnai, i pescatori, i legnaioli, i marinai, le lavandaie, i renaioli e i
fiumaroli.

Un mondo che il vedutista romano riuscì a documentare nei suoi 120 acquerelli, suddivisi in tre
serie, ciascuna di 40 opere. La prima serie da lui dedicata a Roma pittoresca/Memoria di un’era
che passa venne ospitata al Palazzo delle Esposizioni nel 1883, anno della sua
inaugurazione. Leopoldo Torlonia, allora sindaco di Roma, si interessò direttamente all’acquisto
delle opere che costò £ 18.000 alle casse comunali. Le ultime due serie, invece, furono
acquistate l’anno successivo alla morte di Roesler Franz, dopo alcune dibattute sedute della giunta
capitolina, per la cifra di £ 35.000. La serie completa fu presentata per la prima volta a Castel
Sant’Angelo nel 1911, in occasione dell’Esposizione Universale di Roma.

Gli acquerelli di Roma sparita, come è meglio conosciuta la raccolta, furono inizialmente sistemati
nel Palazzetto della Farnesina ai Baullari, poi trasferiti a piazza Bocca della Verità nell’appena
inaugurato Museo di Roma che però venne chiuso nel 1939 a causa della guerra. Ebbero la loro
definitiva sistemazione solo nel 1952 nella nuova sede del Museo di Roma a Palazzo Braschi. Nel
1980 ventotto acquerelli della raccolta vennero trasferiti nel Museo del Folklore a Trastevere, da
poco inaugurato, dove sono ancora oggi esposti a rotazione per periodi limitati.

Ettore Roesler Franz, pittore del paesaggio e della memoria, viaggiò a lungo in Italia e in
Europa, come dimostrano le 46 esposizioni realizzate in Italia e le 23 all’estero, legandosi in
particolar modo alla Gran Bretagna (tutti i materiali dei suoi acquerelli – carta, pennelli e colori –
sono di provenienza inglese), il paese dove soggiornò più volte e dove si trovavano i maggiori
acquirenti delle sue opere. In circa 35 anni di attività questo geniale vedutista, ammiratore della
pittura di Turner, di Constable ma soprattutto di Corot, dipinse più di mille acquerelli e fondò (ne
fu più volte presidente) la Società degli acquerellisti di Roma. Invece dipinse appena una
quindicina di olii e poche altre opere a tempera, a testimonianza del suo amore per la tecnica
dell’acquerello che riteneva essere il mezzo migliore per riprodurre le vedute campestri e
specialmente la trasparenza dei cieli e delle acque.

Suoi soggetti preferiti sono i paesaggi della campagna romana, laziale e abruzzese, le vedute di
Tivoli e quelle inglesi, ma la notorietà di Franz resta indissolubilmente legata alle tre serie di
Roma sparita che ancora oggi ci suggestionano facendoci immaginare una Roma che ormai non
vive più.
MAIS sobre a exposição:
MAIS sobre Ettore Roesler Franz

venerdì 18 gennaio 2008

Os Jesuítas e a independência de Portugal

Integrado nas comemorações do quarto centenário do nascimento de Padre António Vieira, teve lugar ontem, quinta-feira, no salão nobre do Instituto Português de Santo António, uma interessante conferência pela Professora Doutora Carlota Lopes de Miranda Urbano, intitulada: “Miti nazionali nella letteratura della Compagnia di Gesù”.


Aqui introduzimos a notícia publicada no site do Instituto:
http://www.ipsar.org/modules.php?name=News&file=article&sid=3



Negli anni in cui il Portogallo visse l’unione delle corone (1580-1640), i membri della Compagnia di Gesù non abbandonarono, soprattutto per mezzo della parola, scritta e proclamata, la lotta contro il disfacimento della sovranità portoghese da una parte e dall’altra contro l’egemonia spagnola, alimentando così i sentimenti di autostima nazionale.


«La Compagnia, nei piccoli avvenimenti e rituali da cui è formata la Storia, in una preghiera o in un elogio funebre, negli Atti di apertura dell´Università o di un Collegio, nell’accogliere un visitatore, in un Sermone solenne, nella celebrazione della memoria dei suoi martiri e dei suoi santi, etc… contribuiva a cristallizare nel mito la Storia e rafforzava la mistica dell’alleanza divina tra il Regno de Portogallo e il Regno di Dio. Per questa ragione nella produzione letteraria dei gesuiti sono relativamente frequenti i miti nazionali, elementi di coesione di un’identità nazionale riformulata e rinforzata dall’opposizione alla disgregazione della sua autonomia politica dovuta all’egemonia spagnola.»


La Docente dell’Istituto di Studi Classici della Facoltà di Lettere dell’Università di Coimbra ha proposto la lettura del Pro Elisabetha Regina Lusitanorum recens consecrata. Poema epicum siue heroicum del gesuita Padre Francisco Macedo, più tardi chiamato a Roma come professore nel Collegio della Propaganda Fide, insegnando Controversia, o Teologia Polemica, su richiesta del Papa Alessandro VII, nel 1656. Nel 1660 fu ancora il primo Professore di Storia Ecclesiastica all’Università di Roma La Sapienza.

