venerdì 16 dicembre 2011

Cantata de Natal | Joaquim dos Santos | AvA Musical Editions

Recordando o Maestro Joaquim dos Santos, compositor lusitano sempre presente em Roma...


http://maestrojoaquimdossantos.blogspot.com/2011/12/cantata-de-natal-joaquim-dos-santos-ava.html


A Cantata de Natal para coro de crianças, coro misto e piano, pode ser um singelo presente de Natal. Um presente para este Natal e para todos os outros, de preferência, um presente oferecido a partir do som e recebido por um vasto público… concertos!

Esta obra é agora disponibilizada pela AvA Musical Editions. Aqui fica a sugestão…

mercoledì 14 dicembre 2011

Festa de Natal no IPSAR

















Agradecemos muito ao Cristiano algumas imagens que nos enviou da festinha de Natal que se fez ontem ao fim da tarde, entre os alunos do nível avançado de Português, no Instituto de Santo António...



Um abraço a todos e boas férias!

Cristiano Cirillo: conto de Natal


Ilustração de CATERINA MARTINI publicada em http://crazyoverdaisy.typepad.com/blog/


Pedimos aos alunos que escrevessem um pequeno conto de Natal...


Lembro-me de quando era pequenino e a minha avó perto da lareira me contava uma história natalícia que começava assim: “Era uma vez numa vila de montanha um padeiro e um burro...
Quanto mais se aproximava o Natal, mais o padeiro carregava as costas do seu burro com os sacos de farinha que lhe serviam para fazer uma quantidade maior de bolos e biscoitos de Natal na sua loja.
O burro transportava os sacos da casa do padeiro até à padaria muitas vezes por dia, e nem podia parar para descansar um pouco, que o seu patrão o açoitava e lhe puxava pelas orelhas.
O bicho aceitava tudo isso até quando, no dia de Natal, se rebelou, rompeu a corda, fez cair os sacos, deu dois coices violentas e fugiu. Quando o burro chegou à parte mais alta da montanha, anoiteceu, e como estava com muito frio entrou numa gruta, onde encontrou calor perto de um boi que estava atrás de um menino recém-nascido. E o seu patrão naquela noite ficou sozinho, sem ninguém que o ajudasse a transportar os sacos de farinha...

CRISTIANO CIRILLO

Ivana Bartolini: conto de Natal


Ilustração de CATERINA MARTINI publicada em http://crazyoverdaisy.typepad.com/blog/


Pedimos aos alunos que escrevessem um pequeno conto de Natal...


Um Natal diferente


O Natal está mesmo atrás do cantinho!
Os meus Natais têm um gosto antigo. São cheios de calor e de parentes. Junto aos meus pais, foram sempre numerosos a festejá-lo em nossa casa.
Acho que a minha infância e também a minha adolescência foram tão belas porque houve o calor da família. Os tios, os primos, os avós, todos reunidos!
Depois o jantar natalício chegavam os vizinhos que moravam no nosso andar e a festa era completa.
Os adultos jogavam à tômbola ou às cartas e as crianças jogava com as bonecas de pano ou com os brinquedos feitos de madeira e de lata.
Lembro-me dum Natal em que, sentados já à mesa, tocou a campainha da porta da entrada para avisar a chegada de alguém.
Os meninos pensaram imediatamente no Pai Natal que chegava para trazer brinquedos e doces...e numa certa maneira foi um Pai, mas um Pai muito triste e sozinho.
Chegou o senhor que morava no apartamento em baixo e pediu aos meus pais para se unir a nós. Disse que ouvira a nossa alegria e a sua solidão se tinha tornado ainda maior e assim ganhou a coragem de tocar à nossa porta... Nenhum de nós tinha pensado nele!
Foi um Natal diferente que me fez reflectir e o meu olhar sobre o sentido de “família”, desde aquela noite mágica, passou a ser diferente...
Ainda hoje, tenho a certeza, este homem está comigo e ficará para sempre.

IVANA BARTOLINI

Stefano Valente: conto de Natal


Ilustração de CATERINA MARTINI publicada em http://crazyoverdaisy.typepad.com/blog/


Pedimos aos alunos que escrevessem um pequeno conto de Natal...



A moral ruim do Rui
(Breve conto moral de atmosfera natalícia)



O Zé Manuel é o irmão mais novo – o caçula, como se diz no Brasil – de uma típica família lisboeta. Tem apenas seis anos e, como todos os miúdos de qualquer latitude do mundo, não vê a hora que venha o dia 25 de Dezembro para que o Pai Natal lhe traga as prendas com que tem sonhado por uma boa parte do ano.

Como todas as crianças, o Zé Manuel fez tudo o que é preciso para que o Pai Natal não encontre obstáculos de nenhuma natureza: escreveu uma carta ao velhinho da Lapónia incluindo, depois da lista dos brinquedos desejados, o seu nome, o seu apelido e, enfim, o seu endereço certo – com andar e tudo.

No entanto, mesmo na manhã de 24 de Dezembro, o irmão mais velho do Zé Manuel, o Rui, forte dos seus onze anos, resolveu fazer ao Zezinho “a Revelação das Revelações” (é que o Rui, às vezes, mais do que Rui era ruim).

“Pai Natal não existe”, disse então o Rui com um sorriso mau.
“O que é isto?”, tremulou a vozinha do Zé Manuel.
“A verdade, que parvo que és!”, continuou o Rui ruim. “Pai Natal não existe, nunca existiu... Nem sequer as renas existem – ainda não o sabias?”

O conto moral segue desta maneira. Que o Zé Manuel tanto se perturbou que fugiu de casa. E chorando começou a correr pelas ruas, pelas vielas, subiu até ao Castelo, e voltou a descer para a Baixa, e depois foi por bairros de que nem conhecia os nomes, e em volta dele um mar de rostos olhando para ele, gritando, gargalhando ou apenas evitando-o...

Correu o Zé Manuel. Correu, correu, correu. Até que não teve mais força, e as pernas se lhe dobraram e caiu de joelhos no chão enquanto tudo, entre as lágrimas, se lhe tornava escuro como na noite mais negra...

E aqui acaba o conto moral, com o Rui, meio escondido atrás dos ombros dos seus pais e dos outros irmãos, e dos avós e dos tios e dos primos – de toda a família em angústia –, com o Rui, dizia-se, que olha para fora e não consegue acreditar no que está a ver.

O Zezinho está à porta da casa, de mão dadas com o homem de vermelho, o velho senhor da longa barba branca que o acompanha.
Trata-se de Pai Natal, obviamente, em pessoa.


STEFANO VALENTE

Emanuele Inserto: conto de Natal (2)



Ilustração de CATERINA MARTINI publicada em http://crazyoverdaisy.typepad.com/blog/




Pedimos aos alunos que escrevessem um pequeno conto de Natal...







