mercoledì 29 aprile 2009

a maggio: Fado a Sant'Antonio dei Portoghesi


Il Fado di Coimbra: dalle taverne di Lisbona alla Lusa Atenas
Giovedì 28 maggio,

dalle ore 18h30

presso l’Istituto Portoghese di Sant'Antonio in Roma


Carlo GIACOBBE, giornalista e studioso della canzone nazionale lusitana, oltre che cantante amatoriale nel solco della tradizione del celebre ateneo portoghese, parlerà del suo libro IL FADO DI COIMBRA - Storia e significato sociale della canzone accademica portoghese, BESA Editrice.

La presentazione sarà arricchita da esecuzioni dal vivo, con esempi di fados di Coimbra e di Lisbona.

Oltre all'Autore partecipano:

Isabella MANGANI (Cantante di fado tradizionale)
'Conjunto Romano': Felice ZACCHEO (guitarra portuguesa); Franco PIETROPAOLI (chitarra classica)

IPSAR: 3 maggio, in ricordo di Luciana Stegagno Picchio




Segnalando la data della nascita della Professoressa Luciana Stegano Picchio (Alessandria, 26 aprile 1920 - Roma, 28 de Agosto 2008) - grande filologa iberista, medievalista, brasilianista, storica del teatro e della letteratura, autrice di oltre quattrocento pubblicazioni sulla lingua portoghese e le letterature di espressione portoghese - e soprattutto, per noi, “saudosa” amica e generosa benefattrice dell’Istituto Portoghese di Sant'Antonio in Roma, avrà luogo questa domenica, 3 maggio 2009, un piccolo omaggio alla sua memoria.

Alle ore 17.00, il rettore della chiesa nazionale del Portogallo, Rev. Mons. Agostinho da Costa Borges, celebrerà una messa di suffragio per la sua anima.
Alle ore 18.30 l’organista titolare di Sant’Antonio dei Portoghesi, Mº Giampaolo Di Rosa, eseguirà un concerto con opere di J. S. Bach, F. Liszt, R. Schumann (con il patrocinio dell’Istituto Camões).
http://www.ipsar.org/modules.php?name=Calendar&op=modload&file=index&type=view&eid=552

Sono invitati a partecipare alle cerimonia tutti i suoi alunni, amici, la comunità nazionale e tutti gli amici del Portogallo e della cultura portoghese che vogliano unirsi alla famiglia dell’eminente Docente dell'Univerità di Pisa e dell'Università "La Sapienza" di Roma - colei che “ha adottato quella patria che non era la mia, quella lingua che non era la mia e quel paesaggio che, nei miei sogni, si sarebbe d’ora in poi sovrapposto a quello della mia infanzia”.



«Passei a fronteira (de Portugal) a pé entre as duas balizas, através das quais transitavam só automóveis, com a minha pequena mala de mala de mão, ante a indiferença divertida dos guardas. E, ao chegar lá, sentei-me num marco de pedra e esperei. (...) Poucas vezes, para lá de toda a retórica, senti tão profundamente o que queria dizer pátria. Eu também chorava e naquele momento adoptava aquela pátria, que não era a minha, aquela língua, que não era a minha e aquela paisagem, que nos meus sonhos se iria doravante sobrepor à da minha infância.
(...)
(O português) língua eminentemente expressionista e afectiva. Que, se o italiano era uma língua escondida pelos verbos, o português se contorcia em adjectivos e hipocorísticos, diminutivos aplicados até mesmo aos particípios e aos gerúndios (que belo ouvir, por exemplo, “estás metidinha no meu coração”, que seria muito difícil de traduzir em italiano, ou então “o menino está dormindinho”, também praticamente intraduzível).»

in A Língua Outra, una fotobiografia de Luciana Stegagno Picchio por Alessandra Mauro, Instituto Camões, 2001.

Blog "Portugal através do Mundo"


Navegando distraidamente na internet, deparámo-nos com o blog "Portugal através do Mundo", espaço de grande interesse onde foi publicado, em Novembro último, um artigo intitulado "Vestígios da presença portuguesa em Roma".



Felicitamos os autores e aconselhamos os nossos leitores a visitarem este espaço que fala de Portugal pelo mundo fora...

A Lisboa de Leonor Xavier e de Ivana Bartolini

“…porque a contemplação de Lisboa leva as conversas sem fim sobre nós e os outros, apaga-se a medida das horas no que vamos falando...”
(Leonor Xavier)

Inspirada nesta citação de Leonor Xavier, a nossa aluna Ivana Bartolini escreveu o seguinte texto, que louvamos e agradecemos.


Não sei porque é que Lisboa faz sentir toda a gente bem consigo mesma e com os outros. Como por encanto quando ali vou sinto-me bem. As tensões da vida quotidiana abrandam e reencontra-se uma dimensão humana. Já esquecida.
Pode-se vaguear em silêncio, ou em conversa, mas o ar que se respira é sempre igual: calma e calma ainda.
As horas não correm depressa como habitualmente acontece. Aqui o tempo tem um valor diferente. Em cada cantinho da cidade, sobretudo nos bairros antigos, as pessoas que se encontram pela rua falam connosco como se fossemos amigos há muito tempo. Falam da comida, do rio, da história, do fado. Parece-me tudo isso uma alquimia e sinto-me privilegiada.
Quando leio poesias afixadas nas paredes e nos muros de Lisboa, encontro paz. Pois apesar de Portugal ser tão pequeno territorialmente, transmite o seu grande passado através destas coisas.
Eu respiro tudo isso.
Diz-se que cada um de nós escreve o próprio destino. Eis porque volto frequentemente a Lisboa. Não para o escrever, mas para o ler e para o viver.


IVANA BARTOLINI

venerdì 24 aprile 2009

O meu 25 de Abril - Vilma Gidaro

Salgueiro Maia

A nossa aluna Vilma Gidaro veio, sábado passado, à Faculdade de Letras ver a projecção de "Capitães de Abril" e aproveitou a sugestão para falar da revolução democrática portuguesa, e da sua memória de menina em relação àquele dia. Agradecemos à Vilma o bonito texto que aqui publicamos.


O filme "Capitães de Abril" gravado em 2000 e dirigido pela realizadora Maria de Medeiros trata do que aconteceu entre a noite de 24 de Abril do 1974 e o dia seguinte, 25 de Abril: dia da libertação de Portugal e do povo português.
Aquele dia ficou conhecido como o dia da “Revolução dos Cravos”, porque foram estas flores o símbolo do carácter pacifico daquela revolução.
Esta foi uma revolta militar, realizada pelos capitães e não pela alta hierarquia militar, contra o regime da ditadura que oprimia o povo e continuava a guerra de Angola, deixando em condições de grave dificuldade as Forças Armadas, obrigada a partcipar nesta guerra interminável.
Este motivo, em conjunto com outros motivos de carácter político, económico e social deram às Forças Armadas o apoio de alguns grupos políticos e sobretudo do povo.Aliás, como disse, foram mesmo os capitães, filhos do povo, a grande força da revolução.
A figura que se destacou entre os outros capitães foi a de Salgueiro Maia (interpretado no filme pelo actor italiano Stefano Accorsi), apresentado como um homem valoroso e idealista.
O filme transmite daquele dia numa visão emotiva e deixa compreender aos espectadores quanta esperança havia no povo português de que as suas condições iriam melhorar.
A 25 de Abril de 1974 eu era uma menina de 12 anos de idade e lembro-me perfeitamente do momento em que o telejornal italiano deu a notícia da Revolução dos Cravos. As imagens que chegavam de Lisboa eram fortemente sugestivas para mim, que sempre fora educada pela minha Mãe com os valores da democracia e da liberdade.
Durante a sucessão das imagens, a minha Mãe explicou-me o que estava a acontecer e eu olhava aquele espectáculo da gente na rua que felicitava os capitães que passavam sobre os carros de guerra. E no cano das espingardas havia cravos! Eu sentia-me feliz; ainda que não fosse completamente consciente da importância do evento, sentia-me feliz!
O povo português criava naquele dia o ponto de partida para a construção de uma vida diferente.
Na realidade, pode ser que não tenha tudo sido como se esperava, mas com certeza que aquela revolução foi um exemplo de capacidade que o povo pode ter para mudar o seu caminho e participar nas decisões sociais.
O filme transmitiu-me muita emoção. Creio que é difícil contar um evento tão importante somente como este através de um filme, mas acho que foi uma boa maneira para repensar naquele episódio que mudou a história de Portugal do século XX e que deixou no carácter dos portugueses a motivação para participar na vida da sua sociedade.
VILMA GIDARO

