giovedì 7 luglio 2016

Portugal volta à final com justiça

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Portugal volta ao jogo decisivo do Euro 12 anos depois do Estádio da Luz, após despachar o País de Gales com golos de Ronaldo e Nani numa segunda parte em que mostrou estirpe de campeão

Portugal volta à final de um Europeu de futebol, depois de ganhar com nitidez, por 2-0, à seleção do País de Gales em Lyon, ficando à espera de Alemanha ou França, que se defrontam hoje. Foi um vitória lógica, a primeira nos 90 minutos, com dois golos rápidos no início da segunda parte que deram cor a uma superioridade histórica. Um tiro de cabeça de Ronaldo e um desvio de Nani a um remate do mesmo CR7, entre os 50 e 53", deram a vitória aos portugueses, que na segunda parte mostraram consistência de campeão.
A seleção de Fernando Santos só mesmo depois dos dois golos é que tornou clara a superioridade sobre uma equipa britânica que, basicamente, já tinha feito o seu Europeu. A partir desse início da segunda parte, Portugal perdeu depois dois ou três lances para o terceiro golo. A equipa de Gareth Bale passou 90 minutos sem construir um lance verdadeiramente perigoso e só isso diz quase tudo de uma meia-final muito desigual.
Portugal mostrou que ficou no lado "Liga Europa" do quadro mas tinha equipa para a "Liga dos Campeões", enquanto Gales provou que só mesmo desse lado do caminho poderia ter chegado tão longe. É a diferença entre as duas equipas, que ficou expressa na segunda parte. E, se era para a Bola de Ouro, Ronaldo já a ganhou - mas não era aqui que se jogava, verdadeiramente. Só que Ronaldo foi mesmo decisivo, com um golo espetacular.
Fernando Santos escolheu manter a equipa e trocar Pepe por Bruno Alves, por lesão daquele. Adrien ficou no meio-campo para marcar o motor galês do Liverpool, Joe Allen, já que no lugar de Aaron Ramsey (castigado) jogou Andy King, médio do Leicester com golo mas que nunca se libertou ontem. A seleção portuguesa foi - como sempre - muito certa a defender, concedendo muito pouco ao adversário, quase sempre mantendo Bale longe das zonas onde é perigoso. Ou seja, este País de Gales acabou por ser apenas um convidado de pedra desta meia-final. Mais a mais sem Ramsey, mais a mais perante uma equipa que também teve a sorte de marcar dois golos nas suas duas primeiras oportunidades de golo e num espaço de apenas três minutos logo a seguir ao intervalo. E mais a mais num jogo em que Bale nunca teve quem o ajudasse - e até podia ter sido expulso, numa entrada à kung fu sobre Cédric já na fase final do jogo. Um grande jogador sem uma boa equipa não consegue ganhar. Os galeses ficaram naturalmente fora da final de Saint-Denis.
A primeira parte portuguesa foi na linha do que têm sido as últimas da equipa portuguesa - excelente a impedir o adversário de jogar, inexistente a criar oportunidades de golo ou remates enquadrados. Houve um em 45", num lance em que Bale levou a bola de uma área até à outra, chutando à figura de Patrício. Mas na segunda soltou-se o ketchup em três minutos e tudo se resolveu. Um canto curto de João Mário para Guerreiro, centro deste e Ronaldo mais alto do que Chester a cabecear com uma força tal que até parecia com o pé, sem hipóteses; logo a seguir, um mau corte da defesa galesa, Ronaldo ganha a bola à entrada área e o remate é desviado, intencionalmente, por Nani, em posição regular.

Ronaldo empata com Platini

Aos 53" pensou-se que estava tudo resolvido - e estava mesmo. Porque para defender não há como esta seleção - a menos que a bola ande em ressaltos... - e por isso Rui Patrício nem teve verdadeiramente uma defesa difícil. E Ronaldo lá empatou com Platini no número de golos em Campeonatos da Europa (nove ao todo) e não sei se o (ainda) presidente da UEFA não vai dizer qualquer coisa até domingo...
Gales mostrou os limites do seu 3-4-2-1, porque quando foi preciso responder aos golos de Portugal foi incapaz de virar o jogo, apesar de meter homens para a frente, como Vokes e Church. Mas na prática não mudou nada, porque o problema não era só de jogadores, mas de sistema e de mentalidade. Para os galeses, ter chegado à meia-final foi mais do que alguma vez alguém pensou que fosse possível. E Joe Allen até devia ter sido expulso já nos descontos, mas Jonas Eriksson acabou o jogo como o começou, com um erro grave, porque não tinha marcado um evidente castigo máximo de Collins sobre Ronaldo, uma gravata prolongada mesmo em frente ao árbitro, logo aos 10".
Mas nem isso foi preciso para esta seleção chegar à final do Euro pela segunda vez, 12 anos depois.

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