martedì 9 novembre 2010

Petição contra a extinção da DGLB – Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas


Chegou-nos o pedido de participar na petição contra a extinção da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, que aqui publicamos.



Cari Amici,


approfittiamo di questo messaggio per segnalarvi una questione che crediamo dovrebbe interessare tutti quelli che sono impegnati, a vario titolo, nella diffusione della letteratura portoghese e lusofona.


Abbiamo scritto una petizione contro la chiusura della Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas. L'ente, per intenderci, che finora ha sostenuto le traduzioni all'estero dei libri portoghesi, contribuendo a far conoscere in Italia e nel mondo più di uno scrittore di lingua portoghese.


Secondo noi, è molto grave e, da italiani, sappiamo che l'accorpamento a un'altra istituzione è solo la premessa a una definitiva cancellazione. Se come noi, credete che non sia attraverso queste misure che si debba risolvere una crisi economica, questo è l'indirizzo per firmare:




Se siete favorevoli, per favore, firmatr. Ma, soprattutto, vi chiedo il favore di spargere la voce tra tutti i vostri contatti che crediate possano essere interessati.

Grazie!


Testo della petizione:


Exma. Senhora

Ministra da Cultura de Portugal

Dra. Gabriela Canavilhas


Tomámos conhecimento do projecto do Governo português em extinguir a DGLB – Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas através de uma fusão com a Biblioteca Nacional de Portugal, privando assim da indispensável autonomia de gestão uma entidade que sempre desenvolveu com sucesso a árdua e meritória missão de promover a leitura em Portugal e divulgar a literatura portuguesa na Europa e no mundo.

Assinalamos que a DGLB é uma instituição de excelência no seio das instituições culturais congéneres na Europa e é com espanto e preocupação profunda que nos dirigimos a V.Exa., na esperança de impedir uma medida que poderá significar consequências nefastas na projecção internacional da língua portuguesa e da literatura e cultura lusófonas. A extinção da DGLB poderá, de facto, limitar a acção de todos aqueles – editores, tradutores, docentes, investigadores e estudantes universitários, organizadores de festivais literários e eventos culturais – que longe de Portugal sempre se empenharam na interminável tarefa de dar a conhecer no estrangeiro a vitalidade e a riqueza da literatura portuguesa. É inegável que, sem o apoio da DGLB, muito do que tem sido feito até hoje não teria sido possível, mas é também evidente que tudo aquilo que está por fazer, sem este apoio, só poderá realizar-se de forma reduzida e com pouca incidência.

Dado que o interesse puramente cultural, em tempos de crise económica, não é considerado relevante e prioritário pelos governantes, chamamos a atenção de V.Exa. para as repercussões positivas que, em termos económicos, uma política cultural hábil e articulada pode produzir. Acreditamos, por exemplo, que para a indústria turística do país tenham contribuído muito mais os romances traduzidos e publicados no estrangeiro do que as campanhas publicitárias promovidas para dar a conhecer aos potenciais turistas os atractivos de Portugal. Quantos escritores portugueses nunca teriam chegado às livrarias da Europa sem o apoio da DGLB? Quantos festivais literários e encontros universitários teriam de ter prescindido da presença de poetas, ensaístas e romancistas portugueses?

Estamos, obviamente, conscientes que na actual conjuntura económica são necessários dolorosos sacrifícios em todos os sectores. Pensamos, contudo, que uma crise económica não se resolve por via do empobrecimento cultural e estamos convencidos de que a política tem o dever de adoptar medidas mais eficazes que o mero, drástico e indiscriminado corte da despesa pública. O risco, neste caso, é que uma política pouco clarividente torne invisível um país e a sua cultura.


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