25 de Abril


Esta é a madrugada que eu esperava

O dia inicial inteiro e limpo

Onde emergimos da noite e do silêncio

E livres habitamos a substância do tempo


Sophia de Mello Breyner Andresen

Valeria Parrella ospite della libreria italiana a Lisbona


"Chi, come noi, lavora sui libri ed in particolare sui libri italiani stando all'estero, ci si chiede sempre: che cosa pensano i lettori della letteratura italiana di oggi? La risposta non è facile, perché le pubblicazione sono sempre piu' numerose e, nel vendere i libri siamo sempre piu' confusi, come d'altra parte le stesse autorità italiane. Lo rileviamo dalla nascita di casi letterari e premi letterari sempre più effimeri, che spesso finiscono nel dimenticatoio, anche prima di uscire fuori dal mercato".

Lo afferma una nota della Libreria Italiana a Lisbona, che si domanda che cosa sia "accaduto della letteratura italiana degli ultimi anni. Quali siano i principali autori dei vari movimenti letterari ?

I gestori della Libreria italiana di Lisbona sono studpiti del fatto che vengano citati pochi nomi sulle riviste e nei giornali letterari. Mentre " La letteratura è nata come un prodotto dell'uomo per l'uomo, ed è cio' che i promotori della libreria intendono portare alla luce attraverso una serie di incontri con alcuni degli scrittori più interessanti del panorama nazionale, in modo che a Lisbona e in Italia possono essere meglio conosciuti, come in passato, attraverso l'arte della parola scritta.

Fra gli scrittori italiani invitati a Lisbona nel prossimo appuntamento del 7 maggio c'è Valeria Parrella che vive e scrive a Napoli. Si è laureata in Lettere Moderne all'Università di Napoli con una tesi in glottologia, diretta da Federico Albano Leoni. In seguito si è specializzata come interprete della Lingua Italiana dei Segni e ha lavorato all'E.N.S. di Napoli, dove vive.


mercoledì 22 aprile 2009

Portugal com novo santo a partir de domingo

IN http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1207656
Por Lusa

Portugal passa a contar com um novo santo a partir do próximo domingo, quando, no Vaticano, o Papa Bento XVI canonizar Nuno Álvares Pereira, herói da crise de 1383-85 que depois se fez monge e "pai dos desvalidos".

A manhã desse dia representará o culminar de uma devoção popular que começou logo após a morte do Beato Nuno.
"Em todas as paróquias há uma imagem ou uma estátua do Beato Nuno", disse Francisco Rodrigues, vice-postulador para a Causa de Canonização.
No domingo, o ponto alto das cerimónias será a celebração religiosa em Roma, presidida pelo Papa Bento XVI, onde estarão presentes muitos convidados, entre os quais o ministro português dos Negócios Estrangeiros, o responsável pela Casa Militar do Presidente da República, o Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, D. Duarte de Bragança, o líder do CDS-PP e o deputado Guilherme Silva (em representação da Assembleia da República), bem como milhares de peregrinos portugueses.
Para sustentar a canonização, a Causa conseguiu provar um milagre, envolvendo a cura de um olho ferido com óleo de fritar, e as virtudes do beato, que justificam a elevação do seu culto a todos os fiéis, algo que estava apenas circunscrito a Portugal e à Ordem do Carmo, a que ele aderiu depois das batalhas contra Castela.
Caberá agora à Santa Sé definir um dia de culto específico para o novo santo.
"Em Portugal, o dia do Beato Nuno é 06 de Novembro, mas no resto da Ordem é a 01 de Abril. No entanto, nós vamos pedir que a data continue a ser em Novembro", disse Francisco Rodrigues.
Na sexta-feira, são já esperados em Roma muitos fiéis portugueses que deverão participar na vigília em honra do Beato Nuno, que terão como centro de oração o Colégio Pontifício Português.
No sábado, a vigília contará com a presença de vários prelados portugueses. Na tarde desse dia, realiza-se uma conferência de imprensa dos promotores da Causa, em conjunto com o Cardeal Patriarca de Lisboa.
A cerimónia de canonização, no domingo, terá início às 10:00, e nela o papa Bento XVI irá canonizar outros quatro beatos.
Dos cinco novos santos, o Condestável é o único não italiano e também aquele que não está directamente relacionado com a fundação de uma instituição religiosa, embora a promoção da sua Causa tenha sido assumida pela Ordem do Carmo.
Juntamente com o Beato Nuno, serão canonizados o sacerdote Arcangelo Tadini (fundador da Congregação das Operárias da Santa Casa de Nazaré), o abade Bernardo Tolomei (Congregação de Santa Maria do Monte Oliveto da Ordem de São Benito), Gertrude Comensoli (Instituto das Religiosas do Santíssimo Sacramento) e Caterina Volpicelli (Congregação das Servas do Sagrado Coração).
Na tarde de domingo, a Embaixada de Portugal junto da Santa Sé e da Soberana Ordem de Malta irá promover uma recepção, com elementos da hierarquia portuguesa e da Cúria Romana, entre os quais D. Dominique Mamberti, responsável pelos Negócios Estrangeiros, D. Fernando Filoni, substituto da Secretaria de Estado, D. José Saraiva Martins (prefeito emérito da Congregação para a Causa dos Santos), D. Ângelo Amato (prefeito da Congregação para a Causa dos Santos) e D. Ivan Dias (prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos).
Da parte da Igreja Portuguesa, está já confirmada a presença do Cardeal Patriarca, D. José Policarpo, do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, duas das principais figuras de uma lista de bispos onde se constam também, entre outros, os nomes de D. José Alves, D. Manuel Neto Quintas, D. Antonino Fernandes Dias, D. Jacinto Tomás Botelho e D. Manuel Felício.

