venerdì 18 dicembre 2015

BOM NATAL da via dei Portoghesi: "No teu Poema"

Via dei Portoghesi saluta i suoi lettori e amici e augura a tutti un Natale molto felice e un grande, stupendo anno di 2016!

E per farlo nel modo poetico che conviene in queste occasioni, condivide con tutti voi le parole e la musica di José Luís Tinoco (n. 1932) nella voce di tre grandi artisti portoghesi: Simone de Oliveira, Carlos do Carmo e Dulce Pontes.

Buona lettura e buon ascolto!

E ogni bene nelle vostre vite!

 
No teu poema
existe um verso em branco e sem medida,
um corpo que respira, um céu aberto,
janela debruçada para a vida.

No teu poema
existe a dor calada lá no fundo,
o passo da coragem em casa escura
e, aberta, uma varanda para o mundo.

Existe a noite,
o riso e a voz refeita à luz do dia,
a festa da Senhora da Agonia
e o cansaço
do corpo que adormece em cama fria.

Existe um rio,
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai
ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.

No teu poema
existe o grito e o eco da metralha,
a dor que sei de cor mas não recito
e os sonos inquietos de quem falha.

No teu poema
existe um canto chão alentejano,
a rua e o pregão de uma varina
e um barco assoprado a todo o pano.

Existe um rio
o canto em vozes juntas, vozes certas,
canção de uma só letra
e um só destino a embarcar
no cais da nova nau das descobertas.

Existe um rio
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai
ou que resiste,
ue vence ou adormece antes da morte.

No teu poema
existe a esperança acesa atrás do muro,
existe tudo o mais que ainda escapa
e um verso em branco à espera de futuro.

José Luís Tinoco (n. 1932)

 


Oratorio di Tolentino Mendonça: grande successo all'Olimpico di Roma.

È stato ieri sera: il teatro Olimpico di Roma sembrava piccolo per ospitare tutti quanti!
Il bellissimo oratorio CREDO, con parole del poeta portoghese José Tolentino Mendonça e musica di Rossini, Britten, canti religiosi baifal e canti sufi interpretati dall’Orchestra di Piazza Vittorio in occasione del Giubileo Straordinario 2015-2016.
Alcune immagine per ricordare.
 
 
 applausi per Tolentino e per l’Orchestra di Piazza Vittorio, alla fine spettacolo
 

alcuni amici insieme al poeta José Tolentino Mendonça

CELESTINO RAIOLA: os tempos livres


Convidámos os nossos alunos de Português de primeiro nível a escrever sobre os seus tempos livres. O sétimo a responder foi o Celestino Raiola, a quem muito agradecemos e saudamos!
Boa leitura!




Eu sou Celestino e sou aposentado, mas trabalho ainda e, portanto, não tenho muito tempo livre; eu acho que o tempo livre é pincipalmente descansar.
Naturalmente utilizo o meu tempo livre como as outras pessoas, que veem televisão, jogam às cartas, vão passear, cozinham, jardinam, vão ao cinema, aos concertos. Ah… já me esquecia: neste período, no tempo livre, eu estudo português.
Apesar da minha constituição sou (...era) muito desportista: gosto de jogar ténis, voleibol e nadar, porém, hoje não posso fazer mais do que ver na televisão, ou, quando possível, ao vivo, os meus desportos favoritos.
Mas quando é que eu tenho verdadeiramente tempo livre? Durante as férias!
Eu gosto mais da “semana azul”, que da “semana branca”. Por isso eu fico muito contente no verão, porque posso ir à praia. Em agosto vou sempre à praia onde eu posso nadar, apanhar sol e sobretudo descansar...
Durante este período de Natal desenvolvo a minha paixão pelo presépio.

Todos os anos, desde que eu era pequeno, desde o dia 8 de dezembro, no meu tempo livre, começo a construção do meu presépio. Até ao Natal ajusto, melhoro, aperfeiçoo e completo meu trabalho de engenharia com luzes, montanhas, a cabana, os pastores.

Eu moro em Roma, onde há muitas igrejas com maravilhosos presépios e durante as férias de Natal eu vou às igrejas admirar e absorver novas ideias. O meu sonho é o de realizar um presépio com estatuetas napolitanas de 1700....

Mas, sobretudo… feliz Natal para todos!

CELESTINO RAIOLA

“Le opere di Cargaleiro, patrimonio della città di Ravello”

 
 