O CORDEIRO DE AÇÚCAR

O Jorginho ficava sentado com toda a sua família ao redor da mesa cheia de comida. Perto dele a sua prima Joana esperava o fim do jantar com impaciência para comer o chocolate que a sua mãe comprara para ela.

"Que bom o meu chocolate! É tão doce! E tu, não tens?", perguntou-lhe a menina.

"Não. Não o tenho!”, respondeu tristemente o Jorginho. "Mas tenho um cordeiro de açúcar!" e voltou-se para olhar debaixo da árvore de Natal. O cordeiro estava ali, todo branco, no seu plástico dourado e transparente. "Tu não tens um?" perguntou então à prima."Olha que lindo. É tão bom!"

Ao fim do jantar todas as pessoas da família trocaram os presentes.
Na confusão o Jorginho pôs-se a procurar o cordeiro mas...já lá não estava!

"Onde está? Onde foi? Onde está meu cordeiro de açúcar", gritou o Jorginho."Quem o está comendo? O meu cordeiro desapareceu. Quem o roubou?"

"Talvez haja um lobo em casa, meu bem", brincou o avô. "Ou uma loba...", disse sorrindo.

"Joana, onde está o cordeiro do Jorge?" disse a mãe à sua menina.
"Não o sei", respondeu ela. "Talvez ele esteja pastando. Têm que procurá-lo fora, nos prados..."

Que tragédia!
Que Natal amargo!
Que sonhos terríveis na noite do choro.

Na manhã seguinte, antes do pequeno-almoço, um cordeiro negro de chocolate amargo estava no centro da mesa, em frente do avô que o olhava.

"É tão bom, Jorginho, o queres?"
"Não, avô, este é amargo demais. Eu quero o de açúcar"
"Eh, sim, aquele de açúcar...é tão bom...mas ontem, a sua prima......que ladra!"






EMANUELE INSERTO

Emanuele Inserto: conto de Natal (1)


Ilustração de CATERINA MARTINI publicada em http://crazyoverdaisy.typepad.com/blog/


Pedimos aos alunos que escrevessem um pequeno conto de Natal...


A ESPERA DO JOÃO


O João esperava. Naquela noite quente de lar, havia muita gente que sorria ao redor da grande mesa. Ele esperava. Olhava os meninos mais pequenos correr e jogar, os rapazes brincar com as raparigas e os velhos falar de tantas coisas passadas, agora desconhecidas ou esquecidas.
Chegou a meia-noite. A véspera terminou.
O João comeu a última parte do seu doce.
Ainda estava esperando
Os meninos abriam os seus presentes. As moças olhavam os garotos que riam um pouco bêbados. Os velhos falavam com voz mais alta.
O João sai para a rua cheia de luzes de Natal. Seguiu para o porto, aí pertinho.
Em frente do mar e dos barcos que dormiam balançando-se, viu o seu pai, alto com seus grandes bigodes e seus cabelos brancos. Viu-o na luz da lua. No vento frio do mar, só um momento. Só para ver o brilho de seus olhos ao luar.
Assim terminou a sua espera.
Assim finalmente foi Natal.

EMANUELE INSERTO

Francesca Ferrara: conto de Natal



Ilustração de CATERINA MARTINI publicada em http://crazyoverdaisy.typepad.com/blog/



Pedimos aos alunos que escrevessem um pequeno conto de Natal...



Era uma vez uma menina que só pensava nas prendas que lhe dariam no dia de Natal. O seu aniversário era em princípios de Março e a partir dessa data perguntava todos os dias o que ia receber do Pai Natal, dos seus avós, dos seus tios, dos seus padrinhos, e de qualquer outro adulto que demonstrara ter muito afecto por ela.

Em 2011, quando já tinha 7 anos, houve uma crise incrível no seu país e no mundo inteiro. Mas a menina, que vamos chamar Belmira, tinha a sorte de o seu pai não só ter ficado com o seu trabalho, apesar da sua empresa ter despedido 30% da força laboral, mas até ter tido uma promoção nesse ano!

A Belmira, que era uma menina ávida, gulosa, mas também muito perspicaz, não tardou em reparar que o seu pai tinha fatos novos e camisas especiais (pois bem via a maneira como as tratava e como gritava à empregada quando não estavam bem passadas); que a sua mãe andava com cabelo ainda mais loiro do que costumava ter, e que fazia ainda mais lições de ténis do que o normal. Decidiu que ela também tinha direito em ter umas prendinhas extras.

Então em 2011 pediu ao Pai Natal (além do longa lista cheia de brinquedos que lhe pediu aos pais, etc.), que era o único a conseguir as prendas mais especiais, um quilo inteiro de bombons, rebuçados e doces, um tutu cor de rosa como o da Barbie, e um diadema de princesa.

Já sabem o que fez a menina com as suas prendas especiais… comeu uma montanha de doces de uma assentada e doeu-lhe tanto a barriguinha que não pôde estar com a família no jantar de Natal (naquela casa abriam as prendas, por insistência da Belmira, à meia-noite o dia 24). Quando pôs o tutu, além de lhe ficar um pouco justo por causa dos doces, deu-se conta que fazia muito frio para usá-lo, e que teria que esperar pelo menos uma eternidade... Chegou o turno do diadema, e desta vez ficou muito feliz quando viu a sua imagem no espelho. Esteve o dia inteiro embonecando-se, mostrando aos familiares e aos amigos o seu cabelo brilhante e comprido, que ressaltava com o diadema de princesa. Ao tirar a diadema, depois duma hora gritando para ir para a cama com ele posto, viu que faltavam três diamantes. Foi a primeira menina da sua idade em dar-se conta que nem tudo o que brilha é ouro...

Depois de ter chorado durante uma ora e meia, deitou-se, esgotada, e adormeceu. Mas, infelizmente, cinco minutos depois despertou com um sobressalto, e finalmente lembrou-se que tinha esquecido pedir a prenda que mais queria: um irmãozinho. Ainda bem que o Pai Natal também é vidente.

FRANCESCA FERRARA

martedì 13 dicembre 2011

Vilma Gidaro: conto de Natal



Ilustração de CATERINA MARTINI publicada em http://crazyoverdaisy.typepad.com/blog/



Pedimos aos alunos que escrevessem um pequeno conto de Natal...