Portugal na Bienal de Veneza: visão poética do mundo

Joao Maria Gusmão e Pedro Paiva. Outubro 2004
por Lusa


"Experiências e Observações em Diferentes Tipos de Ar" é o título da exposição criada por João Maria Gusmão e Pedro Paiva para o Pavilhão de Portugal na 53ª Bienal de Veneza, que inaugura a 05 de Junho.
A representação oficial portuguesa, cuja exposição ficará instalada no edifício Fondaco dell'Arte, em Veneza, abre dois dias antes da inauguração da Bienal e é organizada e produzida pela Direcção-Geral das Artes (DGA) do Ministério da Cultura, e comissariada por Natxo Checa.
Numa nota divulgada pela DGA, o curador explica o conceito da exposição - criada com recurso ao cinema experimental, escultura e fotografia - assinalando que "convoca três dimensões, num regime de intenção e coerência, na obra fílmica de Pedro Paiva e João Maria Gusmão".
São elas "o estudo de fenómenos singulares numa tentativa de compreensão do mundo, a afeição a uma metodologia científica, e o entendimento da poesia como possibilidade de aferição de um mundo apenas parcialmente discernível".
Ao adoptar a natureza e as suas manifestações como matéria, "os artistas agregam e propõem intrincados blocos de ideias e conhecimentos que se traduzem na composição de uma complexa quimera cientifictícia", adianta.
"Estamos perante a construção de uma série de guiões ficcionais, de perfil literário, enraizados na observação de fenómenos particulares e no desenho de uma arquitectura filosófica própria", explica Natxo Checa na nota sobre o trabalho da dupla de artistas que representará Portugal na 53ª Exposição Internacional de Arte - La Biennale di Venezia.
Desde há uma década que Pedro Paiva (1977) e João Maria Gusmão (1979), ambos nascidos em Lisboa, têm apresentado, em plataformas como o cinema experimental e a instalação, um conjunto de ensaios de investigação artística sobre os sentidos para a experiência humana no mundo.
Internacionalmente, têm-se apresentado no circuito das bienais, nomeadamente em São Paulo (2006), Mercosul (2007) e, mais recentemente, na Manifesta 7, assim como nas apresentações individuais no Wattis Institute em São Francisco, Photoespaña, em Madrid, e Adams Gallery em Wellington.
Nascido em Barcelona em 1968, Natxo Checa iniciou a sua actividade profissional no início dos anos 90, e desde 1994, no contexto do espaço Zé Dos Bois (ZDB), em Lisboa, que co-dirige, ou do Festival Atlântico que dirigiu, tem dado a conhecer diversa produção artística visual emergente portuguesa.
Também tem organizado mostras e intercâmbios internacionais em algumas capitais europeias e na costa Oeste Americana com artistas da geração de noventa.
Os artistas e o comissário têm colaborado em vários projectos desde 2001, nomeadamente "DeParamnésia" (2001-2002), "Magnetic Effluvium" (2004-2006) e "Abissology" (2008).
A partir de 1997, o Instituto de Arte Contemporânea, posteriormente Instituto das Artes, e actualmente Direcção-Geral das Artes, organismos do Ministério da Cultura, têm designado e organizado a representação portuguesa nesta Bienal, onde já representaram Portugal artistas como Helena Almeida, Jorge Molder e Ângela Ferreira.
A edição de 2009 da Bienal de Arte de Veneza vai ter como título "Making Worlds/Fazer Mundos", e terá como curador geral o sueco Daniel Birnbaum, decorrendo de 7 de Junho até 22 de Novembro deste ano.

Enigma da primeira Vanessa - por Giulia Proietti Marcellini


Ainda uma vez a Vanessa, a célebre filha de Maria Albertina, inspirou a nossa aluna Giulia Proietti Marcellini, que nos escreveu esta história-enigma... Agradecemos à Giulia a sua colaboração e desafiamos os leitores deste blog a resolverem o mistério...



Pouca gente sabe que a primeira Vanessa famosa na história de Portugal não foi a filha da Maria Albertina, mas foi outra que viveu há vários séculos... (Por pudor, faremos referência aos personagens só por iniciais e deixamos ao leitor todas as ilações)


Esta Vanessa era a filha ilegítima dum nobre estrangeiro e cresceu no palácio do rei desse país, junto à filha dele: C.
C. casou-se com o herdeiro ao trono de outro país, P., mas logo ele se enamorou duma das aias de C.: a própria Vanessa.
O pai de P., o rei A., não aprovava esta relação por muitos motivos e exilou a Vanessa num castelo na fronteira..
Mas o amor entre Vanessa e P. não acabou com a distância e eles continuavam a corresponder-se.
Entretanto, C. morreu porque deu à luz um filho e foi nesta ocasião que Vanessa regressou do exílio e foi viver na casa do P., provocando um escândalo incrível.
O rei A. cada vez mais preocupado com a influência dos irmãos da Vanessa no reino, aproveitou da ausência do P. e enviou alguns inimigos da família da Vanessa para matá-la.
P., irado, revoltou-se contra o pai A. e houve uma breve guerra civil.
Dois assasinos de Vanessa foram executados (a lenda conta que o P. mandou arrancar o coração de um, pelo peito, e o do outro pelas costas).
Além disso, P. impôs à sua corte a cerimónia da coroação de Vanessa, que se tornou rainha póstuma, e fez construir dois túmulos para ela e para ele num grande mosteiro.

Daqui se compreende que o nome Vanessa tem sempre criado sempre grandes escândalos em Portugal...

GIULIA PROIETTI MARCELLINI


Via dei Portoghesi deixa um desafio aos seus leitores:
1) qual era o verdadeiro nome de Vanessa?
2) de qual episódio da história estamos a falar?

Galleria IPSAR, 6 maggio: "Gruppo di famiglia in un interno"


«GRUPPO DI FAMIGLIA IN UN INTERNO»
Fausto Maria Franchi, António Marques, Tereza Seabra, Bela Silva e Maximilian Vilz



Mercoledì 6 maggio a partire dalle ore 18.00 presso la Galleria dell’Istituto Portoghese di Sant’Antonio verrà inaugurata la mostra, dal titolo “Gruppo di famiglia in un interno”, sotto l’alto patrocinio di S.E. l’Ambasciatore del Portogallo presso la Santa Sede dott. João da Rocha Páris.

La mostra si propone di portare a conoscenza del pubblico romano il lavoro e il campo di ricerca di cinque artisti internazionali, legati tra loro dal dovere del fare: Fausto Maria Franchi, António Marques, Tereza Seabra, Bela Silva e Maximilian Vilz, concretizzando in tal modo l’intento primo dello spazio espositivo del centro culturale IPSAR, Istituto portoghese Sant Antonio in Roma, ossia quello di promuovere incontri e sinergie tra artisti portoghesi e italiani.
Presenterà il dott. João da Rocha Páris e mons. Agostinho da Costa Borges, rettore dell’IPSAR, alla presenza degli artisti.

Alle ore 19.00 presso il Salone Nobile dell’Istituto si terrà un concerto inaugurale: “liriche per voce e pianoforte”: poesie di Lucia Sabatini Scalmati, composte da Stefano Giardino; Laura Toppetti, mezzosoprano e Stefano Giardino, pianoforte.
Verranno inoltre eseguite musiche di George Frederich Haendel, Ottorino Respighi, Stefano Giardino, Dmitri Schostakowitch, Nino Rota.
Seguirà un rinfresco.

Vernissage: mercoledì 6 maggio ore 18.00
La mostra rimarrà aperta dal 7 al 24 maggio 2009
Orari: mercoledì, giovedì e venerdì 16.00 - 20.00
Sabato e domenica 11.00 - 13.00 / 16.00 - 20.00
Sede: Via dei Portoghesi, 6
Ingresso libero.


Ufficio stampa: Madia Mauro
cell. 347 0492505 email:
madia.mauro@libero.it


Cocktail offerto da: Il Viaggio, ristorante



Fausto Maria Franchi, nato a Roma nel 1939. Le sue opere fanno parte della collezione museale di Palazzo Pitti, Firenze, dello Schmuckmuseum di Phorzheim, del Moder Museum di Monaco, del museo di Castellana, oltre a essere presenti in numerose collezioni private. In questa mostra propone la rielaborazione dell’oggetto “campana”. Emulare antiche tradizione è colmare il mondo di campane e campane; consultare l’antico oracolo affinché la poesia del suono riviva nella memoria dell’uomo quando il vibrare delle campane affolla di suoni l’aria del folle bosco cittadino. L’artista espone 25 campane bronzee, esuberanti, mediterranee, tra cui l’opera dal titolo ‘Vento dell’Est’: “…ho bisogno di esprimere, di abbondare. Ho bisogno, anche, che altri si soffermino sui particolari, che siano stimolati, vorrei dare a loro il tempo necessario per la lettura…Da qui la necessità di prolungare il tempo, introdurre delle addizioni affinché la percezione sia legata alla lettura di allegri scherzi in cui l’occhio si riposi, il pensiero rallenti e il tempo si dilati. Allora, allora si …. gioca. Si gioca su stonature - accordi - controcanti, su note impazzite per una sinfonia muta, per una musica interiore” (http://www.faustomariafranchi.com/).