«Quando nel 1625 Papa Urbano VIII canonizzava Santa Isabella del Portogallo, c’era più di motivo perchè Coimbra festeggiasse. L’Università e i Collegi avevano una devozione speciale per la ‘Regina Santa’ come si vede dalla larga produzione letteraria di cui costituiva tema ricorrente, dalla prosa narrativa alla celebrazione epica, passando per l’oratoria. (...) La notizia della canonizzazione della Regina Santa era, pertanto, attesa da lungo tempo e fu quindi celebrata con grandiose feste, come del resto era in uso allora. Alle celebrazioni organizzate da D. Giovanni Manuel, vescovo di Coimbra, seguirono sei giorni di festa nella città, con la collaborazione della stessa Università, promuovendo una competizione letteraria a cui parteciparono molti oratori.
(...)
In circa 500 esametri, Padre Francisco Macedo fa un elogio della Regina Santa, attraverso la descrizione di un corteo immaginario composto dai monarchi del Regno partendo dall’inizio della nascita del Portogallo. Il climax del poema è l’ingresso di Santa Isabella nella gloria dei cieli e il poeta termina con l’esortazione alla patria in lutto, perché asciughi le sue lacrime e di nuovo innalzi la testa con l’ausilio della nuova santa che è sugli altari. Riportiamo qui l’inizio del poema, diretto alla Regina Santa:

Veniste, infine, dolce ausilio, ai nostri tanti affanni destinato,
tante volte invocata dalle preghiere e dalle lacrime dei nostri avi
per portare il riposo e la gloria alla patria afflitta;
tu, che farai d’oro questa età di ferro,
poiché per grazia tua Dio Onnipotente lanciò su di noi
dall’alto, il suo sguardo propizio



Alla conferenza della Prof.ssa Carlota Miranda Urbano hanno partecipato membri del mondo universitario romano e vari amici del Portogallo che, a Roma, trovano nell’Istituto Portoghese di Sant'Antonio il polo culturale più significativa.




giovedì 17 gennaio 2008

http://www.ipsar.org/ - Site reactivado


Depois de um período de interrupção no seu funcionamento, devido a problemas de natureza técnica, o sítio internet do Instituto Português de Santo António em Roma está já reactivado.

O Instituto é o único polo de cultura portuguesa em Itália, para além dos centros universitários.

A sua longínqua origem, entre os séculos XIV e XV, fala-nos da piedade de vários benfeitores - Dona Guiomar, nobre de Lisboa; a Sé de Lisboa; D. Antão Martins de Chaves, bispo do Porto e cardeal de S. Crisógono - que fundaram hospitais na cidade papal, para hospedar os peregrinos nacionais que vinham a Roma venerar as relíquias doos Apóstolos.
O seu carácter nacional e unificador foi sempre aumentando, sendo a igreja, que lhe está anexa, o centro da cultura e da representação diplomática portuguesa, mormente durante o período de opulência do século XVIII, no reinado de D. João V.
No século XIX, contemporaneamente à Unificação de Itália sob os Savoias, o estabelecimento seculariza-se, sendo então denominado "Instituto" e começando a desenvolver uma actividade mais especificamente cultural, principalmente no apoio a estudantes de Belas-Artes, Arqueologia e História da Arte, que continuavam a ter Roma como meta e fonte privilegiada na sua formação académica.
O Instituto sofreu os revezes da história durante o século XX, passando por graves dificuldades financeiras, que se reflectiram obviamente na sua actividade, reduzida ao mínimo durante largos anos, e acompanhada de uma notável decadência das próprias estruturas.

Desde o início dos anos '90, porém, a valorização do património imóvel desta instituição tem permitido a reabilitação dos espaços, e a diversificação e intensificação da sua actividade cultural.

Hoje o Instituto é conhecido em Roma pela sua notável actividade concertística - numa média de 4 concertos de música erudita por mês - e, tendo recuperado e inaugurado há alguns anos uma esplêndida galeria de arte, promove também regularmente exposições de carácter histórico e artístico.
Nas suas dependências funciona uma biblioteca e o arquivo histórico, e ainda um curso de língua e cultura portuguesa, que este ano se foi reestruturado em três níveis.
Existem duas amplas salas polivalentes, destinadas ao convívio e às conferências, sem esquecer a regular actividade litúrgica na sua belíssima igreja, em língua portuguesa.