 
“Questa è una delle giornate più importanti della mia lunga vita. Grazie, Ravello”.
Classe 1927, originario della Provincia di Castelo Branco, in Portogallo, Manuel Cargaleiro è uno dei maestri della ceramica più noti a livello internazionale.
Emozionato e raggiante, ha inaugurato stamani a Palazzo Tolla a Ravello, la sede legale della Fondazione Museo Manuel Cargaleiro.
La sua “residenza culturale”, come ha sottolineato nel corso della cerimonia il presidente del Centro Universitario Europeo per i Beni Culturali, Alfonso Andria, che ha ricordato la carriera di Cargaleiro, dagli inizi al trasferimento in Francia, fino all’anno che diede il via alla sua frequentazione dell’Italia, il 1999, quando vince il Premio Internazionale “Viaggio attraverso la Ceramica” a Vietri sul Mare.
Unica Fondazione in Italia a celebrare un artista portoghese, quella intitolata al maestro nato nella cittadina di Vila Velha de Ròdão è ospitata nei locali del Comune di Ravello.
“Un’operazione culturale per la quale il Portogallo è enormemente riconoscente ai ravellesi, all’amministrazione comunale e specialmente al sindaco Paolo Vuilleumier – ha dichiarato l’ambasciatore del Portogallo presso la Santa Sede, Antonio De Almeida Riberio, presente alla cerimonia – Una iniziativa che rinsalda i rapporti di amicizia e di vicinanza tra i nostri due Paesi”.
L’incontro è stato intervallato dalla lettura di poesie di Giuseppe Mascolo, scritte proprio in omaggio all’artista portoghese.
“E’ un onore per noi potere custodire e rendere fruibili per cittadini e turisti le opere di Manuel, frutto della sua generosità – ha evidenziato il sindaco Vuilleumier – Il lavoro di Cargaleiro è l’ulteriore riprova del fascino che Ravello esercita su artisti ed intellettuali e della magia che questa terra evoca. Un ringraziamento anche a due grandi ceramisti Lucio e Pasquale Liguori, che hanno voluto donare due proprie creazioni alla Fondazione Cargaleiro con sede a Ravello e che inaugureranno uno spazio interamente dedicato agli artisti dell’arte ceramica della Campania”.
 


 

martedì 15 dicembre 2015

Boas notícias do Mauro para os seus colegas de curso!

Agradecemos muito ao Mauro Clementi as preciosas informações!


Caros colegas,

tenho uma comunicação que talvez vos possa interessar: para minha comodidade eu traduzi todos os file áudio do cd do nosso manual em formato mp3.

Fi-lo porque desta maneira eu posso ouvir o áudio no meu smartphone. Depois eu pensei também pôr o meu trabalho à disposição dos meus colegas e assim eu publiquei-os no meu espaço no Google Drive.

O ficheiro é bastante grande (mais ou menos 80 Mb) e para baixá-lo é preciso ligar-se a este endereço:

https://drive.google.com/file/d/0B4fFcDN0S6PgNzdRTVZjRGI0LTA/view?usp=sharing

(pode-se ouvir cada ficheiro ou baixar todos os 83 ficheiros dentro de um único ficheiro em formato zip)

Também vou indicar duas paginas que acho úteis para estudantes de língua portuguesa: a primeira permite conjugar verbos a partir da forma infinitiva; a segunda tem muitos livros gratuitos em português para baixar:

http://www.conjuga-me.net/

http://portugues.free-ebooks.net/


Mauro Clementi


LORENZO SILEONI: os tempos livres


Convidámos os nossos alunos de Português de primeiro nível a escrever sobre os seus tempos livres. O sexto a responder foi o Lorenzo Sileoni, a quem muito agradecemos e saudamos!

Boa leitura!

 

 


No meu tempo livre, que é geralmente ao fim de semana e no verão, eu gosto muito de fazer coisas que não posso fazer nos outros dias do ano. Gosto muito de fazer desporto nos dias da semana à tarde, mas acho que é diferente de uma atividade no tempo livre, porque eu faço desporto para ficar em forma.  Por outro lado, no verão eu gosto de sair com o barco à vela pelo mar, para ouvir o som das ondas do mar longe da praia cheia de gente. Gosto de ir com meus amigos, e também sozinho, e quando há ondas altas é um desafio emocionante.

No inverno gosto muito de fazer esqui e de ir à montanha com minha família, porque gosto esquiar como desporto, mas também estar na neve e ver a paisagem de montanha. Os meus amigos não sabem esquiar e eu posso ir só com minha família, mas acho que um dia eu vou organizar uma excursão para lhes-ensinar.

No tempo livre em Roma, gosto muito de estar com os amigos, ir jantar fora, ir ao cinema, e ir tomar um copo de vinho no bar. Ao fim de semana se não tenho de estudar muito e se há coisas interessantes, eu vou com minha família aos museus no centro da cidade.  Mas na primavera gosto de sair com os amigos para almoçar fora porque em Roma é facílimo encontrar um parque para estar fora e jogar à bola e almoçar no chão entre árvores. Às vezes, quando tenho os exames em julho, eu vou para a praia com eles em Ladispoli, onde uma minha amiga tem a casa perto do mar.

LORENZO SILEONI

Tanti, tanti auguri JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA! Muitos parabéns!

Oggi il poeta e teologo portoghese
JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA
compie 50 anni!
 
 
Via dei Portoghesi gli augura ogni bene e una vita lunga e felice!
 
 
It's time to be clear    
Os que falam de mim dizem que sou pobre
Existo à maneira de uma árvore
Tenho diante e atrás de mim a noite eterna
Vacilo, duvido, resvalo
E sei: a maior parte das vezes o amor nasce do erro
transcreve-se a azul ou a negro
sobre passagens, casas inacabadas, alturas remotas


Observá-lo apenas serve
para tornar contundente a sua forma nunca exactamente igual
a sua incrível velocidade destacada no meio do nada
enquanto a noite se desmorona
sempre mais bela


José Tolentino Mendonça
In Estação Central
 
 
 
 
Tolentino Mendonça sarà a Roma questo giovedì per la prima mondiale del suo oratorio CREDO, eseguito dall'Orchestra di Piazza Vittorio al Teatro Olimpico:
 
