martedì 26 aprile 2016

Poesia para Violante: Fernando Pessoa por Roberta Pucci



Alunos e ex-alunos do Instituto Português de Santo António ofereceram a Violante Saramago Matos  poesia no dia da finissage da sua exposição romana: “O improvável mundo de Alice”. Aqui deixamos as poesias que foram lidas e os nomes de quem tão generosamente contribuiu para esta festa emocionante em honra da pintora e escritora portuguesa.


 Roberta Pucci


LIBERDADE
de Fernando Pessoa


Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,

Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

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