Depois de uma visita virtual através do site reposto em funcionamento, e que em breve estará completamente actualizado no que concerne às actividades mensais, aconselhamos vivamente um salto até à Via dei Portoghesi, para conhecer esta instituição singular.

mercoledì 16 gennaio 2008

Informação: Exames Português - Universidade Roma Tre

UNIVERSITÀ DEGLI STUDI – ROMA TRE

Lingue e Comunicazione Internazionale – Dott.ssa Taisa Lucchese
Lingue e Culture Straniere – Dott. Francisco de Almeida Dias



EXAME DI LÍNGUA PORTUGUESA

JANEIRO 2008

Comunica-se aos alunos interessados, que o exame de língua Portuguesa, vai realizar-se nas seguintes fases:


COMPREENSÃO ESCRITA E GRAMÁTICA e EXPRESSÃO ESCRITA
Sábado, dia 19.01.2008, das 09h00 às 11h00, Aula 21.


COMPREENSÃO ORAL e EXPRESSÃO ORAL
Quinta-feira, dia 23.01.2008, Laboratorio Linguistico.
1° ano .................................... das 10h00 às 11h00
2° ano .................................... das 11h00 às 12h00
3° ano .................................... das 12h00 às 13h00


As pré-inscrições podem ser efectuados por e.mail:
taisa@libero.it
franciscodias@instituto-camoes.pt

lunedì 14 gennaio 2008

Bertina Lopes: Portugal e Moçambique em Roma



Encontrámos ontem Bertina Lopes na Via dei Portoghesi. Assistia na primeira fila ao belíssimo primeiro concerto do ciclo de sonatas para violino e piano de J. S. Bach (Sonate BWV 1014, 1015, 1016), executadas por Renato Riccardo Bonaccini, ao violino e Giampaolo Di Rosa, ao piano. A virtuosa interpretação dos dois jovens maestros, que se têm exibido por diversas vezas na igreja nacional de Santo António dos Portugueses, mereceu grandes elogios à ilustre pintora luso-moçambicana.

A cara Mamma B, como todos a conhecemos, espalhando simpatia e chocolatinhos pelos inúmeros "figliocci" que cria (só em Itália, assegurou-nos, o número ultrapassa os 1700...), é um marco fundamental da cultura moçambicana e portuguesa em Roma. Grandes como o seu coração e a sua alma, são os seus recursos artísticos, o talento servido pela técnica, generoso abraço que funde as duas nações irmãs e o mundo inteiro.

Sobre ela, escreveu o Ministro per i Beni Culturali, On. Francesco Rutelli:
La cosa che colpisce di più è la sua ricchezza espressiva, assente da ogni banalità: una diversità che testimonia la sua grande padronanza della tecnica. Descrivere la sua arte non è facile e si deve ricorrere all'aggettivo "bertinese", l'unico che può descrivere tanta ricchezza di tecniche e di modi espressivi. Inoltre lei ha anche la forza di rappresentare un paese giovane come il Mozambico.(...) E' una grande artista.

Aqui ficam algumas notas biográficas e o nosso grande abraço para Mamma B.

Artista di fama internazionale, Bertina Lopes è nata a Maputo, in Mozambico, da madre africana e padre portoghese, riunendo così in se, fin dalle origini, quella integrazione tra popoli, culture e continenti che ne caratterizzerà poi la personalità umana ed artistica.A Lisbona, dove completa i suoi studi secondari, frequenta l'Accademia Superiore di Belle Arti, entra in contatto con noti pittori, tra i quali Carlo Botelho, Albertina Manrua, Nuno Sampaio.Nel 1953 torna in Mozambico dove ricopre per nove anni la cattedra di disegno nella scuola Tecnica "General Machado".Nel 1961, per ragioni politiche, sotto le pressanti repressioni del colonialismo salazariano, è costretta ad abbandonare il Mozambico, che riesce a fare grazie anche all'ottenimento di una borsa di studio della Fondazione Calouste Gulbenkian di Lisbona.Nel 1963 ottenuta una nuova borsa di studio dalla stessa fondazione, lascia anche il Portogallo e si trasferisce a Roma, dove tuttora abita ed opera. Il suo periodo artisticamente formativo risente indubbiamente dei fermenti pittorici di Picasso, Braque e Matisse, con cui l'artista confronta il progressivo affinarsi del proprio personale e originale stilismo, così come nei successivi contatti romani, con Carlo Levi, Lorenzo Guerrini, Marino Marini, Emilio Greco, Franco Gentilizi e altri.Nel corso di 44 anni di attività artistica Bertina ha realizzato innumerevoli mostre, in prestigiose sedi sia in Italia che all'estero. Il suo importante impegno artistico ed umano le ha valso numerosi riconoscimenti (-punto-), tra i quali il "Grand Prix d'Honoeur" assegnatole nel 1988 dall'Unione Europea dei Critici d'Arte e il Premio Mondiale "Carson", della Rachel Carson Memorial Foundation di New York, conferitole nel 1991. Nel 1993, a Lisbona, è stata nominata "Commendatrice delle Arti" dal Presidente della Repubblica del Portogallo, Mario Soares. Numerosi critici d'arte hanno studiato e analizzato lo sviluppo pittorico della Lopes, fra i quali ricordiamo Carlo G. Argan, Marcello Venturoli, Dario Micacchi, Nello Ponente, Antonello Negri.Dal 1993 è Consigliere culturale dell'Ambasciata del Mozambico in Italia.