 


lunedì 14 dicembre 2015

La poesia di Tolentino Mendonça nelle note dell’Orchestra di Piazza Vittorio

https://www.roma.embaixadaportugal.mne.pt/it/l-ambasciata/notizie/779-la-poesia-di-tolentino-mendonca-nelle-note-dell-orchestra-di-piazza-vittorio

Giovedì 17 dicembre ore 21  TEATRO OLIMPICO, Roma
"CREDO"
Oratorio Interreligioso dell’Orchestra di Piazza Vittorio su libretto di
José Tolentino Mendonça
Musica di Rossini, Britten, canti religiosi baifal e canti sufi
In occasione del Giubileo Straordinario 2015-2016
 


Il progetto dell’Orchestra di Piazza Vittorio di un Oratorio interreligioso nasce in collaborazione con il teologo portoghese José Tolentino Mendonça e prende forma dall’idea di dare un significato musicale all’espressione “dialogo interreligioso”. Il dialogo si riferisce all’interazione positiva e cooperativa fra persone appartenenti a differenti tradizioni religiose e si focalizza sulla comprensione tra religioni diverse e sulla tolleranza che ne deriva, pur rimanendo sulle rispettive posizioni. L’Orchestra stessa, formata, com’è, da elementi provenienti da ogni parte del mondo, è una chiara e riuscita testimonianza di questo dialogo.

Oratorio interreligioso in occasione del Giubileo Straordinario
testi scritti e scelti da José Tolentino Mendonça
musica di Rossini, Britten, Orchestra di Piazza Vittorio, canti sufi, canti religiosi baifal
elaborazione musicale di Mario Tronco, Leandro Piccioni, Pino Pecorelli
Prima esecuzione italiana in collaborazione con in collaborazione con Teatro Olimpico, Ambasciata del Portogallo in Italia e Istituto Camões.
Coproduzione Accademia Filarmonica Romana, Festival Todos (Lisbona), Vagabundos
(Prima esecuzione assoluta: Lisbona, Chiesa di San Domenico, 10 settembre 2015)
Houcine Ataa voce • Viviana Cangiano voce • Kyung Mi Lee violoncello
Kaw Sissoko voce, kora • Pino Pecorelli basso elettrico ed electronics
Leandro Piccioni organo e tastiere • Ziad Trabelsi voce e oud
Mario Tronco direzione artistica e musicale

http://teatroolimpico.it/programmazione/stagione-2015-2016/credo-orchestra-di-piazza-vittorio.html
 

O trabalho doméstico

Con preghiera di diffusione della nostra alunna Christine Vitali:
 
 

Em nome da minha mãe e de todas as mães que foram nossas "escravas", sem rendimento e sem a merecida gratidão...

Christine

"Roma lusitana" di Vasco d'Orey Bobone presentata a Lisbona


Grémio Literário de Lisboa - aguarela V. Bobone


  
Na passada sexta feira, 11 de dezembro, no Grémio Literário de Lisboa, a Fundação Lipari Garcia fez o lançamento português do livro «Dignità della Memoria: Reminiscenze Portoghesi a Roma» que acompanhou a exposição de aguarelas de Vasco d'Orey Bobone no passado mês de junho na galeria do Instituto Português de Santo António em Roma.
http://viadeiportoghesi.blogspot.it/2015/06/giovedi-11-la-memoria-storica-del.html
Intervieram o Dr. Luís Vilaça Ferreira, presidente Fundação Lipari Garcia, que se congratulou com IPSAR pela iniciativa romana. Também falou Dr. Augusto Ataíde, Presidente da Ordem de Malta, e Vasco d’Orey Bobone.
Entre os presentes contava-se o Embaixador de Itália em Portugal.
 
Agradecemos a assinalação a Paula Bobone.
 
 
 

 
 

Tre film portoghesi al DocSS di Sassari e Alghero

https://www.roma.embaixadaportugal.mne.pt/it/l-ambasciata/notizie/781-tre-film-portoghesi-al-docss-di-sassari-14-19-dicembre


Lunedì 14 dicembre si aprirà la prima edizione del DocSS di Sassari, con una sezione dedicata all'Indielisboa International Film Festival e che presenterà i film: Um fim do mundo, di Pedro Pinho, As cidades e as trocas, di Luisa Homem e Pedro Pinho e Gypsophila, di Margarida Leitão.
“Gipsofila” presentato al Torino Film Festival 2015, ha appena vinto il premio del pubblico per la categoria documentari, con la seguente motivazione: “un ritratto toccante e affettuoso della nonna dell’autrice e del suo rapporto con la nipote, che illustra, con un umorismo superbamente sfaccettato, storie di contrasti, avventure, legami e incomprensioni tra donne di tre generazioni diverse e trasferisce, con candida sincerità e attraverso un approccio documentaristico minimalista da cinéma verité da parte della regista Margarida Leitão, i momenti emotivamente intensi di felicità e di tristezza nella vita delle donne».
Mercoledì 16 dicembre – Alghero: Sala conferenze “Lo quarter”
h. 18.00  Um fim do mundo, di Pedro Pinho, 2013, 62' Portogallo
h. 19.30  Gypsophila, di Margarida Leitão, 2015, 61' Portogallo
Giovedì 17 dicembre – Sassari: "Getaway!" Corso Trinità 161/163
h. 16.00  As cidades e as trocas, di Luisa Homem e Pedro Pinho, 2014, 139' Portogallo

 
http://www.sardegnareporter.it/sassari-e-alghero-docss-festival-internazionale-di-cinema-urbano/

venerdì 11 dicembre 2015

MICHELE SCHISANO: os tempos livres


Convidámos os nossos alunos de Português de primeiro nível a escrever sobre os seus tempos livres. O quinto a responder foi o Michele Schisano, a quem muito agradecemos e saudamos!