Conto moral (ou imortal) de Natal

Era uma vez um velho muito cansado que vivia numa casinha numa aldeia dos Montes Hermínios na Serra da Estrela, onde durante o Inverno a temperatura chegava a menos vinte graus. O velho estava cansado com a sua vida dura. Com ele vivia só o seu cão da Serra da Estrela, que até envelhecer era o seu companheiro dos dias de pastoreio das ovelhas.
Naquela altura o velho sentia-se débil e infeliz e incapaz de viver, então um dia, rezando, pediu a Deus que não o deixasse no desamparo e que lhe desse um estímulo para conseguir viver.
Deus pensou sobre o seu pedido e decidiu que a única maneira de lhe dar nova vitalidade e vontade de sobreviver, de pôr fim angústia do velho, seria uma missão.
Então falou com o homem dizendo-lhe que devia interessar-se pelas crianças da Terra: todos os anos a partir de então, na véspera de Natal, devia trazer a todos os meninos e todas as meninas presentes para celebrar o nascimento de Jesus. O velho ficou imediatamente feliz, mas também preocupado, porque ele era muito velho e não seria possível realizar a sua missão por um longo período. Deus riu e disse-lhe que com aquela incumbência ele ganhava a imortalidade.
O nosso velho agradeceu Deus e para lhe agradecer de maneira activa prometeu-lhe que a partir daquele momento ele construiria jogos para as crianças.
Deus ficou satisfeito por ter dado o encargo à pessoa certa e definiu que o homem se chamasse Pai Natal.
Assim Pai Natal começou o seu trabalho nesse ano, intensivamente e a cada ano voltou a partir e partirá do seu monte alto e frio da Serra da Estrela, para dar o seus dons às crianças da Terra, na noite de 24 de Dezembro, sempre feliz, na companhia do seu cão fiel, que o ajuda a conduzir o trenó com a deliciosa carga...



VILMA GIDARO

lunedì 12 dicembre 2011

José Tolentino Mendonça nomeado para consultor de Cultura no Vaticano

O cardeal patriarca de Lisboa, Guilherme d'Oliveira Martins, Bento XVI,

Tolentino Mendonça e Manoel de Oliveira, durante a visita do Papa a Lisboa em 2010




No Conselho Pontifício da Cultura
José Tolentino Mendonça nomeado para consultor de Cultura no Vaticano

11.12.2011 - 14:39 Por Lusa

O papa Bento XVI nomeou o padre português José Tolentino Mendonça consultor do Conselho Pontifício da Cultura, divulgou o serviço de imprensa do Vaticano.

A nomeação do actual director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura foi feita sob proposta do cardeal italiano Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício da Cultura, organismo do Vaticano, acrescenta uma nota da Pastoral da Cultura.

As nomeações para este conselho incluem ainda o arquitecto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava, o compositor estoniano Arvo Pärt e o filósofo francês Jean-Luc Marion, discípulo de Jacques Derrida.

De acordo com a nota da Pastoral, José Tolentino Mendonça diz que a nomeação para consultor reconhece trabalho desta entidade em Portugal.

O poeta, autor de Os Dias Contados e A Estrada Branca, também biblista, que escreveu As estratégias do desejo: um discurso bíblico sobre a sexualidade, diz que recebeu a notícia “com alegria”, na nota divulgada pela Pastoral portuguesa, uma vez que a nomeação “também é um reconhecimento por todo o trabalho que está realizado em Portugal há uma década e que vai ganhando uma expressão cada vez maior”.

O director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura disse que encara a missão com “sentido de responsabilidade” e vontade “de estar disponível e ser útil para assessorar naquilo que for necessário”, ainda segundo a mesma nota.

Se eu quiser falar com Deus, textos pastorais, Baldios e De Igual para Igual são algumas das obras de Tolentino Mendonça, reunidas na colectânea A Noite abre os meus Olhos.

Fado, património imaterial da Humanidade: Maria Serena Felici


Alguns alunos de Português enviaram-nos os seus textos comemorativos da grande alegria que foi, para Portugueses e Lusófilos, a atribuição ao Fado pela UNESCO, no passado dia 27 de Novembro, da categoria de Património Imaterial da Humanidade.
http://www.publico.pt/Cultura/o-fado-ja-e-patrimonio-mundial-1522758

Muito obrigado, Maria Serena!




O FADO, ARTE PORTUGUESA

Pois é: o fado faz-nos sentir a todos um pouco portugueses. Mesmo a quem o escuta pela primeira vez e não sabe nada de Portugal. Agora mesmo, enquanto escrevo, aqui no meu quarto toca “Fado, meu fado”, e a estupenda voz de Mariza e aquele mágico som de guitarra parecem querer formar em eco no meu corpo. A guitarra portuguesa deixa vibrações que dão a sensação de sacudir o ar; tem aquela gota de tristeza até quando a música não é triste, mas não é, como muitos pensam, uma tristeza lastimosa, e sim um estado da alma que não quer passar, que não tem uma causa específica; é uma tristeza meiga, consciente, de quem sonha, imagina, divaga e deseja algo que não tem mas não deixa por isto de valorizar o que tem, como a pátria: daqui o grande valor que praticamente todos os fadistas dão ao sentimento de se sentir povo, parte duma grande história, que é um sentimento dinâmico e activo ao mesmo tempo que romântico.


Mas agora queria me concentrar num aspecto do fado que tomo especialmente a peito: ele é uma música nacional, em todo o mundo conhecida ao menos pelo nome (alguns italianos que não sabiam absolutamente nada de Portugal, um dia perguntaram-me se o hino nacional português é um fado), e é de origem popular. Bem, isso não seria uma novidade pois praticamente todos os países do mundo têm uma música tradicional de origem popular; mas a origem do fado é diferente. O povo que cantava o fado nas últimas décadas do século XVIII e as primeiras do XIX não era o das aldeias, pobre mas apesar de tudo feliz, camponeses que pudessem gozar duma alegria simples; o povo que cantava o fado era o que se reunia nas tabernas lisboetas à noite, composto por desempregados e prostitutas, o povo dos rejeitados pela sociedade. Acho que disto deriva inclusive o seu nome: fado é sinónimo de destino, mas num sentido ainda mais místico, e tem a mesma raiz de fatalidade. O fado desse povo é justamente o seu destino de marginalizados a que a injustiça da sociedade os condenou. Eles cantavam nas tabernas as suas canções tristes, e esse era o único momento em que podiam exprimir toda a angústia de viver uma vida que apenas lhes proporcionava sofrimento.


Não é por acaso que as primeiras fadistas foram mulheres, e mais, prostitutas, e o fadista homem era o que ia com elas: isto é, a verdadeira margem da sociedade. Foi nessa época que as tabernas-bordéis em que se cantava o fado começaram a ser chamadas casas de fado; a palavra ainda não designava o canto, tal como o seu derivado, fadista, não designava a cantora: a casa do fado era simplesmente um lugar de perdição, onde o Fado como destino se revelava na sua forma mais cruel, e a fadista era uma mulher cujo Fado era de ser uma alma perdida. Esta condição de vítimas dum poder superior era o tema dos poemas que as prostitutas cantavam, e isto fez com que, ao longo dos anos, a canção passasse a ter o nome com que é conhecida hoje em dia.


Mais tarde o fado adquiriu conotações novas, fruto dos períodos históricos que se sucederam; mas também quando entrou nos costumes das camadas mais altas da população portuguesa, manteve esse sentido de tristeza que provém da sua origem de canto-desafogo-resgate dos que tinham perdido tudo. Acho maravilhosa esta “fatalidade”, e o termo não é casual: aqueles ricos bem-pensantes acabaram por assimilar, se bem que gradualmente e inconscientemente, um tipo de música que provinha exactamente daqueles desventurados que eles rejeitavam. É o Fado.