Algumas obras:

venerdì 11 gennaio 2008

D’Atri e Manigrasso trazem Dom Sebastião, Goya e Granados ao Instituto Português



Mily Possoz
1943
Figurinos para o bailado “D. Sebastião“ – Companhia de Bailados do Verde Gaio
Lisboa, Museu Nacional do Teatro

Regressando um pouco atrás...

No dia 20 de Dezembro passado, Francesco D’Atri e Roberto Manigrasso, alunos de língua e cultura do Instituto Português de Santo António em Roma, ofereceram aos colegas um belíssimo espectáculo intitulado “Esperando o Natal – intervalo Musical”.

Ao piano, Francesco D’Atri, interpretou com virtuosismo Purcell (Sefauchi’s Farewell Prelude in C) e Granados (Preludio; Añoranza) enquanto a voz recitante de Roberto Manigrasso declamou com grande expressividade o Soneto nº 116 de Shakespeare e a “Lettera di Don Sebastiano de Aviz a Franisco Goya”, do lusitanista Antonio Tabucchi.

A relação entre texto e melodia não foi casual, como nos explicam os Artistas:
«I brani scelti come accompagnamento al testo letterario sono due composizioni per clavicembalo dell’elisabettiano Henry Purcell, che ben valorizzano la malinconica saggezza di Shakespeare.»

A respeito da interpretação de Tabucchi /Granados:
«Con questa lettera cronologicamente incongrua Sebastiano de Aviz (1554-1578) commissionerebbe a Francisco Goya (1746-1828) un quadro iconograficamente incongruo. E’ tratta da “I volatili del Beato Angelico” di Antonio Tabucchi (Sellerio editore, Palermo 1987), una miscellanea epistolare il cui comune denominatore consiste proprio dall’impossibile relazione temporale tra mittente e destinatario.
Tabucchi, che è solito avventurarsi in situazioni irreali cariche di avvincenti connessioni eteronomiche, qui si produce in una struggente commessa del re portoghese al pittore spagnolo, all’indomani della battaglia di Al-Ksar el Kabir in cui lo stesso Don Sebastiano trovò la morte, nel fallito tentativo di ricacciare i Mori.
Anche la parte musicale ha voluto mettere in risalto l’”incongruenza” dell’operazione letteraria, avendo scelto brani del compositore spagnolo Enrique Granados, vissuto a cavallo tra il XIX e il XX secolo, molto efficaci nell’evidenziare il carattere nostalgico e particolarmente evocativo del testo di Tabucchi.»

Na impossibilidade de revivermos aqui esse agradável e emocionante fim de tarde, aqui deixamos a transcrição da belíssima carta que Dom Sebastião não escreveu nunca ao pintor espanhol...