Boa leitura!

 


Antes de mais, quero dizer que é muito difícil escrever em português ao computador. Felizmente existe o corretor automático.

Depois desta brevíssima introdução, vou contar-vos o que é que eu faço no meu tempo livre.

Eu sou estudante de engenharia. Algumas disciplinas que estudo são difíceis, e necessitam de um estudo em profundidade. Acho que sou um bom estudante, mas sem dúvida não estudo todo o dia, nem todos os dias. Quando chega o tempo em que devo estudar, posso fazê-lo por muitas horas, mas se não é necessário, adio.

Depois tenho muito tempo livre.

Às vezes, quando o dia é cheio, no tempo livre gosto de descansar, de ouvir música, de ler um livro (que frequentemente é a mesma coisa que dormir). Quando, pelo contrário, o dia é chato, gosto de fazer atividades com outras pessoas, de praticar um desporto. O meu desporto favorito é o futebol, mas também gosto de jogar ténis e paddle.

Eu não sou uma pessoa solitária, mas acho que às vezes pode ser necessário estar só. Acho que nos permite refletir e libertar a mente, particularmente quando estou nervoso. As situações que necessitam de um momento de solidão são aquelas em que tenho de decidir uma coisa importante e não gosto de ser condicionado pela opinião das outras pessoas.

Em conclusão, gosto muito de fazer coisas e atividades diferentes no meu tempo livre, mas sobretudo gosto de ter muito tempo livre, e gostaria de ter mais!!

MICHELE SCHISANO

giovedì 10 dicembre 2015

NICOLA BARONE: os tempos livres


Convidámos os nossos alunos de Português de primeiro nível a escrever sobre os seus tempos livres. O quarto a responder foi o Nicola Barone, a quem muito agradecemos e saudamos!

Boa leitura!

 

 

O que é o tempo livre? O que fazer no tempo livre?

Para alguns o tempo livre é uma oportunidade de dedicar-se a todas as coisas que o trabalho não permite, para outros é um espaço vácuo para preencher.

Para mim pode ser uma e outra coisa, dependendo da minha disposição e do cansaço do momento.

Por exemplo ao sábado de manhã ou ao domingo não tenho pena de me levantar tarde e de permanecer na cama a ler até meio dia ou mais. Isto sobretudo quando estou cansado do trabalho da semana ou o tempo fora não está muito agradável. 

Em caso contrário saio de casa para ir a praticar desportos como o ténis ou o jogging. Ou então gosto de fazer compras, visitar museus ou ir à praia com amigos ou com a minha filha.

Na semana o meu tempo livre é mais limitado por causa das minhas obrigações de trabalho, mas consigo de qualquer maneira, sobretudo à tarde ou à noite, destinar um pouco de tempo às minhas atividades preferidas.

Cinema, música, teatro.  De maneira particular este último, que pratico também como ator não profissional num pequeno grupo de apaixonados, que se encontram todas as quintas feiras no teatro Vittoria em Roma. Agora estamos a preparar um espetáculo para o mês de julho constituído por atos únicos de A. Cechov. Eu acho que esta maneira de se exprimir é muito útil, depois de um dia de trabalho, para esvaziar a mente e dar espaço às emoções. 

Quando tenho mais dias livres ou estou em férias, a minha ocupação preferida é viajar, atividade que tento de praticar fora dos períodos e dos destinos tradicionais para evitar a multidão e a confusão dos meses mais críticos. Do que gosto muito é de viajar lentamente, de carro ou de bicicleta, por estradas secundárias, descobrindo pequenas aldeias ou comidas e tradições locais. Uma vez por cada ano, geralmente em abril ou maio, se tenho possibilidade, faço uma viagem mais longe, fora da Europa, para conhecer novas cidades e diferentes maneiras de viver.

De qualquer das formas, o que acho é que nunca temos de nos esforçar para preencher o tempo livre com ocupações de que não gostamos na verdade. Isto é um grande presente e uma grande ocasião para descobrir os nossos verdadeiros desejos e as nossas aspirações por vezes ignoradas.

 

Nicola A. Barone

FABRIZIO MELONI: os tempos livres


Convidámos os nossos alunos de Português de primeiro nível a escrever sobre os seus tempos livres. O quarto a responder foi o Fabrizio Meloni, a quem muito agradecemos e saudamos!

Boa leitura!

 


Nos tempos   livres, aos sábados e aos domingos, gosto de  sair  com a minha  família, ir para a  casa de  praia.

Chego ali e encontro os meus amigos, conversamos e jogamos à bola, às  cartas, e depois preparamos o jantar - e jantamos todos juntos.

Aos  domingos  levanto-me  às  08.30 e faço uma  caminhada  na  praia, e depois  vou à missa na nossa freguesia.

À tardes gosto de ver o jogo da bola na televisão, à noite vamos  jantar fora, comer uma pizza e bebere uma cerveja.

E então o tempo livre acabou!

 

Fabrizio Meloni

mercoledì 9 dicembre 2015

CHRISTINE VITALI: os tempos livres


Convidámos os nossos alunos de Português de primeiro nível a escrever sobre os seus tempos livres. A segunda a responder foi a Christine Vitali, a quem muito agradecemos e saudamos!