Focus on GABRIEL ABRANTES. Accademia di Francia a Roma - Villa Medici. Mercoledì 14 dicembre 2011, alle ore 17.00 e alle ore 21.00


Focus on GABRIEL ABRANTES

Una collaborazione tra Fondazione VOLUME!, Ambasciata del Portogallo a Roma e Accademia di Francia a Roma - Villa Medici

Accademia di Francia a Roma - Villa Medici Sala Michel Piccoli
Viale Trinità dei Monti 1

mercoledì 14 dicembre 2011, alle ore 17.00 e alle ore 21.00



Mercoledì 14 dicembre 2011, presso la Sala Michel Piccoli dell’Accademia di Francia a Roma – Villa Medici, in occasione della presentazione del film Fratelli, co-diretto da Gabriel Abrantes e Alexandre Melo e prodotto dall’Ambasciata del Portogallo a Roma e dalla Fondazione VOLUME!, si terrà la rassegna Focus On GABRIEL ABRANTES, un doppio ciclo di proiezioni dedicato al giovane artista portoghese, il primo alle ore 17:00 e il secondo alle ore 21:00.


La serata offrirà l'opportunità di conoscere approfonditamente il lavoro di Gabriel Abrantes attraverso la visione di una selezione di lavori dal 2008 ad oggi. L'iniziativa ha visto la collaborazione dell’Ambasciata del Portogallo a Roma, dell'Accademia di Francia a Roma - Villa Medici e della Fondazione VOLUME!, tre realtà attente alla promozione ed al sostegno dell'arte contemporanea, da sempre sostenitrici delle nuove tendenze della creatività.

La Fondazione VOLUME! e l'Ambasciata del Portogallo a Roma hanno infatti offerto all'artista, nell'aprile scorso, l'opportunità di trascorrere un periodo di residenza a Roma per realizzare il film Fratelli, girato in varie zone del territorio laziale tra le quali la splendida cornice dell'Accademia di Francia a Roma - Villa Medici.


Alle ore 17:00, alla presentazione della serata e dell’artista, interverranno: l’Ambasciatore del Portogallo a Roma Fernando d’Oliveira Neves, Éric de Chassey direttore dell'Accademia di Francia a Roma - Villa Medici, Paulo Cunha e Silva, e Francesco Nucci, Presidente della Fondazione VOLUME!. e dall'artista Gabriel Abrantes. Verranno proiettati, in questa prima tranche, i film: Fratelli, Visionary Iraq, A history of mutual respect, Liberdade. Alle ore 21:00 seguiranno: Olympia I & II, Palacios de Pena (Palace of Pity) e, di nuovo, Fratelli.


Fratelli

di Gabriel Abrantes e Alexandre Melo

Portogallo, 2011, 27’



Ispirato al prologo de La bisbetica domata di William Shakespeare, Fratelli è un cortometraggio diretto da Gabriel Abrantes e Alexandre Melo, ambientato in diversi siti tra Roma e la regione Lazio. Recitato in lingua portoghese, con l’accento brasiliano di Bahia, il film descrive il rapporto tra due fratelli al limite tra l’amore e il desiderio carnale: l’animalità con cui i due si cibano e, nelle scene finali, lottano; la consapevolezza di un desiderio incestuoso e omosessuale che rilancia la dinamica pulsionale dei fratelli. La scoperta dell’identità sessuale, i riferimenti ai concetti di eros e thanatos sono analizzati dall’artista attraverso una rilettura dei generi cinematografici e riferimenti a registi del passato (tra i più evidenti quelli a Pasolini), e alla storia dell’arte. Il tutto è girato in un contesto seicentesco, dove Villa Medici, completata nel 1544, non poteva non essere lo scenario più appropriato. Il film si apre sull’interno della cupola a cassettoni del Pantheon per poi giungere in una stalla. Qui è presentato il popolano che successivamente, tenendo fede all’opera di Shakespeare, verrà trovato addormentato da un Signore e dai suoi cortigiani…



Biografia

Gabriel Abrantes nasce nel 1984 a Chapel Hill, nel North Carolina. Attualmente vive e lavora a Lisbona dove è rappresentato dalla Galleria 111.

Dopo la laurea triennale in Cinema and Visual Arts alla The Cooper Union for the Advancement of Science and Art di New York nel 2006, completa gli studi universitari all’Ecole National des Beaux-Arts di Parigi e nel 2007 è al Le Frenesoy Studio National des Arts Contemporains di Tourcoing.

Riconosciuto a livello internazionale, Abrantes è stato pluripremiato. Quest’anno, in occasione della 68esima edizione della Mostra del Cinema di Venezia, l’artista è stato in concorso nella sezione Orizzonti con il film Palácios de Pena, diretto a quattro mani con Daniel Schmidt.

Nel 2010 ha ricevuto il Golden Leopard per il cortometraggio A History of Mutual Respect nella categoria Best International Short Film al Locarno Film Festival e il Best films of 2010 by Sight & Sound Magazine, British Film Institute. Il film, diretto insieme a Daniel Schmidt , racconta la storia di due ragazzi innamorati della medesima giovane donna: è la storia di un’amicizia tradita, di un rispetto mutuale andato a gambe all’aria. È una riflessione politica sull’utopia del cambiamento, sull’idealizzazione di una realtà modificabile, sull’impossibilità di cambiare la storia. Tra gli altri riconoscimenti, Prémio Media Recording for Best Portuguese Film at Indie Lisboa ’10, KODAK Cinelabs Prize at EXPIFF Bucharest, 2010, e il Prémio dos Cineclubes al Festival Luso Brasileiro, St. Maria da Feira.

Tra i suoi cortometraggi, Visionary Iraq ha vinto il New Talent Fnac Award all’Indie Lisboa’09 ed è stato ritenuto il miglior film del 2010 da Purple Magazine e Artforum, la rivista d’arte contemporanea leader nel mondo che lo ha insignito del titolo di Best films of 2010. Ad aggiudicarsi l’EDP Novos Artistas Prize nel 2009 l’installazione video Too Many Daddies, Mommies and Babies. Olympia I & II (co-diretto con Katie Widloski) è stato invece premiato con il KODAK Cinelabs al EXPIFF Bucharest, 2010.

Tra le recenti mostre personali, la partecipazione alla retrospettiva organizzata al Centro Cultural Vila Flor di Guimarães nel 2010; ZAAL 5 Film Huis Den Haag, Den Hag, 2009; 20-30 Experiments in Moral Relativism, Galeria 111, Lisbon, 2008;. Buttpocalipse, Galleria 111 (2007); Visionary Iraq, Galeria 111, Oporto; Too Many Daddies, Mommies, and Babies, Maumaus, Lisbona.