António Marques, nato a Lisbona nel 1959 dove vive e lavora. Ha studiato pittura presso la facoltà di Belle Arti a Lisbona, acquisendo una lunga esperienza anche nel campo della ceramica. Considerato il primo e il più famoso illustratore del Portogallo ha esposto nel Salão Lisboa dal 1998 al 2002, oltre che in numerose città sia in Portogallo che all’estero. Ha fondato il primo corso d’illustrazione presso l’accademia Ar.Co. E’ presente su numerose riviste di settore. In occasione di questa collettiva egli presenta al pubblico romano otto opere. Descrive la sua esperienza romana con queste parole: “sarei felice se tu fossi qui con me... Ovunque mi rechi incontro qualcosa di sconosciuto, è tutto come avevo immaginato, è tutto nuovo. Non ho avuto nuove idee, non ho trovato nulla di realmente strano, ma le idee più remote sono divenute così esatte, così vive, così armoniche, che potrebbero sembrare nuove. Ri-conoscere Roma, rigenera...”.


Tereza Seabra, nata a Alcobaça nel 1944, vive e lavora a Lisbona. I suoi studi si sono svolti tra Lisbona e New York, presso l’Art Centre con Thomas Gentile e Amburgo con il Prof. Almir Mavigner. Ha da sempre indirizzato la sua speculazione artistica nel campo della gioiello contemporaneo d’autore, fondando e dirigendo, dal 1978 al 2004, la sezione d’oreficeria dell’accademia Ar.Co. Ha partecipato a numerose mostre sia in Portogallo sia all’estero. Presenta al pubblico opere oroginali dal titolo ‘Broken Hearts III, 1 e 2’ del 2009 realizzate con materiali vari tra cui foto vintage, seta, anelli di oro, plastica e ‘Untiled 2009’ con gli occhi di Dio in argento, provenienti dall’India su corallo nero.
“Cosa fu se non il desiderio di sapere, di esplorare, la curiosità di conoscere di un gruppo di ragazzi del Rinascimento a far scoprire la Domus Aurea? Calatisi in un oscuro cunicolo si ritrovarono pieni di meraviglia davanti alle maestose sale della casa di Nerone; Le torce accese rivelarono decorazioni parietali dai disegni mai visti prima, candelabri dalle delicate forme, tessuti come un merletto. Il nuovo, eppure così antico, fu ben presto emulato, divulgato in mille luminose ripetizioni da Roma a San Pietroburgo. Ora, la casa dorata dove prima brillava il sole è un sotterraneo. Roma si rivela a poco a poco sovrapponendo anche in me diverse ispirazioni, a volte luminose, altre volte profondissime... “ (http:://www.terezaseabra.com).

Bela Silva, nata a Lisbona nel 1966, ha effettuato i suoi studi presso l’Accademia di Belle Arti di Lisbona, in Inghilterra, completati con un master in Arte a Chicago. Vissuta per 14 anni tra Chicago e New York, ora lavora e vive a Lisbona. Da sempre attratta dalla ceramica, ha lavorato ed esposto presso gallerie e musei nazionali e internazionali. Ha eseguito diversi lavori pubblici. Molto famosa e apprezzata una fermata della metropolitana di Lisbona. Espone opere in ceramica dal titolo: ‘Fauno’, ‘Consunto’ e ‘Retrato’. “Quando sono a Roma i miei sogni si arricchiscono di colori. Amo passeggiare per le strade senza meta, e sorprendermi all’improvviso dinanzi al rudere di un tempio, e ho l’impressione di entrare in un quadro romantico del XIX secolo o nello scenario di un’opera, è davvero un magnifico incontro. È una città che mi regala ispirazioni, il suono delle acque che scorrono dalla bocca di un animale grottesco in una bella fontana, le verdure e la frutta nei mercatini per strada, i piccoli banchi con cibi deliziosi, gli affreschi dei palazzi...è una città dai molteplici significati nella quale mi identifico”. (http://www.belasilva.com/).


Maximilian Vilz, artista tedesco principalmente attratto dalla materia del legno, vive e lavora da anni in Italia. In occasione di questa collettiva propone al pubblico undici pannelli lignei dal titolo ‘Recupero e riciclaggio’, selezionati dal suo ultimo campo di ricerca. Egli, infatti, definisce la sua opera “…un riciclo, in quanto lavorare sulla materia è trasformare strutture preesistenti e dargli una forma di remota memoria, di intenzioni conservate nella percezione visiva che si sono ricevute nell’arco di un tempo percorso nella propria geografia ambientale e culturale. Questo lavoro non prescinde dalla persona ma, come l’intimo della persona, non si manifesta in tutta la sua essenza. L’opera è soggetta alla influenza del degrado che l’ambiente esercita sull’opera. Lo stesso lento decadimento della materia insito nella sua natura di non essere concepita eterna. L’operante cerca la perfezione nel lavoro finito creando l’opera infinita… “Nessuna nota biografica perché “memorizzare su carta un saldo e come archiviare se stesso e non sento di fare ciò.“

…spesso il male di vivere ho cantato… (alcuni cantano per non morire)

Humberto Delgado, spirito-guida dello spettacolo


…spesso il male di vivere ho cantato…
(alcuni cantano per non morire)



Da un’idea scenico-musicale di
Carlo GIACOBBE
Con libera commistione di testi di Omar Khayyam, Giacomo Leopardi, Eugenio Montale
e musiche tradizionali e popolari italiane, portoghesi e spagnole

Note di regia di
Loredana MAURO
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Carlo GIACOBBE (Canto e Voce recitante)
Isabella MANGANI (Canto e Voce recitante)
Loredana MAURO (Canto e Voce recitante)
“Conjunto romano”
Franco PIETROPAOLI (Chitarra classica)
Felice ZACCHEO (Guitarra portuguesa e supervisione musicale)
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…Siamo pezzi di una scacchiera fatta di giorni e di notti; a ogni mossa un pezzo cade preso, veniamo tolti e il gioco poi va avanti [Khayyam]. …E fieramente mi si stringe il core, a pensar come tutto al mondo passa, e quasi orma non lascia [Leopardi]. Lungi da qui la tua via ti conduce, non c’è asilo per te, sei troppo morto [Montale].
Saramago: Una cosa è sicura: mai fidarsi delle apparenze… il fado è un effetto, non una causa… Non basta cambiare genere di musica, il fado è dentro la vita.
Rosa Balistreri: Ssss, facciamo silenzio, perché con il canto il bambino s’è svegliato. Ma io voglio che continui a dormire, a sognare; che non veda come si è ridotto il mondo…

DRAMATIS PERSONAE E TESTIMONI DEL NOSTRO TEMPO (in ordine di apparizione, alcuni in incognito)

Carlos Paredes (la buona coscienza, la virtù, il genio)
Garcia Lorca (la tragedia di un’epoca)
Rosa Balistreri (il dolore individuale, il dolore della Sicilia, il riscatto attraverso l’arte)
Amália Rodrigues (la felice incoscienza dei 15 anni, la fama, l’impegno, la saudade)
José Saramago e Dario Fo (due Nobel)
Adriano Correia (la tradizione accademica)
Antonio Machado e Joan Manuel Serrat (empietà poetico-musicale per sopravvivenza)
Manuel Alegre (poeta, politico, voce della dissidenza)
José (Zeca) Afonso (la tradizione, la depressione, la militanza, la solidarietà)

Voci anonime dell’antifranchismo e dell’antisalazarismo

SPIRITO GUIDA
Humberto Delgado (generale portoghese fatto assassinare da Salazar)

lunedì 20 aprile 2009

'Spesso il male di vivere ho cantato' - venerdì 24 aprile, ore 21, Circolo di Cultura Popolare


'Spesso il male di vivere ho cantato' è il titolo, dal chiaro sapore montaliano, di uno spettacolo che unisce musica e poesia e va in scena venerdì prossimo, 24 aprile, alle 21 presso il Circolo di Cultura Popolare (CCPT), storico punto di aggregazione nel quartiere romano del Tufello, in Via Capraia, 81.

Autore del testo è Carlo Giacobbe, giornalista con la passione per la musica popolare e studioso di fado portoghese, che ha voluto immaginare un incontro ideale tra grandi Ombre del passato e artisti e scrittori viventi all'apice della fama, questa determinata però più che da facili esiti commerciali dall'impegno e dalla passione democratica e civile.