Lettera di Don Sebastiano de Aviz, re di Portogallo, a Francisco Goya, pittore

In questa mia dimensione di tenebra nella quale il futuro è già qui, ho sentito raccontare che le vostre mani sono insuperabili a dipingere carneficine e capricci. Aragona è la vostra terra, ed essa mi è cara per la sua solitudine, per la geometria delle sue strade e per il silenzioso verde dei suoi cortili nascosti dietro inferriate rotonde. Vi sono cappelle scure con immagini dolenti, reliquie, trecce di capelli in teche di vetro, flaconi di vere lacrime e di vero sangue – e piccole arene dove la fuga dalla bestia è impossibile e dove uomini snelli giocano con agili passi di ballerini. Della nostra penisola la vostra terra ha una virtù quintessenziale, nelle linee, nella fede e nella furia: di esse sceglierò alcune figure del simbolo, che come segno araldico di un paese unico voi siglerete in margine al quadro che vi ordino.
Dunque sulla destra farete il Sacro Cuore di Nostro Signore; ed esso sarà stillante e avvolto di spine come nelle iconografie che i ciechi e gli ambulanti vendono sui sagrati delle nostre chiese. Solo che sarà fedelmente riprodotto secondo l’anatomia dell’uomo, perché per patire in croce Nostro Signore si fece uomo e il suo cuore scoppiò umanamente e fu trafitto in quanto muscolo di carne. Voi lo farete così, muscolare e pulsante, turgido di sangue e di dolore: con il disegno delle vene, le arterie recise e il reticolo minuzioso della membrana che lo avvolge e che sarà aperta come un tendaggio e ripiegata su se stessa come la buccia di un frutto. Nel cuore sarà bene conficcare la lancia che lo trafisse: essa deve avere la lama a forma di uncino, onde produrre uno squarcio dal quale il sangue scorra copioso.
Sull’altro margine del quadro, a media altezza, così che risulterà necessariamente sul limitare dell’orizzonte, dipingerete un piccolo toro. Lo farete accucciato sulle zampe posteriori e con le zampe anteriori gentilmente atteggiate in avanti, come un cane domestico; e le sue corna saranno diaboliche e il suo aspetto malvagio. Nella fisionomia del mostro profonderete l’arte di quei capricci nei quali eccellete, e dunque sul suo muso passerà un ghigno: ma gli occhi saranno ingenui e quasi fanciulleschi. Il tempo sarà brumoso e l’ora quella del crepuscolo. Un’ombra serale, pietosa e molle, starà già calando e velerà la scena. Sul terreno ci saranno cadaveri, moltissimi cadaveri, fitti come le mosche. Voi li farete così, come siete bravo a fare, incongrui e innocenti come sono i morti. E accanto a loro, e fra le loro braccia, dipingerete le viole e le chitarre che essi portarono per compagnia verso la morte.
In mezzo al quadro e bene in alto, fra nuvole e cielo, farete un vascello. Esso non sarà un vascello ritratto secondo il vero, ma qualcosa come un sogno, un’apparizione o una chimera. Perché sarà insieme tutti i vascelli che portarono la mia gente per mari ignoti verso lontane coste e negli abissi infiniti degli oceani; e insieme sarà tutti i sogni che la mia gente sognò affacciata alle scogliere del mio paese proteso sull’acqua; e i mostri che essa creò nell’immaginazione, e le favole, i pesci, gli uccelli abbaglianti, i lutti e i miraggi. E insieme sarà anche i miei sogni che ereditai dai miei avi, e la mia silenziosa follia. Alla polena di questo vascello, che avrà figura umana, darete sembianze che paiano vive e che ricordino lontanamente il mio volto. Su di esse potrà aleggiare un sorriso, ma che sia incerto e vagamente ineffabile, come la nostalgia irrimediabile e sottile di chi sa che tutto è vano e che i venti che gonfiano le vele dei sogni non sono altro che aria, aria, aria.

"Portugal" de Maria Vittoria


Encontrámos ontem, na inauguração de pintura de Stefania Di Filippo, no Instituto Português de Santo António, Maria Vittoria, grande amiga de Portugal.

Há tempos veio a lume um texto seu, datado de há exactamente 10 anos e intitulado justamente "Portugal", em que numa visão muito pessoal e poética, descreve as suas recordações de viagem, desde a primeira que fez na juventude.
O texto é de grande frescura e harmonia, e nas suas muitas referências literárias, geográficas e culturais, revela na autora uma profunda conhecedora da cultura portuguesa.

Aqui apresentamos o texto no seu original italiano, publicada anteriormente em http://www.ipsar.org/.


PORTUGAL (1998)

Siediti al sole. Abdica
e sii re di te stesso.
F. Pessoa

Il ricordo


Il ricordo più antico che ho del Portogallo è il giallo luminoso delle ginestre[1] che una volta costeggiavano un tratto di strada nei pressi della frontiera di Badajoz. E poi si sa, la ginestra è simbolo di rimembranze.
Vidi per la prima volta il Tejo dal ponte 25 Abril, che allora si chiamava Salazar. Nessuno avrebbe potuto dirmi, a quel tempo, che il destino mi avrebbe concesso di attraversare il ponte infinite volte, tutte le volte che un’incrollabile voglia di conoscere questa terra avrebbe reso “viaggio” un’escursione, una gita, un breve tragitto e non soltanto un percorso che unisce due confini.
I ricordi di quel primo viaggio sono vivi e presenti, ancora oggi che l’immagine del Portogallo si è fatta adulta. Sono tornata dopo molti anni e per molte volte. L'incontro con Lisbona è sempre stato dall'alto: il grande ponte, la statua di Cristo-Rei che “spalanca ai gabbiani e agli aerei la misericordia di cemento delle sue braccia”[2], la torre di Belém, i tetti rossi, le case bianche, la cupola di Estrela, l'enorme macchia verde di Monsanto li vedo ormai con gli occhi della memoria, non c'è più bisogno che guardi. Ma lo stupore di allora è rimasto intatto, il senso di un'infinita scoperta che cambia il modo di viaggiare. Saramago dice che il viaggio non finisce mai, solo i viaggiatori finiscono.
Lisbona è città che non si dimentica ma non si può raccontare, come saudade è parola che non si può tradurre. Nessuno dovrebbe mai chiedere che cosa ci sia da vedere in una città come questa. Basterebbe percorrere in un giorno di sole (e in Portogallo ce ne sono tanti) la rua de Ouro, la rua do Carmo fino al largo do Chiado, il reticolo di stradine in Alfama e basterebbe salire sull'electrico n. 28, tragitto Estrela-Graça, per avere già una prima risposta.
Le pietre di Terreiro do Paço ricoprono passi che non si sono perduti, neppure dopo che terremoto e maremoto, insieme, spazzarono via nel 1755 l'architettura ariosa di questa piazza, “la più nobile d’Europa”. L’ombra di un giardino vicino alla Sé Catedral invita ad una sosta prima di raggiungere, poco più in alto, il Miradouro di Santa Luzia. Proprio in questo belvedere (mai parola fu più calzante) sopravvive uno splendido azulejo del Terreiro, così com'era prima che venisse distrutto. Il fiume che si vede da qui è già premessa di mare, Mar de Palha per via del colore. La luce è intensa e l’oceano “si sente” vicino.
Mi trovavo in Portogallo, dalle parti di Tomar, quando la notte tra il 24 e 25 agosto del 1988 scoppiò l'incendio che distrusse una parte della Baixa Pombalina di Lisbona. C'ero stata il giorno prima a passeggiare, tornai dopo alcuni giorni dall'incendio. Le macerie ancora sprigionavano fumo e con il fumo salivano al cielo i frammenti inceneriti delle stoffe preziose, dei ricami vetusti, degli spartiti gloriosi di Valentim de Carvalho, dei sigari della Casa Havanesa, insieme con il sospiro speziato della rua do Alecrim. Dall'alto dell'elevador de Santa Justa, un balcone provvidenziale salvato al disastro, guardavo giù in una strada smarrita. I delicati palazzi del settecento erano gabbie vuote, perfino i muri - i pochi rimasti in piedi - erano deformati per lo sforzo, quello estremo, di resistere alle fiamme che avevano dilatato di secoli lo spazio di un giorno. Era un commiato definitivo anche per me, che potevo pronunciare mentalmente quell'unica parola, Adeus, apparsa a grandi lettere su un giornale di Lisbona[3].