Tra le mostre collettive, le più recenti sono Dynasty at Palais de Tokyo and Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris e Reset at Fondation Ricard in Paris, entrambe nel corso del 2010.

Recentemente, l’artista è impegnato nel nuovo centro di cinema sperimentale Escola Deus Ex Maquina, fondato da Sara Santos e Goncalo Pena dove insegna History of Cinema and Experimental Cinema Production .

“Symphony of shadows” de Giampaolo Di Rosa,

Messaggio del Rettore di Sant'Antonio dei Portoghesi



Invito a visitare la pagina web relativa all’ultimo disco di organo dell’organista titolare
della nostra Chiesa, “Symphony of shadows” di Giampaolo Di Rosa, per poter
ascoltare on line l’intero contenuto musicale.
www.symphonyofshadows.org
Trattasi di un nuovo livello di comunicazione per la divulgazione dell’attività culturale
IPSAR, già documentata on line presso i seguenti siti:
www.ipsar.org
www.ipsarorgan.org
www.giampaolodirosa.org
I CD originali sono disponibili direttamente presso l’IPSAR.
Cordiali saluti
Agostinho Borges, Rettore


I wish to invite everybody to visit the new web page of the last recording made by the
master of music of our Church, “Symphony of shadows” by Giampaolo Di Rosa.
You can listen to the music directly online.
www.symphonyofshadows.org
This new web page is one more step to popularize the cultural production of IPSAR,
which is already available here:
www.ipsar.org
www.ipsarorgan.org
www.giampaolodirosa.org
The recordings are also available for sell at IPSAR.
Yours sincerely
Agostinho Borges, Rector


Convido a visitar a página web relativa ao último disco de órgão do organista titular
da nossa Igreja, “Symphony of shadows” de Giampaolo Di Rosa, para poder escutar
on line todo o conteúdo musical.
www.symphonyofshadows.org
Trata-se de um nível novo de comunicação para a divulgação da actividade cultural do
IPSAR, já documentada on line nos seguintes sites:
www.ipsar.org
www.ipsarorgan.org
www.giampaolodirosa.org
Os CD’s originais estão disponíveis directamente junto do IPSAR.
Cordiamente
Agostinho Borges, Reitor

Lançamento do n. 6 da Revista Estudos Italianos em Portugal


Lançamento do n. 6 da Revista Estudos Italianos em Portugal

pela Prof.ª Doutora RITA MARNOTO

docente de Literatura Italiana, Linguística Italiana e Tradução na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, de Escrita e de Arte Contemporânea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra e Directora do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da mesma Universidade

Seguir-se-á um concerto para guitarra clássica

"Quando Mazzini suonava la chitarra" pelo M.º MARCO BATTAGLIA



O Sexto número da revista Estudos Italianos em Portugal coincide este ano com as celebrações do Aniversário dos 150 anos da Unificação italiana. Para o nosso Instituto de Cultura, concluir os eventos e as múltiplas manifestações dedicadas à Unidade de Itália, com a apresentação deste novo número, significa homenagear o esforço de muitos estudiosos que contribuíram para a realização da revista, focando a atenção sobre os aspectos comparativos das histórias de Itália e de Portugal, num momento tão importante da construção dos Estados Nacionais da Europa.

Marco Battaglia, especialista da música do séc. XIX que interpreta com guitarras originais da época, estudou na Academia Internacional de Música de Milão e diplomou-se, em 1995, no Conservatório da mesma cidade. Desde 1994 desenvolve uma intensa actividade como solista e também com orquestras nos cinco continentes. Tem gravado para a RAI Internacional, tendo efectuado produções discográficas para a MAP e publicações de trechos musicológicos. Fazem parte da sua colecção de preciosos instrumentos históricos uma guitarra pertencente a Giuseppe Mazzini. Em 2008 funda e coordena a direcção artística o ‘800MusicaFestival e do homónimo Ensemble.


Informações

Data: Terça-feira, 13 de Dezembro de 2011

Horário: 19h00

Local: Instituto Italiano de Cultura - Lisboa

Entrada: Lugares limitados. Reserva obrigatória pelo tel. 213884172

martedì 6 dicembre 2011

Fado, património imaterial da Humanidade: Emanuele Inserto



Alguns alunos de Português enviaram-nos os seus textos comemorativos da grande alegria que foi, para Portugueses e Lusófilos, a atribuição ao Fado pela UNESCO, no passado dia 27 de Novembro, da categoria de Património Imaterial da Humanidade.
http://www.publico.pt/Cultura/o-fado-ja-e-patrimonio-mundial-1522758


Muito obrigado, Emanuele!



A UNIVERSALIDADE DO FADO


Porque é que o fado hoje tem que ser considerado um “Património Imaterial da Humanidade”? Porque é que esta música é tão importante? E por que a chamamos “universal”?

Para responder a estas três perguntas temos que pesquisar as suas raízes históricas, não só portuguesas.

De facto o fado nasce no começo de XIX século. Nos últimos anos da colonização do Brasil, que declarou a sua independência em 1822. Naquela época a sociedade portuguesa e, em particular, a sociedade lisboeta era constituída por uma grande quantidade de estrangeiros. Muitos deles eram africanos e tinham uma cultura diferente - dançavam uma música sensual e doce: o “Lundum”.

Este estilo musical tem uma importância fundamental e é também importante saber que esta música tem em si melodias árabes e ritmos do Norte de África. Do encontro do lundum com os cantos e as danças populares, seja em pátria, seja nas colónias brasileiras, nasceram os primeiros fados.

Então podemos falar do fado como união das culturas diferentes:

_a cultura africana, que traz consigo elementos árabes e dos povos nómadas.
_a cultura europeia de Lisboa, que ltraz consigo elementos musicais populares portugueses mas também espanhóis e provençais.
_a cultura do mundo novo das colónias em Brasil, onde povos diferentes se encontram com as suas próprias danças e os seus próprios cantos.
_a cultura musical de outros países europeus, no encontro do fado com a música clássica.
_a cultura literária do Portugal e dos países de língua portuguesa.
_a cultura musical dos povos de todas as colónias portuguesas na Ásia, na África e na América do Sul.

Por isto podemos considerá-lo uma música universal. As suas origens, as suas raízes, têm elementos comuns com muitas culturas e fazem dele uma linguagem musical de comunicação entre os povos. Uma comunicação dos sentimentos profundos. Do amor, da dor, da felicidade e da tristeza da nossa própria alma.

Fado, património imaterial da Humanidade: Isabella Mangani



Alguns alunos de Português enviaram-nos os seus textos comemorativos da grande alegria que foi, para Portugueses e Lusófilos, a atribuição ao Fado pela UNESCO, no passado dia 27 de Novembro, da categoria de Património Imaterial da Humanidade.
http://www.publico.pt/Cultura/o-fado-ja-e-patrimonio-mundial-1522758




Muito obrigado, Isabella!