Boa leitura!

 


Eu sou uma mulher muito rica. Sou rica de tempo. É um luxo enorme neste século. Eu divorciei-me; os meus filhos vivem fora da Roma; o meu namorado não mora em Itália; eu vivo sozinha. Portanto, tenho muito tempo dedicado exclusivamente a mim.

Eu tenho interesse nas coisas da vida e na frequência dos/das amigos/amigas e família. Não prefiro um estilo particular de cinema, nem de literatura, nem de música, nem de arte, nem de desporto, nem de jornais, nem de revistas, nem de destino de viagens, nem de comida. Como, vejo, ouço e leio tudo. Eu sou uma omnívora cultural.

Porém, para este exercício de português, agora vou contar que é que eu faço nos meus tempos livres.

Nos meus tempos livres, principalmente estudo o vinho. Tenho um grande fascínio por isso (mas não estou apaixonada, porque a gente apaixonada por vinho fala só de vinho, viaja só pelas zonas de vinho, gasta dinheiro só para comprar caras garrafas de... vinho, etc.).

E​u prefiro e​stud​ar a viagem entre a uva nos vinhedos e o liquido na garrafa. O que é que acontece para que nos ofereça um vinho de que gostamos? Qual é a parte da natureza e qual é a parte dos homens na transformação da uva no vinho? Posso estudar este tema sem descanso. ​E bebo muitos vinhos diferentes. ​

Muitos países produzem vinho de qualidade; cado ano, a vindima gera um produto diferente; e mais e mais países no mundo fabricam vinho, ainda que o vinho não faça parte das tradições locais. O tema é infinito. Estudo também a cerveja ​e​ os destilados porque gosto muito de beber ambos. Tenho muitos livros que falam sobre o vinho, a sua história e a sua influência sobre a humanidade e sobre a religião. Leio estes livros muitas vezes sem tédio.

Para além disto, escrevo apresentações que tratam de vinho em inglês, francês e italiano para explicar a vida do vinho às pessoas que são curiosas sobre o assunto. De modo geral, a gente que trabalha no vinho é honesta e humilde e isso reflete-se no vinho deles.​ ​​É uma coisa psicologicamente muito interessante!​

Adoro os meus tempos livres!

 

CHRISTINE​ VITALI

Giovedî 10: PAOLO BIGELLI nella galleria IPSAR



Giovedì, 10 dicembre, alle ore 18:00 s’inaugura una nuova mostra di Paolo Bigelli presso l’Istituto Portoghese di Sant’Antonio in Roma. “Passaggi – Passagens” riunisce gli ultimi lavori dell’artista, in cui, secondo le sue stesse parole ha “intenzionalmente osservato quei “non-luoghi” rappresentati dalle soglie, dalle finestre, da quelle zone di passaggio che si aprono verso altro. Ho così immaginato linee tra un bosco ed un prato, tra una radura e l’acqua, tra la luce e l’ombra, tra il silenzio ed il suono, tra l’interno e l’esterno di una casa. Gli abitanti di questi “non luoghi” sono in attesa di un cambiamento di stato colti nella fragilità che la mutazione porta con sé.”La mostra rimarrà aperta fino al 20 dicembre 2015, da lunedì a domenica, tra le 15:30 e le 19:30 e sabato e domenica anche la mattina, dalle 10:00 alle 13:00. Ingresso libero.

 
Passaggi /Passagens


“La bellezza delle cose esiste nella mente di colui che le contempla.” Questo sosteneva David Hume nel saggio “Of the standard of taste”; nell’arte e nella sua esperienza c’è dunque il respiro di una libertà cerebrale, del momento in cui il razionale cede all’emotivo, a quel pizzico di follia che fa l’uomo così differente dal computer, che lo rende creativo e libero di cambiare d’improvviso la propria direzione espressiva , di  varcare confini o sostare…. sulla soglia di mondi diversi.


In questi miei ultimi lavori ho intenzionalmente osservato quei “non-luoghi” rappresentati dalle soglie, dalle finestre, da quelle zone di passaggio che si aprono verso altro. Ho così immaginato linee tra un bosco ed un prato, tra una radura e l’acqua, tra la luce e l’ombra, tra il silenzio ed il suono, tra l’interno e l’esterno di una casa. Gli abitanti di questi “non luoghi” sono in attesa di un cambiamento di stato colti nella fragilità che la mutazione porta con sé. In termini di tecnica, l’indefinita atmosfera di un luogo “di passaggio” mi ha spinto, per reazione, ad una maggiore definizione della “forma di un soggetto” mediante i dettami di un chiaro-scuro più incisivo che ne esaltasse il contrasto, e mediante l’uso delle linee di contorno più o meno sottili che fanno risaltare la “forma” da esse racchiusa. Questi, che potrebbero apparire espedienti tecnici, sono in realtà la traduzione della fluidità dell’esperienza dell’arte dove spesso la tecnica e prodotto si identificano.


Oltre a soddisfare questo bisogno di “definizione”, il contrasto di luci ed ombre e le linee di contorno tendono a far si che la rappresentazione di un soggetto ambisca ad un’atmosfera non realistica, evocante il contenuto, così come accade nelle correnti artistiche successive all’impressionismo e come accade anche nell’illustrazione, spesso erroneamente associata ad una mera sintesi narrativa. Incontreremo così personaggi, miti, simboli e concetti, abitanti sospesi sulla soglia delle iniziazioni che la vita porta con sé.


