lunedì 2 febbraio 2015

2/4: Ivana Bartolini, “Lemos para sabermos que não estamos sós”


A propósito de uma deixa teatral do texto de Maria Velho da Costa Madame, que na sua estreia no palco estava na boca da atriz brasileira Eva Wilma - no papel de Capitu (a do Dom Casmurro, de Machado de Assis) que contracenava com Eunice Muñoz / Maria Eduarda d’Os Maias - lançámos o repto à nossa turma de nível avançado. Que see screvesse sobre o conceito “Lemos para sabermos que não estamos sós”.

Responderam quatro vozes femininas: as nossas alunas Ferena Carotenuto, Ivana Bartolini, Mariarita Vecchio e Radiana Nigro, com os belíssimos textos que publicamos em seguida e a quem muito agradecemos pelo interesse e pela qualidade dos seus trabalhos.


Não sabia que a frase “Lemos para sabermos que não estamos sós” faz parte dos diálogos dum filme de que gosto imenso.
O seu título é: “Shadowlands” de Richard Attenborough de 1993. Um filme, para mim, magnífico.
Naquela altura uma outra frase, sempre no mesmo filme, atraiu a minha atenção: “A dor de amanhã faz parte da felicidade de hoje e a dor de hoje faz parte da felicidade de ontem.
Lembrá-la acompanhou-me nos anos a seguir.
Hoje descubro uma outra frase. E’ uma afirmação que compartilho completamente. Ler um livro é como ter um amigo perto de nós. Gosto de livros.
Leio bastante e tenho na minha casa um cantinho cheio de livros. São novos e usados. Os livros usados têm um cheiro particular, um cheiro que é proprio destes livros.
Gosto do livro usado porque respiro e imagino nas folhas a presença de outras pessoas que o leram antes de mim. Aquelas pessoas tiveram  vidas diferentes da minha mas o escolheram-no e gostaram dele como agora eu faço.
Com todas estas sensações a minha leitura parece melhor.
Gosto oferecer livros e recebê-los. Digo que um livro é para sempre. Sim, porque também um amigo é para sempre, e o livro é um bom amigo. Não tenho a dizer mais coisas sobre  “aquela frase”, mas uma coisa é certa. A diferença que está no ler um livro na internet e ler um livro de papel é:
um livro de papel posso senti-lo vivo nas minhas mãos. Ponho-o sobre o meu peito quando me adormeço e reencontro-o sempre ali quando acordo.   E’ uma sensação lindissima de amizade e eu já não estou sozinha.

IVANA BARTOLINI

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