Pessoa



Un giorno, mentre stavo per entrare al teatro São Carlos, guardando per caso verso il palazzo di fronte che chiude la piazza proprio come una quinta di teatro, mi fulminò qualcosa di familiare, una sagoma nota. Riconobbi all'istante la casa natale di Fernando Pessoa: perché, prima che l’inquietudine del poeta, mi ha sempre colpito l’infanzia dell’uomo. I primi anni in Sud Africa, la morte precoce dei fratelli e del padre, la pazzia della nonna Dionísia, quel trasbordare di casa in casa, tutto confluiva per me in un affresco di famiglia dal destino severo ma che, proprio per questo, ha guadagnato il mio affetto. I caffè che Pessoa frequentava a Lisbona ci sono ancora, certo un po’ trasformati. Passai un pomeriggio intero al Martinho da Arcada bevendo un caffè dopo l’altro. Ma il vecchio locale con le pareti di legno, gli specchi e i tavoli di marmo non trasmetteva nulla, non aveva più incanto. Forse perché, lì fuori, le Ophélie Queiroz[4] passavano veloci in minigonna e stivali da guerra. E nell'Arcada, con gli ultimi raggi di sole, entrò solo un sospiro di vento salmastro.
Il primo studioso straniero di Pessoa, il francese Pierre Hourcade, conobbe il poeta proprio al Martinho da Arcada nel 1930 e così lo ricorda: «…Lo credevo piccolo, malinconico e scuro, soggetto al funesto fascino della saudade con cui si intossica tutta la sua razza, e d’improvviso mi imbatto nel più vivo degli sguardi, in un sorriso sicuro e malizioso, in un volto che trabocca da una vita segreta». E racconta come si sentisse affascinato dinanzi a lui: «Da quell’uomo malaticcio, i cui occhi erano protetti da spesse lenti, irradiava un incanto indefinibile fatto di estrema cortesia, di perfetta semplicità, di buonumore – sì, anche di buonumore, in quell’uomo disperato e torturato come nessun altro – e di una sorta di intensità febbrile che ardeva sotto la facciata apparente delle buone maniere»[5].
E proprio gli occhiali, oggetto negletto ma indispensabile per guardare la vita, o per vivere visivamente la propria morte, furono l’ultima angosciosa richiesta di Pessoa prima di morire: “Dammi i miei occhiali”. Quasi come avvenne per Goethe, che spegnendosi chiedeva “Più luce…”.
Oggi Fernando António Nogueira Pessoa, dopo aver concesso per anni le sue spoglie al Prazeres (nome insolito per un cimitero), trova finalmente pace e risposte nella quiete del Mosteiro dos Jerónimos, sotto l'arco di un tempio. Come Corradino di Svevia[6].