Falar de fado è – para mim – virar a capa do livro da minha alma e deixá-la à vista. Portanto acolhi a sua distinção a Património Imaterial da Humanidade quase como a invasão institucional de um cantinho muito privado do meu ser.


Nem me lembro quando o ouvi pela primeira vez. Deve ter sido na voz da Amália, numa reproposição televisiva. Eu era pequenina, e a minha mãe deve ter estado lá comigo, a saborear aquelas emoções alheias e no mesmo tempo tão próximas ao nosso sentir napolitano.


Passado alguns anos, eu tornei-me tradutora e cantora, morei em Portugal, mas a primeira vez que cantei fado foi na Itália, depois de ter voltado de Lisboa. Foi por saudade dela, do seu rio que cai no mar, da sua luz e da sua gente, que sempre me acolheu.


Como humilde pesquisadora da cultura e da tradição oral na música popular italiana, bem compreendo quem sublinha o valor do fado come colante identitário, como expressão cultural distintiva de um país, da qual a sua História não pode prescindir. A UNESCO reconheceu publicamente esse valor muito específico, mas ao fazê-lo atribuiu ao fado um valor universal. O fado é dos portugueses. Mas o fado é meu também. E é teu, teu e teu também. E isto – posto que o fado seja tratado com respeito – pode ser só uma maravilha.


“Quem destrói as suas próprias raízes, não pode crescer”, disse o artista austríaco Friedensreich Hundertwasser. Sempre pensei que da minha terra, através das profundidades do Mediterrâneo, as minhas raízes atingissem Portugal. Neste dia de grande orgulho agradeço o povo português pela sua generosidade com quem mostra de amar Portugal de um amor puro. E levo em alto a minha voz de esperança que os jovens portugueses fiquem ligados às suas raízes por elevarem seus ramos mais altos e floridos, no céu.

Roma de Mega Ferreira


Roma. Esercizi di riconoscimento

di António Mega Ferreira


Le Edizioni dell’Urogallo e l’Ambasciata del Portogallo a Roma presentano ai Musei Capitolini il volume di António Mega Ferreira.

Saranno presenti l’autore, l’ambasciatore Fernando d’Oliveira Neves, il traduttore Brunello De Cusatis e l’editore Marco Bucaioni



Si terrà venerdì 9 dicembre alle ore 18:00 presso la sala Pietro da Cortona dei Musei Capitolini in Roma la presentazione del piccolo e prezioso volume di António Mega Ferreira Roma. Esercizi di riconoscimento, un percorso letterario di Roma vista da un grande intellettuale portoghese.

Ingresso gratuito fino ad esaurimento posti


Il libro
“Ogni viaggiatore costruisce, delle città che ama, un’idea che raramente coincide con la logica della geografia urbana. Nella sua maniera di amare una città, disegna percorsi, associazioni immaginarie, miti strumentali che mostrano le facciate, i monumenti, le piazze e le genti di una determinata zona come i migliori segni di identificazione dello spirito del luogo. La sua nozione di geografia è essenzialmente affettiva, le sue preferenze non sono razionali, e, per questo, quella zona eletta figura nel suo spirito, e per sempre, come il centro della città. Per me, piazza della Rotonda e il Pantheon sono i veri centri di Roma.”

Questo libro non si limita a descrivere una città: regala un viaggio tra storie e leggende, raccontate in maniera appassionante, e fa conoscere l’architettura e le opere d’arte di una città simultaneamente antica e contemporanea. Il volume è illustrato dalle incisioni del


L’autore

Tra le più importanti figure dell’intellettualità portoghese, António Mega Ferreira è saggista e narratore di lungo corso, oltre che giornalista affermato e personaggio pubblico (dirige il Centro Cultural de Belém, nel 1997 ha diretto la partecipazione del Portogallo come paese ospite alla Fiera del libro di Francoforte e nel 1998 ha curato la candidatura di Lisbona a città ospite dell’Esposizione Internazionale).

Con all’attivo decine di opere di narrativa e importanti saggi (su tutti, spicca un libro su Pessoa, l’economia e la contabilità) per il prestigioso marchio editoriale lisbonese Assírio & Alvim, ostenta una prosa di grandissima eleganza e ricercatezza.









TIPO DI NOTIZIA: PRESENTAZIONE VOLUME DI ANTÓNIO MEGA FERREIRA, ROMA: ESERCIZI DI RICONOSCIMENTO, EDIZIONI DELL’UROGALLO (PERUGIA)

LUOGO: SALA PIETRO DA CORTONA, MUSEI CAPITOLINI, ROMA

ORE: 18:00

Ingresso Libero





Silvia Pagliacci

Ufficio Stampa Edizioni dell’Urogallo

Corso Cavour, 39

I-06121 Perugia

Fado, património imaterial da Humanidade: Vilma Gidaro




Alguns alunos de Português enviaram-nos os seus textos comemorativos da grande alegria que foi, para Portugueses e Lusófilos, a atribuição ao Fado pela UNESCO, no passado dia 27 de Novembro, da categoria de Património Imaterial da Humanidade.
http://www.publico.pt/Cultura/o-fado-ja-e-patrimonio-mundial-1522758

Muito obrigado, Vilma!




Tenho o coração cheio de gratidão pelas cantoras das tabernas de Lisboa, pelas vozes delas que permitiram ao fado de vir à luz, pelos nobres que graças a elas o conheceram e o introduziram nos salões do findar do XIX século.

E ainda por Ercília Costa, primeira fadista com projecção internacional e pelos escritores das letras do fado que descrevem a saudade, a paixão, o ciúme, as pequenas histórias do quotidiano da capital, e pela maravilhosa Amália da Piedade Rebordão Rodrigues exemplo máximo do fado de Lisboa apresentado no mundo.

Falei de gratidão porque agora o Fado é também património meu. Então continuo a agradecer, também, os cantores do Fado de Coimbra (estudantes da Universidade) que deram ao fado outro sentido, o sentido social e político. Fado menos amado do que o fado de Lisboa, mas para mim igualmente interessante e importante. Um nome por todos: José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos conhecido como Zeca Afonso.

Depois deste resultado Portugal será mais apreciado e obterá benefícios materiais: este o meu desejo para o meu país de eleição, sobretudo neste altura de aflição e de crise.

Jantar de Turma




Os alunos do nível inicial do Curso de Línga e Cultura Portuguesas do Instituto de Santo António reuniram-se na passada sexta-feira dia 2 de Dezembro para um jantar português no restaurante I Tre Pupazzi, conhecido em Roma como o único onde se faz, às quintas e sextas-feiras, um menú lusitano... A maioria escolheu bacalhau, cozinhado em diferentes modos.


A noite foi muito divertida e o Luciano (muito obrigado!) fez algumas fotografias que nos enviou. Elas aqui fica para recordar um belíssimo convívio de amizade...