Paolo Bigelli      


www.paolobigelli.com

Stefano Valente: «Breve storia della fantascienza e del fantastico in Portogallo»

http://www.letturefantastiche.com/breve_storia_della_fantascienza_e_del_fantastico_in_portogallo_parte_3.html

Stefano Valente, «soma e segue» come si dice in Portogallo!
Tanti, tantissimi complimenti!

«Breve storia della fantascienza e del fantastico in Portogallo»

Dopo...
  • Gli esordi
  • il cuore "antico" della fantascienza portoghese

  • III. L'ombra dell'Estado Novo sulla neonata SF portoghese

    Il padre (misconosciuto) della fantascienza portoghese: Romeu de Melo

     


    Alcune edizioni delle opere a firma di Romeu de Melo
     
    Come visto nel precedente capitolo, tra gli anni Ottanta e Novanta la «Colecção Azul» dell'Editorial Caminho dà vita a un'operazione basilare nella storia del fantastico in terra portoghese: nei suoi titoli la collana recupera - e quindi fa conoscere ai lettori lusitani - tutta una produzione narrativa che altrimenti non sarebbe venuta mai alla luce. Sono così pubblicati romanzi e racconti assimilabili a temi fantastici e misteriosi, spaziando da autori il cui genere non è certo il Mystery o il Weird (si pensi ai citati Um Jantar Muito Original di Fernando Pessoa, o a A Estranha Morte do Professor Antena dell'altro modernista Mário de Sá-Carneiro) per arrivare a opere di chiara connotazione fantascientifica (per esempio i menzionati Casi di diritto galattico di Mário-Henrique Leiria).
    Fondamentale (ri-)scoperta della «Colecção azul» è senza dubbio Romeu de Melo (1933-1991). Lo scrittore, storico e saggista contemporaneo Álvaro de Sousa Holstein lo definisce «o pai da ficção científica portuguesa» (nota 1).
    Economista e autore di saggi filosofici, nelle sue opere di narrativa Romeu de Melo "sconfinò" in soggetti di indiscutibile marca fantascientifica. Fino a divenire, negli anni '73-'74, argomento di studio alla cattedra di Letteratura Portoghese dell'Università dell'Arizona a Tucson, corso tenuto da Timothy Brown e Leo Barrow (nota 2).
    Lettore di Clifford D. Simak, Ray Bradbury, Isaac Asimov, con i suoi romanzi AK - A Tese e o Axioma (1959) (nota 3), A Buzina (1972) (nota 4)e l'antologia di racconti Não Lhes Faremos a Vontade (1970) (nota 5), de Melo si muove agevolmente dai viaggi interstellari all'esplorazione aliena del nostro pianeta, da visioni distopiche alla Orwell fino al dominio dei robot. Ma la sua scrittura è anche fortemente critica e affronta la complessità delle relazioni sociali e delle strutture di potere.
    Un racconto di de Melo, Os Anões Cegos ('I nani ciechi'), ben evidenzia queste linee conduttrici della sua opera: la storia si impernia sull'esistenza di una specie superiore che tutela e protegge - ma sarebbe meglio dire sfrutta - una seconda specie, inferiore e subalterna, perché questa la diverta con l'astrusità delle sue conversazioni. In conclusione, la vicenda narrata ne I nani ciechi è un'allegoria dell'umanità, delle sue dinamiche e dei suoi discutibili equilibri, della contrapposizione fra classe politica e intellettuali. I fondamenti su cui si basa il predominio della specie dominante sono fragili, ingiustificabili.

     


    Il volto paternalistico del regime: Salazar accanto a una bambina - 1938.
     
    Romeu de Melo, con l'adozione dei temi classici della SF di lingua inglese, "traghetta" in definitiva l'ancora incerta ficção científica verso la svolta degli anni '60. In questo senso non è forse un caso che, nello stesso anno della pubblicazione di AK - A Tese e o Axioma, il 1959, l'editrice Atlântida di Coimbra dia alle stampe l'antologia O que é a Ficção Científica? (nota 6), curata dal poliedrico Victor Palla (1922-2006), pittore, architetto, fotografo e scrittore che fece parte del gruppo di artisti noti come gli Independentes (che esposero in una serie di mostre collettive, dal '43 al '50): il genere fantascientifico in Portogallo è ormai una realtà con cui fare i conti, su cui interrogarsi.
    Ma si è parlato di svolta degli anni '60: cosa era avvenuto in Portogallo nel frattempo?
    È necessario riprendere il filo cronologico degli eventi. E anche a ritroso la figura di Romeu de Melo e la sua biografia letteraria ci appaiono paradigmatici.
    Innanzitutto bisogna dire che, per la pubblicazione dei suoi testi, de Melo dovette incontrare non poche difficoltà: spesso fu costretto ad autoprodursi oppure ad affidarsi a piccoli editori, con tirature esigue e distribuzione inesistente (come per i racconti di Não Lhes Faremos a Vontade, dati alle stampe da una certa «Livraria Quadrante»).
    Insomma: la sorte delle opere fantascientifiche di Romeu de Melo (in verità e ingiustamente, tuttora misconosciute) è emblematica della condizione in cui versa la letteratura portoghese - tutta la letteratura - per lungo tempo. Una condizione strettamente connessa con la realtà politica.