Il mare e la terra




Ma Lisbona non è il Portogallo. Poco più a nord di Lisbona c'è uno sperone di roccia (Cabo da Roca) che segna l'estremo occidente d'Europa. Qui “la terra si congeda” come dice giustamente Saramago e, prima di lui, Camôes. Capitai lì, con propositi celebrativi, un primo dell'anno, con il cappello in mano come suol dirsi, ad esigere la mia ricompensa di stupore. Di fronte a queste grandiose solitudini di mare - succede anche a Cabo Espichel, a Cabo Sâo Vicente, soprattutto a Sagres - prendono forma le ombre dei primi navigatori portoghesi, in fila composta, senza sorpassi, dietro l'Infante D. Henrique come nel Padrâo di Lisbona. Ma qui non ci sono più caravelle, solo qualche petroliera all'orizzonte e gli uccelli a nidificare nel vento.
Per chi ama i crostacei c’è sempre Ericeira, incastonata su uno sperone di roccia con l’oceano che spumeggia sotto i suoi balconi. A Ericeira c'era una casetta...e sicuramente c'è ancora, se il mare e le intemperie sono stati magnanimi. Una casa bianca, abbandonata, con finestre a misura di bambola. Una parte del muro di cinta nasconde un piccolo quintal, e lì dietro è facile immaginare un grappolo d'uva dorata, un rametto di rosmarino, un Sâo José de azulejo, come recita una canzone assai popolare. Sotto una finestra c'è una lapide a ricordo di una breve sosta che qui si concesse la regina D. Amelia prima di imbarcarsi per l'esilio, il 5 ottobre del 1910. Tempo fa questa casa era in vendita, ma al numero di telefono indicato su un cartello non rispose mai nessuno. Un esilio anche questo?
Per presentare l’Alentejo, le parole di José Saramago, che qui è nato, sono le migliori: «E' una terra tanto grande, a voler fare confronti, piena soprattutto di cocuzzoli, con un po' d'acqua torrentizia, ché quella del cielo può essere che manchi come avanzi, e verso il basso si stempera in pianura, levigata come la palma di una mano, anche se molte di esse, per destino, tendono col tempo a chiudersi, adattandosi all'impugnatura della zappa e della falce e del rastrello… Quanto paesaggio. Un uomo vi può girovagare tutta una vita e non trovarsi mai, se è nato smarrito»[7].
Ed io vi entrai per la prima volta in uno di quei giorni freddi nei quali ci si difende con alimenti vigorosi, come caldo e broa e vino rosso. Uno dei piatti alentejani è il maiale con le vongole, un insolito connubio, ma sarà perché, pur dalla terra, non ci si dimentichi del mare. Una consuetudine di oltre dieci anni mi ha fatto conoscere quasi tutte le città dell'Alentejo, da Beja a Évora (Ebora Cerealis, tanto per essere chiari) visitata più volte, ad Alter do Châo, a Portalegre, ad Estremoz. Da dolci vallate ogni tanto si staglia una collina coperta di case bianche, come un'altana da cui spingere lontano lo sguardo. Una di queste è Monsaraz, altana tra le più belle, monumento e sintesi del talento architettonico degli alentejani.
Le città di Porto, Coimbra, Aveiro, Valença do Minho, Viana do Castelo, tutta la costa da Sines a Cabo Sâo Vicente, un po’ di Algarve (quello meno celebrato), meriterebbero una narrazione a parte, ma questa non è una guida, è solo volontà di fissare le immagini prima che si dissolvano col passare degli anni, o prima che le città e i luoghi cambino, per destino appunto.
Posso dire di conoscere il Portogallo meglio di altri paesi. Posso dire di conoscere anche città che non vidi. Come Mértola, che una fittissima nebbia di gennaio sottrasse alla mia vista quasi per un dispetto improvviso, e pensare che la monaca Mariana Alcoforado[8], che guardava molto al di là della propria cella, riusciva a vederla dal convento di Beja. Come Sortelha, rivestita di pietra granitica ma così tenera e accogliente che si dovrebbe provvedere alla sua perenne conservazione. Come Amarante, dal nome che evoca un tramonto, inserita lassù nel cuore verde del Portogallo. Come le città e i villaggi del Minho e del Douro “tra i cui vigneti l'Europa si è smarrita…”[9], così scrisse qualcuno che aveva capito.
E’ vero, il viaggio non finisce mai. Percorro le vecchie strade sempre in attesa di nuovi improvvisi incanti, mentre gocce di saudade mi colpiscono a tradimento. Allora mi chiedo perché sia stato un medico alsaziano, e non un portoghese, ad inventare tre secoli fa la parola “nostalgia”.