Le 'note di regia' sono di Loredana Mauro, che insieme a Isabella Mangani e allo stesso Giacobbe canta e recita. Le musiche sono eseguite dal 'Conjunto romano', con Franco Pietropaoli alla chitarra classica e Felice Zaccheo alla 'guitarra portuguesa'. Come spiega l'autore, è ''una libera commistione di testi di Omar Khayyam, Giacomo Leopardi ed Eugenio Montale, unitamente a musiche tradizionali e popolari siciliane, portoghesi e spagnole''.

Si incontrano così 'dramatis personae e testimoni del nostro tempo', alcuni quasi in incognito. Tra questi Amalia Rodrigues si confonde con Rosa Balistreri, Antonio Machado piange l'amico Federico Garcia Lorca; due Nobel, Dario Fo e José Saramago, sorvegliano che su impegno e passione non faccia premio il pathos, la 'cognizione del dolore'. Ma a differenza del paese immaginario evocato nel romanzo di Carlo Emilio Gadda, il dolore di oggi è concreto e, per molti, incombente. ''Noi però - conclude l'autore - preferiamo immaginare, o almeno sperare, che alla fine parole come resistenza e solidarietà abbiano ancora un senso''.



P.S. - Lo spettacolo dura un'ora o poco più. Al termine gli amici del CCPT offrono tartine, una pasta e un bicchiere di vino. Il biglietto costa come sempre 7 euro. Penso che ci sarà anche un intervento a favore dei terremotati d'Abruzzo.

Paulo Martins por ele mesmo

Âme Fort de Paulo Martins


Tivemos agora acesso a um texto auto-biográfico do fotógrafo Paulo Martins, o expositor português presente na colectiva de fotografia ainda patente na galeria do Instituto Português de Santo António em Roma, "Occhio Magico". Aqui a publicamos, fazendo votos para que o artista nacional regresso em breve à cidade eterna.


Acredito que cada indivíduo é maior do que a soma aritmética das suas múltiplas partes e identidades. Que cada um de nós é mais complexo do que a interacção do seu DNA com as suas experiências de vida. Que cada ser é único e irrepetível, complexo e contraditório, insatisfeito e inquieto, sereno e angustiado, belo e feio, bom e mau, independentemente da vontade e da existência de Deus.
Acredito que a morte é omnipresente e que o sentido da vida é a universalidade da morte. Que todos os percursos têm, consciente ou inconscientemente, esta directiva e que no final todos somos nada, insignificantes e sem importância. Tudo o que fazemos, tudo em que tocamos, tudo o que transformamos, criamos ou destruímos se baseia na negação da morte.
Ser-se racional, realista, pragmático, objectivo, batalhador e, ao mesmo tempo, intensamente emocional, inteligente e sensível é uma equação melindrosa.
Entre o ser hoje o “anjo bom” que tenta, em vão, contrariar a morte inesperada de um homem jovem e que tem de comunicar a notícia à família e partilhar da sua dor; e o ser ontem a criança com capacidades privilegiadas, já capaz de se sentir tocada pela beleza das coisas, perfila-se o curto espaço duma semi-vida.
Tempo em que foi preciso crescer, amadurecer, amar, sofrer, escolher e fazer opções e, durante o qual, um ser se fracturou conscientemente em duas metades, aparentemente contraditórias e em conflito.
Ser-se sempre o que os outros querem que sejamos; ser-se constantemente disponível, atencioso, tecnicista, virtuoso, útil, generoso, apagado, presente, sem história e sem passado. Aquele que é incansável, inesgotável e cuja vida, sentimentos e desejos não precisamos conhecer…
Negarmos em nós a nossa verdade, o nosso caminho, a nossa identidade, quando o que mais desejamos é ser completos, realizados, criativos e amados.
Reunirmos num só os pedaços que a vida em nós separou - eis a angústia essencial, o objectivo que todos perseguimos antes que a luz se extinga…
Acredito que a vida é circular e que a humildade da nossa viagem é sempre no sentido da aproximação com o passado, a infância e as nossas raízes. Voltamos sempre às camadas mais profundamente estratificadas da nossa memória, aos nossos primeiros afectos, à nossa primitiva e incorrupta autenticidade e ao estado mais redutor e honesto de simplicidade.
Vãs todas as glórias, tudo o que fomos e tudo aquilo que poderíamos ter sido e não quisemos. Ter sido ave e ter bebido o mar dum trago ao sol poente, no longe mais longe que o olhar consente; ter sido aurora e eternamente acordado num nó cego de corpos entrelaçados; ter sido quimera, cometa, templo, silêncio e espaço; ter sido abraço, companhia e permanência; ter sido ausência, distância e egoísmo; julgar ter sido tudo e não ter sido nada.
Porque o que persiste, para além da nossa morte, quando tudo já é noite e degredo e o ser não faz qualquer sentido, é o amor, a memória, a arte, a música, a escrita, a pintura, o ferro, a pedra e o bronze…
Por um breve lapso de eternidade, apenas…
Até que o esquecimento, a erosão, a tempestade, o fogo, a guerra, o terramoto, o cataclismo, varram tudo da face da terra e a pó e a nada tudo reduzam…
E de nós, nem um átomo de cinza e de memória subsista.

Paulo Martins
2009.04.17



blog de Paulo Marins

Participantes na actividade de sábado: "Capitães de Abril"


Agradecemos a entusiasmada participação, sábado passado, na visão do filme "Capitães de Abril" - inserido nas actividades da Cátedra José Saramago da Faculdade de Letras de Roma Tre - aos nossos alunos:


Eleonora Maura

Emilia Manti

Enrico Vianini

Flavia Nardoni

Federica Siconolfi

Germana Lardone

Ivana Bartolini

Laura De Francesco

Maria Paola Satolli

Roberta Spadacini

Rocco Costantino

Ughetta Rotundo

Valentina Idini

Valeria Di Marco

Vilma Gidaro

Inspirado em "Capitães de Abril" por Ivana Bartolini


A nossa aluna Ivana Bartolini escreveu acerca da sua emoção pelo 25 de Abril de 1974, recordada através da visão do filme Capitães de Abril, de Maria de Medeiros, no sábado passado, na Faculdade de Letras de Roma Tre. Obrigado, Ivana!



“Aqui do silencio das “gavetas” da Pátria amordaçada
dos peitos desfeitos pelas torturas da PIDE
subiu o clamor da liberdade
floriu Abril”

Hoje, quando vi o filme “Capitães de Abril”, senti a mesma emoção que tinha sentido quando, na televisão italiana, anunciaram o fim da ditadura em Portugal.
Foi na madrugada do 25 de Abril de 1974 que chegou a liberdade. A Revolução dos cravos invadiu Lisboa e em Portugal nasceu um tempo novo, o tempo da liberdade!
Lembro-me que foi como “um raio no céu sereno” e eu, com a minha família, olhámo-nos e sentimos tanta felicidade. Felicidade pela liberdade dum País que estava perto de nós, mas do qual não sabíamos nada. Senti-me tão feliz pelo seu povo que no Verão de 1977 fui a Portugal pela primeira vez. Conheci a sua gente e as belezas naturais do País. Foi amor à primeira vista.
Ainda hoje ali regresso.
Termino com as palavras da Sophia de Mello Breyner:

“Esta era a madrugada que eu esperava
o dia inicial inteiro e limpo
onde emergimos da noite e do silêncio
e livres habitamos a substância do tempo”


IVANA BARTOLINI

Lusoglosse romane - in omaggio a Carmen Radulet - 6 Maggio

Professora Carmen Radulet (1950-2008)

Università degli Studi di Roma Tre

Facoltà di Lettere e Filosofia
Dipartimento di Letterature Comparate


Comitato scientifico:
Cátedra José Saramago
prof Giulia Lanciani
prof. Giorgio de Marchis