    Dio, patria, umiltà: il Portogallo "chiuso" del fascismo di Salazar

    Al potere ininterrottamente dal 1926 al 1974, il cosiddetto «Estado Novo» (nota 7) - il regime militare che fino al '68 ebbe la guida dell'economista António de Oliveira Salazar - si era dedicato in maniera capillare a uniformare le coscienze lusitane. Ma sarebbe più corretto ad appiattire le coscienze di un Paese. Il Portogallo secondo Salazar è l'applicazione sistematica di una ricetta nazionalistico-cattolica che non può ammettere altre fantasie all'infuori di quelle umili e modeste di un popolo che ha poco o nulla, e che non deve intrattenere contatti con l'esterno; un popolo che, in conclusione, deve celebrare gli unici valori consentiti: quel Dio e quella patria che, l'uno accanto all'altra, in altri tempi dominarono il mondo.

     

    Le forze armate al fianco del popolo: la "Rivoluzione dei Garofani" del 25 aprile '74.

    In questo modo la dittatura militare terrà sotto controllo il Paese per quasi cinquant'anni, in primo luogo obbligando gli uomini adulti a una gravosissima leva quadriennale consistente in due anni di servizio militare nei confini portoghesi e in altri due anni nelle colonie dell'Ultramar - ciò che ancora rimaneva dell'antico impero.
    La durissima coscrizione imposta ai portoghesi, insieme con le guerre coloniali (nota 8), sarà tra i motivi principali che porteranno alla «Rivoluzione dei Garofani» dell'aprile '74. La Revolução dos Cravos vedrà infatti il popolo e le forze armate fianco a fianco nel rovesciare il regime militare.
    Nei confronti della letteratura si può affermare che il salazarismo perpetui - e rafforzi - quell'ostilità verso tutto ciò che è novità e rottura. Nella sostanza, la "fisiologica" prosecuzione dell'oppressiva influenza della Chiesa in Portogallo. Influenza che fu un fenomeno senza soluzione di continuità, dagli anni dell'Inquisizione (della messa all'Indice, ad esempio, del Cyrano de Bergerac, della prigionia di padre Bartolomeu de Gusmão, il citato inventore della Passarola, e prim'ancora della condanna del millenarismo di Padre António Vieira - nota 9) fino al Novecento. Il XIX secolo vide le traduzioni portoghesi delle opere dei grandi autori francesi e anglosassoni con le loro suggestioni; tuttavia la cultura e la tradizione lusitana subivano - o avevano ormai radicata in sé - una sorta di diffidenza nei riguardi del cambiamento, delle nuove tendenze. Fu forse proprio per questa ragione che il Portogallo non riuscirà mai a generare né veri e propri corrispettivi letterari né semplici epigoni dei vari Jules Verne e H.G. Wells.

    L'ombra dell'Estado Novo sulla neonata SF portoghese

    Si deve quindi fare un "salto a piè pari" fino agli ultimi anni Trenta perché il panorama narrativo lusitano produca un'opera che abbia i precisi requisiti della fantascienza.

     
     

    La copertina di A.D. 2230 di Amílcar de Mascarenhas: un esordio "di regime" per la SF portoghese.
     
    È il 1938: lo scrittore Amílcar de Mascarenhas dà alle stampe A.D. 2230. Si tratta di un romanzo perfettamente collocabile nelle Space Operas del periodo ma, prima ancora, di un'esaltazione del regime. Sulla SF portoghese, appena nata, incombe dunque l'ombra dell'Estado Novo - salito al potere da poco più d'un decennio - e delle visioni salazariste. La storia di A.D. 2230 delinea uno scenario futuro nel quale si contrappongono due grandi forze: da un lato l'Impero Portoghese, patriarcale e governato da un duumvirato, dall'altro gli Imperi Inglese e Americano, retti entrambi da sistemi matriarcali. Prevarrà, com'è ovvio, l'Impero lusitano; dalla sua, la potenza di un'arma favolosa ed invincibile: il raggio distruttore «7 a» (nota 10). Sotto l'egemonia portoghese sarà instaurata la pace mondiale (con tanto di matrimonio finale dei duumviri con le leader inglese e americana).
    Come si comprende facilmente, i contenuti dell'opera di Mascarenhas non vanno al di là della celebrazione politica: la ficção científica lusitana è insomma ancora ben lontana dalla dimensione e dal rilievo che il genere, nello stesso periodo, rivestirà in altre nazioni. Né si assiste in Portogallo alla nascita di riviste specializzate - sulla scia delle varie «Amazing Stories» o «Astounding», per citare gli esempi più famosi.
    Tutto ciò quando, nella vicina Spagna - anch'essa sotto il giogo di una dittatura ferocemente repressiva, e ancora segnata dalla cicatrice d'una sanguinosa guerra civile - prosperava una produzione pulp che ospitava, con generosità e frequenza, temi della fantascienza epica: le cosiddette «novelas de a duro», libri di circa un centinaio di pagine, edizioni economiche a grande diffusione. In questo contesto sorgeranno in seguito i due grandi cicli della SF in lingua castigliana: la Saga de los Aznar, con ben 56 titoli, del valenciano Pascual Enguídanos (considerato il decano degli scrittori spagnoli di fantascienza), e la Saga del Orden Estelar di Ángel Torres Quesada (alias A. Thorkent). E, di lì a poco, avrebbero visto la luce pubblicazioni come la fondamentale «Nueva Dimensión», fondata da Sebastián Martínez, Domingo Santos e Luis Vigil, pubblicata dal '68 all'83 e premiata all'Eurocon del 1972 come miglior rivista europea di SF.
    Per Mascarenhas e il suo A.D. 2230, comunque, vi fu anche una traduzione francese - edizione forse motivata più dall'interesse per la sua adesione al salazarismo che dalla statura letteraria del romanzo.
    Il periodo dell'Estado Novo rappresenta dunque una sorta di "zona grigia" per la fantascienza portoghese. Un genere che resta come addormentato nel panorama letterario lusitano. I pochi "risvegli" sono segnati dalle opere di Eric Prince, Luís de Mesquita e Alves Morgado.