 




[1] La ginestra è il titolo di una delle più celebri poesie di Giacomo Leopardi, quasi la summa della sua concezione letteraria, nella quale confluiscono inevitabilmente reminiscenze di vita.[2] “La statua di Cristo-Rei che spalanca ai gabbiani…” frase tratta dal libro “Naus” di Antonio Lobo Antunes.[3] Il giornale portoghese che riporta la cronaca del disastro dell’incendio della Baixa è O Independente del 26-08-1988.[4] Ophélia Queiroz era la fidanzata di Pessoa. La sua immagine più nota è una foto d’epoca che la ritrae con un soprabito lungo fino quasi alle caviglie, dal quale spuntano un paio di “commoventi” scarpette con enorme fiocco.[5] CRESPO A., La vita plurale di Fernando Pessoa, Ed. A. Pellicani 1997, p. 287[6] Corradino di Svevia. Episodio citato nella poesia di A. Aleardi (1812-1878) “Il Monte Circello” in cui la triste vicenda di Corradino di Svevia - decapitato a Napoli nel 1268 per ordine di Carlo I d’Angiò - si conclude con la celebre frase: “Era biondo, era bianco, era beato, sotto l’arco di un tempio era sepolto”.[7] SARAMAGO J., Una terra chiamata Alentejo, (Levantado do châo), Ed.Bompiani 1992, p. 10[8] La monaca Mariana Alcoforado. Le vicende della monaca portoghese, abbandonata da un cavaliere francese, apparvero in un testo del 1669 “Lettres portugaises”, sul cui autore ancora si discute. Le cinque lettere scritte dal convento di Beja sono state ritenute tra le pagine più belle della letteratura d’amore.[9] Tra i cui vigneti l’Europa si è smarrita… da un articolo di Sandro Viola, noto giornalista di Repubblica, scritto nell’ambito di un réportage sul Portogallo nel 1987.

martedì 8 gennaio 2008

Nascimento de Roma (avenida) em Lisboa (cidade)


Vendo as fotografias que publicámos da Avenida de Roma na actualidade, um leitor e amigo enviou-nos as seguintes informações, com estas fotografias interessantíssimas sobre o abertura desta importante estrada e os primeiros edifícios que lhe deram forma. Aqui ficam com um agradecimento ao Dr. João Filipe Prata.
AVENIDA DE ROMA

Freguesias
- Alvalade
- Campo Grande
- São João de Brito
- São João de Deus

Início do Arruamento em:
Praça de Londres
Fim do Arruamento em:
Avenida do Brasil
Data de Deliberação Camarária:
11/12/1930
Data de Edital:
27/12/1930

Designações Anteriores:
Avenida Nº 19, do plano de melhoramentos aprovado em 07/04/1928, compreendida entre a Rotunda a norte da Avenida de António José de Almeida e Avenida Alferes Malheiro, Actual Avenida do Brasil.

Historial:
Topónimo atribuído a 27 de Dezembro de 1930, e presta homenagem à capital da Itália. A atribuição está inserida num contexto de Estado Novo, onde o nacionalismo era contrabalançado com uma ambicionada dimensão internacional. O cosmopolitismo formal, a ideia do mundo dentro de Lisboa, mais do que a modernidade das ideias e valores subjacente também a uma abertura para a Europa, está no âmago desta atribuição e de outras que se seguiram, nomeadamente, em 1948, Avenida de Madrid, Paris, Londres, entre outras.

lunedì 7 gennaio 2008

Exposição de Stefania Di Filippo no Instituto Português


Data di apertura giovedì 10 gennaio 2008

Data di chiusura domenica 27 gennaio 2008

Orari: martedì/domenica 11.00/20.00


A partire da giovedì 10 gennaio 2008 (fino al 27 gennaio) lo spazio espositivo del’Istituto Portoghese di S Antonio ospiterà la mostra personale di pittura di Stefania Di Filippo (Roma 1959) Indagini dal sottosuolo. Curata da Andrea Romoli Barberini, l’ampia esposizione documenta con circa 45 quadri di diverso formato il percorso della Di Filippo dalle indagini permeate da un raffinato esotismo fino alle più recenti sperimentazioni paesaggistiche attraverso cui la sfera interiore assume forma visibile.



MAIS sobre Stefania Di Filippo


Bom Ano Novo com Drummond de Andrade


Via dei Portoghesi deseja a todos os seus leitores um excelente ano de 2008, no qual todos os sonhos e projectos se tornem realidades felizes.


Neste início de novo ano um brinde: "Ao progresso da civilização!"


E para começar bem o ano, nada menos que as palavras do grande poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade, um dos expoentes máximos da literatura de expressão portuguesa do século XX.


Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,

a que se deu o nome de ano,

foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança

fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano

se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez

com outro número e outra vontade de acreditar

que daqui para adiante vai ser diferente...



MAIS sobre Carlos Drummond de Andrade:



Lisboa romana




























































































































Não só em Roma há uma Via dei Portoghesi e tantas outras marcas da presença portuguesa ao longo dos séculos.
Em Lisboa temos também uma "Avenida de Roma", estrada ampla e luminosa, e importante centro comercial da capital portuguesa.

Aqui ficam algumas imagens da avenida e de alguns estabelecimentos comerciais e de utilidade pública com "Roma" na sua designação: a estação de metropolitano e de comboio, um edifício, um hotel, um parque de estacionamento, dois quiosques e dois centros comerciais, uma florista, uma óptica, uma loja de desporto, uma marisqueira e uma frutaria...