Lusoglosse romane
Giornata di Studi in omaggio a Carmen Radulet
6 Maggio 2009


Sala Conferenze “Ignazio Ambrogio”
via del Valco di San Paolo,19



Organizzazione amministrativa:
Francisco Dias
Giuliano Passeri
Anna Siepackri
Daniela Tosoni
Luigi Veraldi

Margherita Zei

Organizzazione tecnica:
Claudio Mosticone
Roberto Parlavecchio



10:00 Saluti delle Autorità
Guido Fabiani, Magnifico Rettore dell’Università degli Studi Roma 3
Otello Lottini, Direttore del Dipartimento di Letterature Comparate
Fernando d’Oliveira Neves, Ambasciatore del Portogallo presso il Quirinale

10:45
Prima sessione – Insegnare
Presiede Giulia Lanciani

João A. Telles (Universidade Estadual Paulista)
Didattica delle lingue straniere: l’uso delle immagini per webcam nel Teletandem

Debora Ferreira (Utah Valley University)
Incluindo Teletandem no currículo de português como língua estrangeira:perspectivas

Pausa caffè

11:45
Seconda sessione - Tradurre
Presiede Ilaria Caraci

Jeronimo Pizarro (Universidade de Lisboa)
“O português como língua literária”: Pessoa bilíngue


Federico Bertolazzi (Università Tor Vergata)
Haroldo de Campos: il traduttore militante

Daniele Petruccioli
La traduzione di O livro dos rios di Luandino Vieira. Un tentativo

Pausa pranzo

15:00
Terza sessione – In Portogallo
Presiede Giorgio de Marchis

Isabel Leiria (Universidade de Lisboa)
Percursos da língua portuguesa post 1974

Salvador Pippa (Università di Trieste)
Costruire e ricostruire i legami: la coreferenza in portoghese e in italiano

16:30
Quarta sessione – Nel mondo

Presiede Annamaria Annicchiarico

Sandra Bagno (Università di Padova)
Il “Maudsley para as loucuras e os crimes das nacionalidades”, locuzione di un tempo di “lunga durata” della “civiltà nazionale” brasiliana

Mariagrazia Russo (Università della Tuscia)
Il trattamento degli “africanismi” nella lessicografia portoghese contemporanea

Gian Luigi De Rosa (Università del Salento)
Le varietà popolari del portoghese brasiliano tra norma occulta, stigmatizzazione e varietà colte urbane

Teresa Salgueiro em Roma - por Roberta Spadacini

Agradecemos mais uma preciosa colaboração à nossa aluna Roberta Spadacini, que foi ver e ouvir Teresa Salgueiro ao Auditorium, há alguns dias atrás... Aqui fica também a imagem do seu bilhete de ingresso autografado pela artista.



A cantora portuguesa Teresa Salgueiro apresentou em Roma o seu último disco, “Matriz”, no dia 15 de Abril, num concerto no Auditorium Parco della Musica.
A antiga cantora dos Madredeus desde há alguns anos empreendeu uma carreira solista na qual desenvolveu a pesquisa dum repertório mais adaptado às suas qualidades vocais.
“Matriz” é uma viagem na musica portuguesa de várias épocas; uma viagem no tempo e no território português à procura da expressão popular mais profunda. O concerto dividiu-se em três partes, para dar uma visão completa do amplo mundo musical portugês: musica antiga, musica popular e tradicional com uma parte dedicada ao fado, e no final final a musica contemporânea portuguesa.
O momento que mais me emocionou foi quando os sons do baixo acústico e das percussões reproduziu perfeitamente os efeitos sonoros dum navio que rangia e da água numa canção que se refere à tradição marítima de Portugal.
Acompanhada pelo director artístico e musical Jorge Varrecoso Gonçalves, responsável pelos arranjos originais, e pela fantástica orquestra Lusitânia Ensemble, Teresa encantou os espectadores com a sua voz emocionante e com a sua gestualidade simples e cheia de feminilidade.
A cantora lusitana encantou também pelo seu perfeito domínio da língua italiana, apresentando todo o concerto no nosso idioma.
Depois do concerto tentei retribuir, pedindo-lhe um autógrafo no meu portguês difícil. Teresa foi gentilíssima!

ROBERTA SPADACINI

Saraiva Martins, Cardeal Bispo de Palestrina






Aqui deixamos algumas imagens da grande festa que a Cidade de Palestrina, amplamente representada pelas suas autoridades religiosas e civis, conjuntamente com a Comunidade Portuguesa, fez ao Cardeal José Saraiva Martins, empossado em Fevereiro último do título de Cardeal Bispo de Palestrina pelo Papa Bento XVI.

venerdì 17 aprile 2009

Jean Guillou em Santo Antóno dos Portugueses


Questo sabato, 18 aprile, nel giorno del suo 79º compleanno, l’organista Jean Guillou, responsabile per la progettazione del nuovo grand’organo di Sant’Antonio dei Portoghesi, già presente a Roma nel Dicembre scorso per la sua inaugurazione, torna nella chiesa nazionale del Portogallo per un concerto nel quale interpreterà brani di Händel, Mussorgsky e di se stesso. Uno spettacolo da non perdere.


Sabato 18.04.2009

ore 19.00

Concerto d’organo per il 79° compleanno di Jean Guillou

organista Jean Guillou
Programma: opere di G. F. Händel, M. Mussorgsky, J. Guillou


Sábado, 18: filme "Capitães de Abril" na Roma Tre

Amanhã, sábado, 18 de Abril, pelas 11h00, na aula 21 da Facoltà di Lettere e Filosofia da Roma Tre (Via Ostiense, 234) vai ser exibido o filme Capitães de Abril (2000), da actriz e realizadora portuguesa Maria de Medeiros.

O actor italiano Stefano Accorsi (Salgueiro Maia) é o protagonista desta versão do dia que mudou a história portuguesa do século XX.
Filme em língua original sem legendas, integrado com a lição de cultura portuguesa nº 7, que teve lugar ontem, 16 de Abril, na mesma Faculdade, aula 4, às 16h00.



Em Portugal, na noite de 24 de abril de 1974, o rádio tocava uma canção proibida, "Grândola". Era o esperado sinal para o grupo militar que iria mudar o destino do país. Ao som da voz do poeta José Afonso, as tropas avançaram, marchando sobre Lisboa. Em contraste com a trágica tentativa do ano anterior, a Revolução dos Cravos se desenrolou como uma grande aventura, em busca da paz e de lirismo.



mercoledì 8 aprile 2009

Recensão de "Non", por Alessandra Cruciani

Agradecemos à nossa aluna Alessandra Cruciani o magnífico comentário que fez ao filme Non, ou a vã glória de mandar, de Manoel de Oliveira, visto recentemente no âmbito das actividades da Cátedra José Saramago.
Parabéns e obrigado, Alessandra!

Com o filme “Non, ou a vã glória de mandar” o realizador português Manoel de Oliveira quer contar as etapas mais importantes da história colonial portuguesa através de alguns flashback.

Depois girar ao redor de um árvore, símbolo das raizes e da cultura, o filme abre-se com um debate sobre a guerra: enquanto os militares mais jovens expõem ideias patrióticas, o tenente Cabrita, licenciado em história e narrador do filme, responde descrevendo os episódios históricos portugueses mais importantes.

O primeiro flashback leva-nos na guerra contra os Romanos, apresentando a figura do valoroso comandante lusitano Viriato. Vemos depois ao casamento de Dom João e Isabel de Castela, vã tentativa de paz entre Portugal e Espanha que termina com a prematura morte do infante de Portugal.

Para não perder de vista as consequências das guerras e os seus efeitos no presente, Oliveira intervala esses episódios históricos com a vida destes militares enviados para a guerra colonial em África, em 1974.

Quando a narração chega ao século XXVI, ao tempo da expansão ultramarina portuguesa, é inserido no filme um episódio passado na Ilha do Amores, na presença de Vénus, a recompensa para os navegadores portugueses; episódio d’Os Lusíadas de Camões que quer descrever o momento mais florescente e positivo da história lusitana.