No jantar: Alessandra, Anastasia, Filippo, Francisco, Giulia, Luciano, Maria Rita, Maria Teresa, Paolo Emilio, Ranieri, Suleimane, Varinia.


Faltavam: Francesco, John Baptist, Niccolò Saul, Sila e Valentina.

A passeio pela Roma lusitana...







No passado dia 19 de Novembro, um grupo de alunos de Português da Faculdade de Letras da Universidade Roma Tre e do Instituto Português de Santo António aproveitaram o sol da manhã de sábado para descobrir uma Roma secreta: a que conta as histórias e a História da presença portuguesa ao longo dos séculos.


A nossa aluna ARIANNA OCCHIBELLI, a quem muito agradecemos, enviou-nos algumas fotografias que recordam essa manhã...

lunedì 5 dicembre 2011

Fado, património imaterial da Humanidade: Stefano Valente



Alguns alunos de Português enviaram-nos os seus textos comemorativos da grande alegria que foi, para Portugueses e Lusófilos, a atribuição ao Fado pela UNESCO, no passado dia 27 de Novembro, da categoria de Património Imaterial da Humanidade.
http://www.publico.pt/Cultura/o-fado-ja-e-patrimonio-mundial-1522758




Muito obrigado, Stefano!








Doçura e melancolia
Felicidade e agonia…

Cantaste de gentes humildes
E de heróis
De amores rebeldes
De estrelas, de sóis…

Cantaste de estradas, vielas
De angústia, loucuras
E de namoradas tão belas…
De lágrimas e de ternuras
Da luz, da alma sombria —
Tudo o que cantaste vivia…

Às vezes tu és grito
Às vezes tu és a mais pura saudade
Ressoas no silêncio infinito
Destino de um povo, verdade

Nós todos te temos cantado
levando-te do coração mais profundo:
Outrora chamavam-te fado
Agora já te chamam mundo

9 de Dezembro: "Roma" de Mega Ferreira, apresentado no Campidoglio



La presentazione del libro


Roma. Esercizi di riconoscimento
di
António Mega Ferreira



avrà luogo venerdì 9 dicembre 2011 alle ore 18h00
presso la sala Pietro da Cortona dei Musei Capitolini in Campidoglio, a Roma.

Interverranno l'autore, il curatore Prof. Brunello De Cusatis

e l'editore Marco Bucaioni.

Fado, património imaterial da Humanidade: Ivana Bartolini



Alguns alunos de Português enviaram-nos os seus textos comemorativos da grande alegria que foi, para Portugueses e Lusófilos, a atribuição ao Fado pela UNESCO, no passado dia 27 de Novembro, da categoria de Património Imaterial da Humanidade.
http://www.publico.pt/Cultura/o-fado-ja-e-patrimonio-mundial-1522758




Muito obrigado, Ivana!


O FADO

O fado é a canção de Lisboa, aquela música que representa a alma portuguesa. Canta o seu destino, o sentimento, o mal de amor, o quotidiano, os encontros, o adeus, o riso, o choro, a saudade para quem é partido.
O fado liga-me a esta cidade que sinto como uma mãe e uma irmã no mesmo tempo.
Encostada num cantinho duma pequena tasca em Lisboa ouvi pela primeira vez cantar o fado e percebi naquele istante que teria estado em mim para sempre.
A música do fado é no ar que se respira. O fado é também tristeza, mas também alegria, é a plenitude da nossa alma cansada que, às vezes, é cheia de saudade.
A imagem que tenho do fado é: um xaile, uma guitarra, uma voz e tanto sentimento.

Fado, património imaterial da Humanidade: Cristiano Cirillo


Alguns alunos de Português enviaram-nos os seus textos comemorativos da grande alegria que foi, para Portugueses e Lusófilos, a atribuição ao Fado pela UNESCO, no passado dia 27 de Novembro, da categoria de Património Imaterial da Humanidade.
http://www.publico.pt/Cultura/o-fado-ja-e-patrimonio-mundial-1522758

Muito obrigado, Cristiano!


Fado

Como amante da língua e cultura portuguesa, queria falar do fado e deste país de fadistas; uma canção tão amada duma terra tão sonhada, que se tornou agora Património Imaterial da Humanidade.
Não posso deixar de manifestar agrado ao saber que o Fado, aquela lindíssima canção que une todos os portugueses, aquele fado que me faz sonhar e que encanta todos alcançou este maravilhoso reconhecimento da UNESCO na ilha de Bali.
Um reconhecimento que valoriza, ainda mais, a sua divulgação. Todo o mundo conhece este tesouro português, e que graças à voz da sua rainha Amália e dos seus seguidores chegou além das fronteiras.
Único no seu género, é uma forma de arte que vale a pena apreciar, e constitui o marco de um país feito de artistas que deixaram os seus sinais e se tornaram conhecidos pelo mundo inteiro.
Gosto do fado, gosto de ouvi-lo, porque para mim é como sonhar passear pelas ruas de Lisboa e inebriar-me com “uma guitarra afinada, uma voz bem timbrada”e esquecer-me de tudo, como entoa Carlos Ramos em “Canto o fado”.
Queria apresentar os meus Parabéns ao Fado pela vitória atingida.
Viva o Fado!!!

Fado, património imaterial da Humanidade: Ferena Carotenuto



Alguns alunos de Português enviaram-nos os seus textos comemorativos da grande alegria que foi, para Portugueses e Lusófilos, a atribuição ao Fado pela UNESCO, no passado dia 27 de Novembro, da categoria de Património Imaterial da Humanidade.
http://www.publico.pt/Cultura/o-fado-ja-e-patrimonio-mundial-1522758


Muito obrigado, Ferena!


O fado canta a vida


O fado é
O medo, é a perda do amor
É o castigo o destino e a dor
É o amor querido e o seu desencanto
O fado é lágrimas e grito de espanto
Na noite, lamento na chuva e no vento
Olhando de longe barcos no mar
Esperando velas que não voltarão
Pedindo às vagas se o amado é perdido.

O fado é
Viver contigo fingindo alegria
É uma cama vazia
É melancolia
É embalar lembrança e solidão
Num berço de triste perdão
Berro de ajuda infeliz
Canto escuro
De mulher desgraçada
Duma alma fechada
Num sofrimento calado

O fado é
Amor no silêncio magoado
É um pecado é o passado
É um canto à luz da lua
É buscar aventura e amargura
É chorar soluçar fazer mal perdoar

O fado é
Lisboa
Cidade fechada
Na sua solidão
Que come o seu pão de tristeza e de pranto
Nas suas paredes de água furtada
O fado é um caminho perdido
No pó das estradas
Nas ruas de mulheres vendidas

O fado é
Mentir morrer esquecer
O fado é
Tremer da ansiedade na noite
Num sonho imenso de angústia e saudade

O fado canta a vida




NOTA:
Escrevi esta poesia usando as palavras de algumas canções de fado famosissímas. Naturalmente, dentro das muitas dezenas de fados, escolhi aqueles cantados por Amália e utilizei somente nove mesclando as palavras: Fado do Marinheiro, Fado do Ciúme, Ai Mouraria, Povo que lavas no rio, Alfama, Carmencita, Que Deus me perdoe, Barco Negro, Mãe Preta.
Tentei procurar rimas e assonâncias e usar as palavras fora do contexto das canções, criando algo de original.