    Primo contatto: alieni amici

    In Vieram do Infinito (nota 11) di Eric Prince (pseudonimo di A. Maldonado Domingues), del 1955, assistiamo al primo contatto con una razza aliena della SF portoghese. Turisti dell'universo per mezzo di una tecnologia di teletrasporto, gli extraterrestri giungono sul nostro pianeta e lo salvano dalla catastrofe nucleare. La ficção científica ritrae quindi per la prima volta una razza aliena come amica e benigna, addirittura come salvatrice dell'umanità.

     

     Tigres no Céu - 'Tigri nel cielo' - di Karel Külle.

    Di ottimo spessore narrativo, i romanzi dei primi anni Sessanta usciti dalla penna di Luís de Mesquita, fra l'altro professore di biochimica all'Università di Lisbona: Mensageiro do Espaço (1961) (nota 12) e Ameaça Cósmica (1962). Il ricco intreccio di Minaccia cosmica si sviluppa dalle scoperte di uno scienziato: all'imminente passaggio di una cometa corrisponderà, secondo i calcoli dello studioso, il susseguirsi di vari cataclismi planetari. Lo scienziato cerca così di mettere al corrente le maggiori potenze mondiali del rischio prossimo venturo. La storia va avanti fra il mancato accordo dei governi e le vicissitudini di protagonisti dalle molte sfaccettature, tra capovolgimenti e colpi di scena; fino alla clamorosa conclusione.
    Dopo O Construtor de Planetas e outras histórias (1956) (nota 13), S. (Sebastião) Alves Morgado pubblica A Morte da Terra (nota 14). Il romanzo è del 1969, e s'incentra sul testo-racconto che l'autore trascrive «sotto dettatura» da un segnale sconosciuto proveniente dal futuro remoto, il XXXI secolo. Incredibile a dirsi ma, più di trent'anni dopo l'uscita di A.D. 2230 di Amílcar de Mascarenhas siamo di nuovo di fronte a un'opera esaltatrice della futura grandezza lusitana: ancora perfettamente in linea, quindi, con i dettami salazaristi.
    In conclusione si può notare come, nella SF portoghese, sia del tutto assente la tematica della creatura mostruosa - e, spesso, gigantesca -, o della razza aliena ostile e teriomorfa che si nutre dei "campioni" del genere umano (il filone dei cosiddetti BEM - acronimo per Bug Eyed Monsters - tanto caro alla produzione pulp anglosassone).
    Al contrario, la ficção científica sviluppa prospettive originali o, quantomeno, poco frequentate (è il caso degli alieni amici di Vieram do Infinito, vedi sopra), e, anche a un livello commerciale, un taglio più "autoctono" (si pensi alle tre space operas di Karel Külle - pseudonimo di Carlos Sardinha - uscite nel 1949: Bula Matari, Objectivo - Marte e Tigres no Céu).
    Di fatto, però, sono le opere del citato Romeu de Mello - e in particolare AK - A Tese e o Axioma del 1959 - a introdurre la fantascienza lusitana nella feconda stagione degli anni Sessanta.

    Note

    1. «Il padre della fantascienza portoghese».
    2. Si veda anche l'articolo di Timothy Brown Doomsday, Flying Saucers, and the Golden Age in Six Stories by Romeu de Melo: http://www.jstor.org/
    3. 'AK - La tesi e l'assioma'.
    4. 'Il clacson'.
    5. 'Non li accontenteremo'. Di Romeu de Melo è anche Factor Genético, del 1973.
    6. 'Che cos'è la fantascienza?'.
    7. Il «Nuovo Stato».
    8. La «Guerra do Ultramar», anche detta semplicemente «Guerra de África», durò ininterrotta dal 1961 al 1974 sui tre fronti principali dell'Angola, del Mozambico e della Guinea-Bissau
    9. Sia per Bartolomeu de Gusmão che per Vieira si rimanda alla parte I. Gli esordi.
    10. Perfettamente in linea con le ipotetiche armi segrete (e letali) di cui avrebbero disposto altri regimi e governi alle soglie del II conflitto mondiale: si pensi al notissimo «Raggio della Morte» del fascismo italiano, attribuito a Guglielmo Marconi, all'omologo «Death Ray» o «Teleforce» che il controverso genio dell'elettromagnetismo Nikola Tesla avrebbe offerto alle autorità statunitensi, o all'altro raggio mortale che l'inventore britannico Harry Grindell Matthews avrebbe proposto - senza successo - alla propria Corona.
    11. 'Sono venuti dall'infinito'.
    12. 'Messaggero dello spazio'.
    13. 'Il costruttore di pianeti e altre storie'.
    14. 'La morte della Terra'.