Contudo, cedo chega aquilo que determinará a grande derrota da política portuguesa: a batalha de Alcácer Quibir, onde o rei Dom Sebastião morre e o reino de Portugal passa ao governo de Espanha até 1640.

No final do filme os militares portugueses são atacados pelos de África, e o tentente Cabrita, ferido, acaba por morrer no dia do 25 de Abril do 1974, o dia da revolução portoguesa que põe fim à ditadura instaurada por Salazar.

Essa revisão histórica de Oliveira desemboca directamente no presente, mostrando, contra os jovens patrióticos do primeiro momento do filme, a inutilidade de todas as guerras, descrevendo sobretudo aquelas em que Portugal sofreu a derrota.

ALESSANDRA CRUCIANI

Êxito de Valentina Idini falando de Garrett



Aconteceu ontem, terça-feira, pelas 17 horas na aula 26 da Faculdade de Letras da Roma Tre: Valentina Idini, perante um público atente de estudantes de língua portuguesa, discursou num Português perfeito - recordação do seu ano vivido em Lisboa - sobre Almeida Garrett.

Depois de ter traçado a sua biografia, integrando-a no atribulado período histórico do Liberalismo, Idini discursou sobre a temática do "retorno" na obra do escritor português, centrando-se particularmente na obra Frei Luís de Sousa, anteriormente estudada pelos alunos, e cuja versão cinematográfica de 1950 foi exibida no passado sábado.

Parabéns a Valentina Idini pela clareza do discurso, concisão, inteligente articulação das temáticas e expressão na língua de Garrett.

Um momento que fica na memória da Cátedra José Saramago e dos assistentes, e que nos ajudou a compreender melhor o drama (ou tragédia?) do regresso de um herói de Alcácer-Quibir...

lunedì 6 aprile 2009

José Saraiva Martins - Cardinale Vescovo di Palestrina - 19 aprile


Benedetto XVI ha promosso all'Ordine dei Vescovi del Collegio cardinalizio il cardinale José Saraiva Martins, prefetto emerito della Congregazione delle Cause dei Santi, assegnandogli il Titolo della Chiesa Suburbicaria di Palestrina. Il 19 aprile p.v. il cardinale portoghese sarà ricevuto con una concelebrazione solenne che si terrà nella Cattedrale di Sant'Agapito alle ore 18.30.


26 de Abril: canonização do Beato Nuno de Santa Maria


Nuno Álvares Pereira integra, ao lado de quatro italianos - Arcangelo Tadini (1846-1912), fundador da Congregação das irmãs operárias de Sagrada Família, Caterina Volpicelli (1839-1894), fundadora da Congregação das Ancelles do Sagrado-Coração, Bernardo Tolomei (1272-1348), fundador da Congregação do Mont-Olivet, e Gertrude Caterina Comensoli (1847-1903), fundadora das Irmãs Sacramentinas - o primeiro grupo, que será canonizado no próximo dia 26 de Abril.
O Beato Nuno de Santa Maria (Nuno Álvares Pereira, 1360-1431) foi beatificado a 23 de Janeiro de 1918 por Bento XV e a sua memória litúrgica celebra-se, actualmente, a 06 de Novembro. Nos últimos anos, a Ordem do Carmo (onde ingressou em 1422), em conjunto com o Patriarcado de Lisboa, decidiram retomar a defesa da causa da canonização, processo reaberto a 13 de Julho de 2004. No Consistório de 21 de Fevereiro de 2009, o Papa anunciou a canonização do Beato Nuno de Santa Maria, processo concluído desde a Primavera de 2008 e conduzido pelo Cardeal Saraiva Martins, Prefeito Emérito da Congregação para as Causas dos Santos.

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Nuno Álvares Pereira nacque in Portogallo il 24 giugno 1360, molto probabilmente a Cernache do Bomjardin, figlio illegittimo di fra’ Álvaro Gonçalves Pereira, cavaliere degli Ospedalieri di S. Giovanni di Gerusalemme e priore di Crato, e di donna Iria Gonçalves do Carvalhal. Circa un anno dopo la nascita, il bambino fu legittimato per decreto reale e poté ricevere l’educazione cavalleresca tipica dei rampolli delle famiglie nobili del tempo. A tredici anni divenne paggio della regina Leonor, fu accolto a corte e ben presto fu creato cavaliere. A sedici anni, per volere del padre, sposò una giovane ricca vedova, donna Leonor de Alvim. Dalla loro unione nacquero tre figli, due maschi, morti in tenera età, e una bambina, Beatriz, che avrebbe poi sposato il figlio del re João I, Afonso primo duca di Bragança.
Quando morì il re Fernando, morto senza eredi maschi il 22 ottobre 1383, suo fratello, João, si trovò impegnato nella contesa per la corona lusitana, che gli veniva contestata dal re di Castiglia, il quale aveva sposato la figlia del defunto re. Nuno si schierò dalla parte di João, il quale lo volle come suo connestabile, cioè comandante in capo dell’esercito. Nuno condusse così l’esercito portoghese alla vittoria in varie occasioni fino alla battaglia di Aljubarrota (14 agosto 1385), che avviò il conflitto verso la fine.
Le capacità militari di Nuno, però, erano temperate da una spiritualità sincera e profonda, L’amore per l’eucaristia e per la Vergine costituivano i cardini della sua vita interiore. Assiduo nella preghiera mariana, digiunava in onore di Maria nei giorni di mercoledì, venerdì, sabato e nelle vigilie delle sue feste. Ogni giorno partecipava alla messa, anche se poteva ricevere l’eucaristia solo in occasioni delle maggiori festività. Lo stendardo che scelse come insegna personale portava le immagini del Crocifisso, di Maria e dei santi cavalieri Giacomo e Giorgio. Fece costruire a proprie spese numerose chiese e monasteri, tra cui ricordiamo il Carmine di Lisbona e la chiesa di S. Maria della Vittoria a Batalha.
Alla morte della moglie, nel 1387, Nuno non volle passare a nuove nozze e fu esempio di vita illibata. Quando si raggiunse la pace, donò ai reduci larga parte dei suoi beni, di cui si disfece totalmente quando, nel 1423, decise di entrare nel convento dei Carmelitani da lui fondato, prendendo il nome di fra’ Nuno di S. Maria. Sospinto dall’Amore abbandonava in tal modo le armi e il potere per lasciarsi rivestire dell’armatura spirituale raccomandata dalla Regola del Carmelo. Compiva in tal modo un cambiamento radicale di vita, che portava a compimento il cammino di fede autentica che egli aveva sempre seguito. Avrebbe desiderato ritirarsi in una comunità lontana dal Portogallo, ma il figlio del re, don Duarte, glielo impedì. Nessuno però poté proibirgli di dedicarsi all’elemosina a favore del convento e soprattutto dei poveri, che continuò ad assistere e a servire in ogni modo. Per loro organizzò una distribuzione quotidiana di cibo e non si tirava mai indietro di fronte alle loro richieste. Il connestabile del re di Portogallo, comandante in capo dell’esercito e condottiero vittorioso, il fondatore e benefattore della comunità carmelitana, entrando in convento, non volle privilegi, ma scelse per sé il rango più umile di frate donato e si mise a totale servizio del Signore, di Maria, la tenera Patrona sempre venerata, e dei poveri, nei quali riconosceva il volto stesso di Gesù.
Significativo fu anche il giorno della morte di fra’ Nuno di S. Maria: la domenica di Pasqua, il 1° aprile 1431, e subito fu considerato santo dal popolo, che iniziò a chiamarlo “o Santo Condestavel”.
Ma, se la fama di santità di Nuno restò costante e anzi aumentò con il tempo, ben più complesso è stato l’iter del processo di canonizzazione, che iniziò ben presto promosso dai sovrani portoghesi e poi dall’Ordine Carmelitano, ma incontrò innumerevoli ostacoli di natura esterna. Solo nel 1894 il p. Anastasio Ronci, allora postulatore generale dei Carmelitani, riuscì a far introdurre il processo per il riconoscimento del culto ab immemorabili del Beato Nuno, che nonostante le difficoltà dovute ai tempi poté concludersi felicemente il 23 dicembre 1918 con il decreto Clementissimus Deus di S.S. Benedetto XV.
Anche le reliquie furono traslate più volte dal sepolcro originale nella chiesa del Carmine, finché, nel 1961, in occasione del sesto centenario della nascita del Beato Nuno, fu organizzato un pellegrinaggio del prezioso reliquiario d’argento, in cui erano state deposte, ma poco dopo esso venne rubato e le reliquie mai più ritrovate; al loro posto furono collocate alcune ossa già conservate altrove. La scoperta, nel 1996, del sito primitivo della tomba con alcuni frammenti di ossa compatibili con le reliquie note, ha riacceso il desiderio di vedere presto il Beato Nuno proclamato Santo dalla Chiesa.
Il postulatore generale dei Carmelitani, p. Felipe M. Amenós y Bonet, ottenne la ripresa della causa che nel frattempo era stata corroborata da un presunto miracolo, avvenuto nel 2000. Furono svolte le rispettive inchieste, e il 3 luglio 2008, il Santo Padre Benedetto XVI disponeva la promulgazione del decreto sul miracolo per la canonizzazione e durante il Concistoro del 21 febbraio 2009 ha disposto che il Beato Nuno venga iscritto nell’Albo di Santi il 26 aprile 2009.