Cardeal Ravasi reza a missa da Imaculada em Santo António dos Portugueses


Giovedì 8 Dicembre 2010, ore 17

Immacolata Concezione, Patrona del Portogallo

Messa Solenne


Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi

Presieduta da:

Sua Emª. Rev.ma. il Cardinale

Gianfranco Ravasi
Presidente del Pontificio Consiglio della Cultura


Seguita da un Convivio

7 de Dezembro: concerto pelo 3º aniversário do órgão de Santo António dos Portugueses



Mercoledì 7 Dicembre 2011, Ore 21:00

L’organo di Sant’Antonio dei Portoghesi in Roma

Rettore: Mons. Agostinho Borges
Organista titolare: Giampaolo Di Rosa


Concerto di organo nel terzo anniversario dell’inaugurazione
Organista: Roger Sayer (Cattedrale di Rochester, Gran Bretagna)





PROGRAMMA:



G. Edmundson (1892-1971), Toccata prelude super Von himmel hoch


J.S. Bach (1685-1750), Preludio e fuga in DO BWV 547


M. Dupré (1886-1971), Le monde dans l'attente du Sauveur


J. Langlais (1907-1991), Nativité


M. Dupré (1886-1971), Variation sur un Noël


J. S. Bach (1685-1750), Corale „Nun komm der heiden heiland BWV 659“


H. Mulet (1887-1967), Carillon Sortie




Roger Sayer is Organist of Rochester Cathedral. He began his musical career as a chorister in Portsmouth. He went on to study at the Royal College of Music under the late Nicholas Danby, winning all the major organ prizes. Between 1980 and 1984 he was organ student at St. Paul's Cathedral, London and in 1981 was appointed organist of Woodford Parish Church, where he built up a fine musical tradition.
Since graduating he has been constantly in demand as an organist and conductor. He makes regular visits to Scandinavia as well as giving numerous concerts in most parts of Europe and the USA, including performances in St Paul's Cathedral, London in the Celebrity Series and Riverside Church in New York. In 1989 he won third prize in the St Albans International Organ Competition and in the same year was appointed Assistant Organist at Rochester Cathedral. In 1994 Roger was promoted to the position of Organist and Director of Music at Rochester Cathedral; his responsibilities included directing the traditional boys' choir on a daily basis as well as directing the Girls' Choir & Senior Girls' Choir which he established in 1995 and 2004 respectively. In September 2008 he relinquished the post to concentrate on his freelance activities but remains as Cathedral Organist. Roger is the Musical Director of the Rochester Choral Society.
Roger has made numerous highly acclaimed recordings both as an organist and conductor. He frequently directs choral workshops and has initiated and directed several projects including Britten's Noah's Fludde and a Children's music education week. During the past few years he has played many of the monthly concerts of the Great Organ Works series which he founded at Rochester including the complete organ works of J.S. Bach in 2005.
His concerts in many parts of the world have included the organ symphonies of Vierne and all the Organ Works of Duruflé. In the last two years, his performances have taken him to Iceland, Italy, France, Germany, Holland, Poland, Russia, Slovakia and U.S.A. He accompanies many choirs including the world famous Tenebrae. He is the accompanist to the London Symphony Chorus which involves working closely with famous conductors such as Sir Colin Davis, Valery Gergiev and Sir Mark Elder. The Midas Touch Organ Duo, which he co-founded with Charles Andrews, has performed concerts in Ireland, the U.K. (including the Bridgewater Hall, Manchester) and the U.S.A. Their repertoire has a unique flavour, including transcriptions of the James Bond theme tunes. Soon they will premiere a new organ sonata commissioned from David Briggs.
Roger has recently worked with the composer Patrick Hawes, and is featured on his award-winning CD, Song of Songs. This includes a toccata specially written for him.
Aside from Roger's playing engagements, he also adjudicates, examines for the ABRSM and runs choral workshops.

Teresa Leonor M. Vale: hoje no Instituto Italiano de Cultura



No âmbito do 1º Ciclo de Conferências



Relações Luso-italianas nos séculos XV-XVIII:



balanço e novas linhas de investigação no âmbito da celebração dos



150 anos da União de Itália




o Instituto Italiano de Cultura de Lisboa



tem o prazer de convidar V. Exa. para a conferência




“Escultura Barroca Italiana em Portugal.
Obras, artistas, encomendadores”



pela Professora Doutora Teresa Leonor Vale






Investigadora integrada do Instituto de História da Arte
da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa




Segunda-feira, 5 de Dezembro de 2011 às 19h00
no Instituto Italiano de Cultura, Rua do Salitre, 146 – 1250-204 Lisboa



Porto de Honra




R.S.F.F. - tel. 213884172 - Lotação limitada. Reserva obrigatória

venerdì 2 dicembre 2011

9 de Dezembro - Antero de Quental apresentado na "Più Libri Più Liberi"




Venerdì 9 dicembre 2011 ore 11.00



Più Libri Più Liberi, EUR Palazzo dei Congressi Roma



Caffè letterario



Felici Editore è lieta di presentare



Amore, lotte, pessimismo, morte:


i 150 anni dei sonetos di Antero de Quental


Intervengono



Giorgio De Marchis, Università Roma 3
Fabrizio Franceschini, Università di Pisa



A 150 anni dall’uscita, a Coimbra, dei primi Sonetos de Antero e a 120 anni dalla morte del poeta portoghese, esce questa piccola raccolta di poesia che è una pennellata di vita, amore, passione e morte.

Docenti e studenti universitari possono accreditarsi alla fiera ed entrare gratuitamente.

Barbara Baroni
Felici Editore
Ufficio Stampa, promozione, distribuzione
mail: stampa@felicieditore.it

Tel. 050878159
Fax 0508755897
Cell. 3487329809

Indirizzo: Via Carducci, 60
56017 Loc. La Fontina
San Giuliano Terme (Pisa)

http://www.felicieditore.it/



1° de Dezembro com bolos e vinho do Porto







Por iniciativa das alunas Cristina Gemmino e Maria Serena Felici, da "Laurea Specialistica" em Lingue e Culture Straniere da Universidade Roma Tre, no fim da aula de ontem houve bolinhos feitos em casa - a Maria Serena fez um pastel de nata gigante (com as armas portuguesas!) e a Cristina um bolo de limão para festejar o 1° de Dezembro.

Uma "Restauração da Independência" celebrada de modo particularmente doce e amigo, como demonstram as fotografias, onde se vê também o Marcin Myjak.