IN
http://www.vatican.va/news_services/liturgy/saints/2009/ns_lit_doc_20090426_nuno_it.html

Frei Luís de Sousa por Vilma Gidaro


Interpretação do filme Frei Luís de Sousa, pela nossa aluna Vilma Gidaro, a quem muito agradecemos.


O filme de António Lopes Ribeiro, Frei Luís de Sousa é baseado na homónima tragédia de Almeida Garrett, de 1843.
O ambiente histórico é o do período sucessivo à batalha de Acálcer Quibir e o do desaparecimento de Dom Sebastião e de outros portugueses, entre eles Dom João de Portugal, marido de Dona Madalena, mãe da protagonista do filme.
Madalena fica à sua espera por muitos anos; passados 7 ela casa-se com um homem muito enamorado dela, Dom Manuel, valente defensor da independência do reino de Portugal. Deste casamento nasce uma filha maravilhosa, inteligente, sensível e muito amada pelos pais.
Ela parece ser a protagonista do filme, mas as suas visões, que continuamente anunciam o que acontecerá, levam-me a pensar que o verdadeiro protagonista do filme é o espírito nacionalista.
O filme, de facto, foi gravado num período de grande estabilidade da ditadura Salazarista (1950), com certeza, este regime tinha toda a vontade de afirmar o espírito nacionalista e os valores da família e da Igreja.
O filme é fiel à peça teatral, como tempos, interpretações e também, como costumes.
Acho que a coisa que mais apreciei deste filme foi o discurso que Maria faz no fim, quando, depois do regresso "do outro" (assim ela chama Dom João), Madalena e Manuel decidem de deixar ao mesmo tempo a vida secular e tomar votos como freira e frade, para emenda do pecado.Maria, que haveria de continuar a sua vida só, recusa a vida, mas antes de morrer duvida de que o que está acontecendo seja realmente a vontade de Deus.
Com palavras de amor para os seus pais, tenta levá-los à razão. Palavras que ressoam na igreja e que são exemplo de quantas vezes se podem interpretar mal as regras morais e divinas, sem ter em conta as verdadeiras responsabilidades para com a própria vida e com a dos outros.Com estas palavras e a morte desesperada de Maria, conclui-se a tragédia.
VILMA GIDARO

19 de Maio: o fado irónico dos "Deolinda" em Roma



Deolinda é un gruppo di musica popolare portoghese ispirato al fado e alle sue tradizioni. Ana Bacalhau nuova voce del fado di Lisbona, è con i Deolinda l’ interprete di un fado ironico, giocoso e intelligente. Il progetto musicale nasce nel 2006 quando i fratelli Pedro e Luís da Silva Martins invitarono la cugina Ana Bacalhau, già cantante dei Lupanar, a cantare quattro canzoni che avevano scritto. Percepirono subito che la sua voce si adattava perfettamente alle rime e alle melodie create da loro e invitarono il contrabbassista dei Lupanar Zé Pedro Leitão, marito di Anaad unirsi a loro dando vita ai. Il loro album di esordio “Cançao ao lado” è una rivelazione, una ventata nuova nella musica portoghese che ne stravolge tutti i cliché.

Ana Bacalhau voce Zé Pedro Leitão contrabbasso Pedro da Silva Martins chitarra Luís José Martins chitarra

L'Auditorium Parco della Musica

Martedì 19/05/2009

Sala Petrassi, ore 21

http://www.auditorium.com/eventi/4939839

Agradecemos à nossa aluna ISABELLA MANGANI a assinalação deste evento.

Amanhã, 7 de Abril, Valentina Idini fala de Almeida Garrett



A nossa aluna Valentina Idini (na foto), jovem actriz e estudiosa da obra e da figura de Almeida Garrett, irá fazer uma apresentação sobre o escritor, poeta, dramaturgo e homem político português amanhã.

Esta intervenção, em língua portuguesa, está inserida no programa de aulas de cultura portuguesa e integra a projecção, sábado passado, do filme Frei Luís de Sousa.

São todos bem-vindos. A não perder!!

Data: 07.04.2009

Hora: 17h00 - 18h00

Local: Facoltà di Lettere e Filosofia, Via Ostiense, 234, Aula 26.

Novità: traduzione di "Il viaggio dell'elefante" di Saramago


Il viaggio dell'elefante

José Saramago



Siamo a metà del xvi secolo, e nell'Europa tramortita dai venti della protesta luterana fa la sua comparsa l'elefante Salomone, giunto dall'India a stupire le folle ma che adesso, a Lisbona, non fa che «mangiare e dormire». Sembra una presenza inutile, quand'ecco che João III, sovrano del Portogallo e dell'Algarve, e sua moglie Caterina d'Austria decidono di inviarlo in dono all'arciduca Massimiliano, proprio ora che si trova a Valladolid in quanto reggente di Spagna. Il regalo viene accettato, e così si procede a organizzare la carovana che dovrà accompagnare il portentoso quadrupede e il suo cornac Subhro prima da Lisbona al confine con la Spagna, e poi da Valladolid fino a Vienna, passando per Genova, Verona, Padova e Innsbruck. Il romanzo è il racconto di questo viaggio, di questa variopinta comitiva di ufficiali, soldati, servitori, preti, cavalli e buoi che, in mezzo a molte difficoltà e tra ali di gente entusiasta, ha il compito di scortare il prezioso dono fino a Vienna, dove l'elefante sarà artefice di un «miracolo» squisitamente umano.

Traduzione: Rita Desti

Editore
Einaudi
Collana
Supercoralli
Anno
2009
Pagine
VIII-202
Lingua
Italiano
EAN
9788806194338

Frei Luís de Sousa, sábado passado

No passado sábado, na Faculdade de Letras de Roma Tre, teve lugar mais um encontro entre os amigos da cultura portuguesa. À projecção do filme Frei Luís de Sousa (1950) de António Lopes Ribeiro - integrada com a aula de cultura portuguesa de quinta-feira dia 2 - assistiram os alunos:

Alessandro Moschini

Andrea Antonucci

Elisa Bianchi

Emilia Manti

Ilaria Bacolini

Ivana Bartolini

Maria Paola Satolli

Roberta Spadacini

Rocco Costantino

Silvia Demofonti

Ughetta Rotundo

Valentina Idini

Valeria Di Marco

Vilma Gidaro


Muito obrigado pela Vossa participação!
Via dei Portoghesi fica à espera das recensões!